segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Contagem Regressiva!!!

Não estou aguentando tamanha ansiedade para ver o Palmeiras livre disso. Dia 21 será um grande dia e todos os palmeirenses sabem disso. É o dia da verdadeira mudança.

As coisas não mudarão de imediato, é certo. Talvez uns quatro, cinco anos? Quem sabe. Mas o simples fato de pessoas inaptas ao cargo serem destituídas será um grande alívio para um time que merece muito mais do que tem recebido nos últimos anos dessa gestão, no mínimo, catastrófica.

E pra quem diz que não dá pra medir a ansiedade pela saída dos bananas, dá sim! Torcedores do verdão criaram esse divertidíssimo contador para o evento mais esperado de 2013!

Basta acessar adeustirone.com.br para ver quantos dias, horas, minutos e segundos faltam para o grande dia do Verdão em 2013.

Boas Festas e Feliz Ano Novo!

domingo, 23 de dezembro de 2012

Os 91 de Messi




Como ele faz isso em tão alto nível ainda é místico para muitos. Extremamente preciso, timing perfeito, chuta nos contra-pés dos goleiros, em ângulos impossíveis de serem defendidos, muitas vezes até sem força, manda por baixo das pernas, por cobertura, bate com os dois pés, marca de cabeça, de falta, de pênalti. Tecnicamente brilhante, posicionamento perfeito, frio como um atirador de elite, extremamente habilidoso na arte do drible, mestre na eficiência.

Difícil não levar o quarto prêmio de melhor jogador do mundo. Que já é merecido, isso é claro.

domingo, 16 de dezembro de 2012

Lições (por Newton Sgobbi)

Comentário do amigo palestrino Newton Sgobbi, vale a pena ler. Trata-se de uma reflexão que todos deveríamos fazer nesse momento...

"Amigos Palmeirenses:

Acredito que já expressei aqui o que eu penso daquele time preto-e-branco várias vezes, então tenho isenção total para traduzir meu sentimento agora.


Independente da ajuda governamental, do jogo de influências, das sacanagens mil, das arbitragens, em um ano apenas, (mais um fato para marcar a gestão maledeta de uma pessoa ridicula, incapaz e tosca como B1 e seus pares) o nosso maior rival não apenas empatou em conquistas internacionais (Libertadores) como conseguiu aquilo que tinhamos absolutamente na mão 13 anos antes, e conseguimos perder. Inveja ? Jamais. Lições ? muitas:


1. Casa dividida não subsiste. Enquanto eles (sabe-se lá como) acabaram com todas as divisões internas, e foram unidos para o ano da redenção, nós continuamos divididos e ainda aprofundamos algumas chagas internas (influencia do Mustafa ainda pós-2002).

2. Reconhecer que está por baixo. Não quero aqui comentar o adversário, mas sim o nosso clube: voces acham que estamos fazendo isso ? que admitimos o fundo do poço ? Não !! Só busca a cura quem reconhece que está doente. Não apenas a besta humana cogita se reeleger como chega a dizer absurdos como que temos o 5º elenco do país. Um louco, retardado, autista.
3. Craques são bons mas um elenco é melhor. Herói do titulo veio do "tradicionalíssimo" futebol peruano, deve ter sido contratado por menos de um mês de salário de um tal chileno que adora banheiras cheias de vagabundas, e desrespeita quem lhe paga o salário simulando (ou pelo menos não se esforçando para evitar) contusões mil, além do mal comportamento em campo que custa partidas de suspensão. Quem são os craques do gambá ? Nenhum. Mas um elenco nota 7,5 unido ganha qualquer coisa.
4. Apostar no trabalho, trabalho, trabalho. Nós mesmos nos divertimos à valer com o Tolima day. Valeu. Mas eles tiraram lições daquilo. Deve ter doido muito. A recompensa pela manutenção do plano de ação, técnico e jogadores, deu no que voces estão escutando hoje.
5. A força da marca. Com toda a isenção, não acho em hipótese alguma a marca "Palmeiras" inferior à SCCP. Se somos inferiores em volume (sem dúvida), é notório que o Palmeiras é um nome ligado essencialmente à classe média, sem aspectos negativos associados à marca (vandalismo, ajudas, vista grossa das autoridades e favorecimentos). Somos mais "limpos" sem nenhum preconceito associado, isto é fato. Mas, sempre tem um mas, o trabalho de mktg realizado por eles, de expansão, penetração e visibilidade da marca é fenomenal. Não tem termos de comparação conosco porque simplesmente não existe o nosso, somos literalmente zero. Um momento excepcional de partida e recomeço surge agora. Primeiro, desvincular a marca da série B. Sim, isto é possivel e necessário. A nossa torcida aceitou isto como um peso à carregar de forma irrefutável, e não é ! No primeiro semestre, disputaremos Paulistão e Libertadores em igualdade de condições (regulamentares, não de elenco) com todos os demais. No segundo semestre, entraremos na CB em condição favorável. Em termos puramente técnicos, podemos estar no Marrocos para a disputa do título mundial, em 12 meses, o rebaixamento não nos privou disso. Claro que não acontecerá, não porque sou pessimista, mas porque nossa direção, inclusos os candidatos de oposição, não têm qualquer visão de grandeza e de futuro. Ainda se discutem nas alamedas palmeirenses as benesses dos conselheiros. É isto que nos derrota, não o adversário do outro lado do gramado. A lição 5 é a recuperação da auto-estima, do valor e da visibilidade da marca. Mas como eu costumo dizer. A luta é imensa, pois começa dentro de casa !!

