Primeiros Indícios
Batista não aprendeu. Novamente, insistiu com Lavezzi invertido na direita, Tevez jogado para a esquerda, três volantes, Messi de centroavante, uma réplica barata do falso nove do Barça. Novamente, mesmo erro, Banega não é Xavi e Cambiasso não é Iniesta. Logo, Messi teria de realizar o papel dos dois. Sim, ele ainda é o "melhor do mundo", mas não dá pra fazer o papel do segundo melhor do mundo e do terceiro melhor do mundo ao mesmo tempo, e ainda ser ele, o Messi fazedor de gols. Obviamente, não funcionou.
Criação estagnada
A Colômbia veio em 4-1-4-1, tentando congestionar a criação na linha entre os meias (?) e os volantes argentinos. Nem precisava. A Argentina não tinha criação. Aliás, tinha, estava ali, no banco de reservas, atendendo pelo nome de Javier Pastore e entrando em crise existencial, questionando-se, "por que ele não me coloca no lugar do Banega?". A Colômbia possuia poucos jogadores muito bons, como Falcão Garcia e Guarín, ambos campeões pelo Porto, mas o nível técnico do time não era dos melhores. A estratégia básica do time era simples: jogar a bola para Falcão, de preferência, aérea. Por isso uma linha de quatro meias à frente de Carlos Sanchez, todos com a incunbência de servi-lo. Quase funcionou. Em um contra-ataque rápido, Moreno quase conseguiu marcar aos 25.
Substituições inexplicáveis
O jogo continuou com boas chances para os dois lados, Lavezzi desperdiçou duas boas jogadas e Batista resolveu mexer no time. Trocou o ponta por Agüero e, inexplicavelmente, Cambiasso por Gago aos 64', volante por volante, sem alterar a estrutura do time. Aos 71', claramente desesperado por resultados, trocou Banega por Higuaín, botando o time em 4-2-4, queimando sua última substituição. Novamente, preferiu ignorar Pastore, que poderia auxiliar Messi na criação e dar viabilidade melhor ao ataque. O time bem que tentou, mas não conseguiu. Empatou, como no último jogo, e agora a Argentina tenta tudo na última rodada, contra a Costa Rica.
Considerações
Jogadores fora de posição, meio-campo inexistente, boas alternativas no banco, substituições equivocadas, posicionamento errado. Sérgio Batista tem realizado um péssimo trabalho frente ao time e pode se complicar ainda mais, levando à pior campanha do time em Copa América, e ainda anfitriã. A recusa por qualificar o meio-campo com Pastore, a insistência com Lavezzi, jogadores fora da posição de origem (Tevez e Lavezzi) ou mal posicionados (Messi) atrapalham o entrosamento do time. A falta de padrão de jogo é evidente, outro motivo para que a seleção argentina esteja em sério risco de cair antes do mata-mata. Isso só se consegue com uma sequência longa de jogos e a competição é curta. Não me parece que isso irá acontecer.
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