Jamais torci para eles. Jamais torcerei. Mas ao contrário de muitos torcedores (deles e nossos) eu tenho auto-crítica e sei reconhecer um resultado. Maracutaias, cbf e arbitragens favoráveis sózinhas, não fazem um time campeão.


Agora imaginem o tamanho da nossa jornada: Jogando limpo, sem apoio federal, nem da midia, e ainda precisando vencer primeiro as divisões internas.


Será uma guerra longa, de muitas batalhas.

Mas o sabor da vitória será muito mais gostoso !
Feliz século 21, Palmeirenses espalhados pelo mundo.

Um abraço !"

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

No estádio é mais gostoso

Apesar do título ser bem "duplo-sentido", na verdade quis dizer que o melhor lugar para se assistir a uma partida de futebol é o estádio. Algumas pessoas dizem que cansa, que é caro, que não tem replay. Frescuras à parte, vamos aos fatos:

1. Na sala ou no quarto, você vibra com os gols. Sozinho. A sensação de fazer parte do que é chamado "décimo segundo jogador" é impagável, empurrando o time, pedindo cautela, dando apoio e dez em quando umas duras, etc.
2. Zuar o juiz é sempre mais legal in loco.
3. Se chove no estádio, chove em você. Na prática, não precisa pagar por isso, mas em pouco tempo as pessoas vão se cansar do "3D", partindo para o 4, 5 ou 6D onde você pagará até pra sentir o peido que o cara soltou na cena do filme.
4. Eis aqui o mais importante ponto para você ir ao estádio, é uma questão física: a câmera, ao mesmo tempo que acompanha o jogador, mata a sensação de movimento. Um movimento de centímetros da câmera pode percorrer metros e metros do gramado, o que é terrível do ponto de vista de quem quer ter a real sensação do que é uma partida de futebol. Lançamentos de dezenas de metros são literalmente assassinados. A força de um chute é anulada, dependendo do ângulo da câmera. Coisas que você nunca vai descobrir sentado aí, no sofá.

Daí, ao final do jogo, as estatísticas da Tv mostram que "fulano correu 11 km". E daí?

***

Separei alguns vídeos gravados de dentro do estádio. Espero que gostem:

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Despedida de São Marcos: Palmeiras 99 x Seleção 2002

Jogo de despedida de São Marcos
Pacaembu, 22h
11/12/2012





PALMEIRAS de 1999
Goleiros: Marcos e Sérgio
Laterais: Neném, Rubens Júnior e Tiago Silva
Zagueiros: Cléber, Rivarola, Agnaldo Liz e Tonhão
Volantes: César Sampaio, Dudu, Galeano, Pedrinho e Amaral
Meias: Alex e Ademir da Guia
Atacantes: Evair, Oséas, Paulo Nunes, Euller, Asprilla e Edmundo
Técnico: César Maluco

Auxiliares Técnicos: Leivinha e Valmir Cruz
Preparador Físico: Pacheco e Marco Aurélio Schiavo
Preparador de Goleiros: Fernando Miranda
Médico: Dr. Fernando
Massagistas: Miguel e Biro

SELEÇÃO BRASILEIRA de 2002
Goleiros: Dida e Velloso
Laterais: Cafu, Roberto Carlos e Júnior
Zagueiros: Roque Júnior, Edmílson e Antônio Carlos
Volantes: Belletti e Zé Roberto
Meias: Rivaldo, Djalminha, Juninho Paulista e Ricardinho
Atacantes: Denílson, Luizão, Ronaldo e Edílson
Técnico: Luiz Felipe Scolari

Auxiliar Técnico: Murtosa
Preparador Físico: Anselmo Sbragia
Preparador de Goleiros: Carlos Pracidelli
Médico: Dr. Rubens Ueno
Massagista: Robertinho

Fala sério, vejam essas formações: do caralho.

Transmissão: SporTv, 22h30

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

"Listão" de Dispensas

E o tal do "Listão" tem 5 jogadores.

São eles: Leandro, João Vitor, Daniel Carvalho, Betinho e Obina. Possuem contrato com o clube, mas estão disponíveis para negociação: Pegorari, Carlos, Fabinho Capixaba, Luís Felipe, Gerley, Leandro Amaro, Wellington, Tinga, Patrik, Daniel Lovinho e Tadeu.

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Craques do passado: Leivinha

Nome: João Leiva Campos Filho
Nasc: 11/09/1949
Apelido: Leivinha
Camisa: 8
Posição: Meio-campo
263 jogos, 105 gols.



Leivinha nasceu em Novo Horizonte, São Paulo, a pouco mais de 400 km da capital. Começou a carreira logo aos 15 anos de idade, no Clube Atlético Linense, da cidade de Lins, clube pelo qual já defendia as equipes infantis no futebol e até "enganava" no basquete. Certo dia, um observador da Portuguesa foi à Lins para observar o beque central, chamado Natalino, mas logo se interessou pelo jovem jogador. Contratado pela Portuguesa em 1966, já treinava com o time titular ao lado de Ivair ("O Príncipe"), Renê e Sílvio. Driblador, excelente cabeceador e finalizador, logo no primeiro treino apresentou seu cartão de visitas: 4 gols marcados.

Antes do Palmeiras, o São Paulo tentou a contratação de Leivinha, sem sucesso. O Palmeiras conseguiu e levou o jogador em 1971. Fez seu jogo de estréia contra o Guarani, onde marcou um gol. Rapidamente se encaixou em um time que contava com Leão, Luís Pereira, Ademir da Guia e César Maluco. Pelo Verdão, conquistaram o Paulista e o Campeonato Brasileiro de 1972, e em 1973, o bicampeonato nacional.

Ainda em 1973, foi convocado para a Seleção Brasileira para disputar as eliminatórias da Copa do Mundo de 1974, sob o comando de Zagallo. Havia muita rivalidade entre paulistas e cariocas dentro do time, o que provocou um clima ruim entre os jogadores. Ficou marcado pelo milésimo gol da seleção, em 27 de maio de 1973.

Em 1974, conquistou novamente o Paulista, agora em cima do Corinthians de Rivellino que há mais de uma década não chegava a uma final e já era dito campeão pela imprensa. No mesmo ano, conquistou ainda o primeiro Ramón de Carranza, com vitórias de 2 a 0 em cima do Barcelona de Cruyff, Neeskens e Rexach (Leivinha marcou o primeiro gol) no primeiro jogo e depois, na final, 2 a 1 em cima do Español. O Barcelona ainda enfiaria 4 a 1 no Santos de Pelé e Edu na disputa pelo terceiro lugar.

Em 1975, conquistaria novamente o torneio, com vitórias de 1 a 0 sobre o Real Zaragoza no primeiro jogo e depois, 3 a 1 em cima do Real Madrid de Del Bosque e Breitner.

Leivinha sempre teve vontade de jogar na terra de seu avô, a Espanha, e apesar de não ser um "oriundo" como os argentinos e paraguaios, pode realizar seu sonho. Contratado pelo Atlético de Madrid em 1975, juntamente com Luís Pereira, ajudou a equipe a conquistar a Copa do Rei na temporada 75/76 e o Campeonato Espanhol na temporada 76/77. O Atlético só voltaria à conquista de "La Liga" na temporada 95/96.

Terminado o contrato, Leivinha recebeu oferta para ficar mais três, mas como queria jogar nos Estados Unidos pelo Cosmos, alugou o passe para ficar apenas um ano a mais na Espanha. Passado esse estágio, foi para o São Paulo para não ficar parado, pois o espaço entre o término da temporada espanhola e o inicio da temporada americana era longo. Infelizmente, atuando pelo time tricolor, acabou sofrendo uma grave lesão no joelho que o levou a encerrar a carreira aos 29 anos de idade.

Considerações
Que jogador sensacional, puta que o pariu.



Apresentação de Leivinha e Luís Pereira ao Atlético de Madrid

Repórter: Leivinha, o que você fazia antes de jogar futebol?
Leivinha: Não fazia nada, porque meu primeiro contrato como jogador profissional foi quando eu tinha 15 anos, não deu nem tempo de fazer outra coisa.
Repórter: E Pereira, que fazia antes de jogar futebol?
Pereira: Trabalhava.

sábado, 10 de novembro de 2012

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Brasileirão 2012: balanço do primeiro turno

18 partidas
4 vitórias
4 empates
10 derrotas

Aproveitamento Total de 30%
44% como mandante
15% como visitante

Saldo de Gols: -4
Gols Pró: 17
Gols Contra: 21

ANÁLISE DO ATAQUE
É importante, antes de mais nada, dizer que o ataque de um time não se limita apenas aos atacantes. Os números a seguir mostram que os outros setores do time - meio-campo e defesa - deixam um tanto a desejar quando comparados aos de outros times quando o assunto é marcar gols.

1. Quanto aos gols marcados (17), só foi melhor que Portuguesa (16), Figueirense (15), Bahia (14) e Sport (13). 
2. Problema é localizado: só três jogadores marcaram mais que Barcos (7): Alecsandro (8), Vagner Love e Fred (ambos com 9 gols)
3. O ponto mais importante da análise: quem marcou estes 17 gols?

Separando o time em três "linhas" principais, onde:
     1ª linha: laterais e zagueiros
     2ª linha: volantes e meias
     3ª linha: atacantes

Agora, confrontando os números do Palmeiras com dois dos melhores ataques da competição, Atlético Mineiro e Fluminense, chegamos ao seguinte gráfico: 



*Fluminense está com 28 gols no gráfico porque não foi contabilizado um gol contra para efeito de comparação

1ª linha
Os números da 1ª linha evidenciam logo de cara que o Palmeiras não tem a mesma eficiência nas bolas aéreas que tinha ano passado, o que evidencia também a dependência de Assunção na hora de cobrar um escanteio fechado no primeiro pau ou fazer um lançamento na área depois de uma falta na intermediária. Assunção, inclusive, foi titular em apenas 8 partidas. As cobranças de falta também estão menos precisas e o jogador ainda não marcou esse ano. No Brasileirão de 2011, por exemplo, marcou 8 gols de falta e deu nada menos que 9 assistências. Para piorar, o jogador foi operado terça-feira (21 de agosto, assim como Fernandinho) e para por 30 dias, sem contar a recuperação até ganhar ritmo de jogo.

Tanto Fluminense quanto Atlético levam vantagem nesse quesito, com destaque para o time carioca que treina exaustivamente a bola aérea. Além disso, conta com laterais que sobem excepcionalmente ao ataque. Dos 8 gols marcados, 3 gols marcados por laterais e 5 por zagueiros.

2ª linha
Os números do Atlético fogem à regra. Em uma área onde o desarme e a armação são os principais fundamentos, o time mineiro conta ainda com excelentes finalizadores auxiliados por ninguém menos que Ronaldinho Gaúcho. Danilinho tem 5 gols, Bernard e Escudero têm 4 e o "Gaúcho" já marcou 3 tentos. No Palmeiras, a realidade é bem diferente: Valdívia e Daniel Carvalho ainda não marcaram e só Patrik e Márcio Araújo possuem gols. Nosso principal armador do primeiro turno foi João Vítor, com 4 assistências.

3ª linha
Apesar dos desfalques para o DM (Luan não joga desde a final da Copa do Brasil, Maikon Leite não joga desde o jogo contra o Bahia), Barcos tem feito seus gols (marcou 5 nos últimos 6 jogos). Mazinho contribui com 4 tentos, apesar de não marcar desde a 11ª rodada. Se compararmos com os números de Fluminense e Atlético, vemos que na linha de frente, o desempenho está na média. O Galo compensa (bem) a falta de um "Fred" com seus bons meias. Impressiona a dependência do Flu com o jogador: marcou nada menos que 31% dos gols do time no campeonato. Já pensou se ele machuca?

Considerações sobre o ataque
1. Bola aérea: time precisa treinar. Não podemos depender de Assunção, ainda mais agora que ele teve seu retorno adiado por causa da operação no joelho.
2. Os outros atacantes precisam reagir: Barcos não pode ser o nosso "Fred". Mazinho, Obina e Betinho precisam marcar, já que existe uma incerteza quanto aos que estão no DM (Luan e ML). Reforços são improváveis.
3. Meias: finalizar mais. Basicamente, é isso que nos diferencia do Atlético e do Flu. Meias são jogadores que podem atuar mais próximo ao gol adversário, portanto, se finalizarem mais, maiores as chances de gol. O Fluminense não tem meias "goleadores", mas compensa essa disparidade com Fred e as bolas paradas.

ANÁLISE DA DEFESA
Não adianta ter um bom ataque sem uma boa defesa, uma vez que em qualquer campeonato de pontos corridos, tende a vencer quem melhor equilibra esses dois setores. Um exemplo claro que podemos citar - de novo - é o do Coritiba, que pelo segundo ano consecutivo vem com um dos melhores ataques da competição (30 gols no primeiro turno, empatado com o Botafogo e atrás apenas do líder Atlético-MG) e a defesa mais vazada (36 gols sofridos). Não adianta só atacar, tem que saber defender.

O Palmeiras fechou o primeiro turno da competição com a oitava melhor defesa do campeonato (21 gols sofridos), ou seja, na metade de cima de uma hipotética tabela de gols sofridos. Tem 5 gols sofridos a mais que o quarto colocado, Grêmio, e 13 a menos que o Coxa. Ainda assim, o Coritiba está à frente (16º colocado).

21 gols sofridos

9 gols surgiram pelas laterais (43%)
3 gols surgiram pela lateral esquerda
6 gols surgiram pela lateral direita
Observação: nem todo gol que surge pela lateral acontece após lançamento.

4 gols surgiram por assistências dentro da grande área (19%)

2 gols de pênalti (10%)

2 gols de cobranças de falta diretas (10%)

4 gols surgiram após passes da intermediária (19%)


9 gols surgiram de lançamentos (43%)
3 gols surgiram a partir de faltas na intermediária
6 gols de bola rolando

5 de cabeça (24%)

Considerações sobre a defesa
Dos números que mais chamam a atenção, os gols que surgem pelas laterais e os gols que surgem de lançamentos chamam bastante a atenção. O primeiro, porque apesar do Palmeiras ter muitos volantes, a cobertura é deficiente, principalmente pela lateral direita, de onde saíram praticamente 1/3 de todos os gols (29%). Nos últimos 6 jogos, só não tivemos esse tipo de problema nas rodadas 14 e 17.

Dos 9 gols que surgiram a partir de lançamentos, 33% (3) foram gerados a partir de faltas, enquanto o restante (6) surgiu de bola rolando. Ou seja, além da cobertura pelas laterais, uma vez que o lançamento não é impedido, seja pelo lateral, seja pelo volante ou zagueiro que faz a cobertura, é preciso atenção dentro da grande área para a marcação dos jogadores durante a bola aérea.

CONSIDERAÇÕES FINAIS
Observando o conjunto, vemos que uma coisa não melhora sem a outra. Quanto mais o time melhorar ofensivamente, ou seja, com a bola, menor a chance do adversário atacar. E não basta só os atacantes cumprir com a parte deles. Nos times da ponta da tabela, todos os jogadores atacam. Volantes chegam de trás sem marcação e finalizam, os zagueiros marcam gols na bola aérea. Na parte defensiva, alguns ajustes na parte da cobertura e do posicionamento das laterais. Temos tomado poucos gols de bolas paradas e se não me engano, não tomamos até o momento nenhum gol de escanteio.

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

SUL-AMERICANA 2012: Palmeiras x Botafogo (relacionados)

Goleiros: Bruno e Raphael Alemão;
Laterais: Luiz Gustavo e Juninho;
Zagueiros: Leandro Amaro, Thiago Heleno, Román, Maurício Ramos e Wellington;
Volantes: Henrique e João Vitor
Meias: Patrik
Atacantes: Mazinho, Barcos, Obina e Betinho

Prováveis (3-5-2): Bruno, Maurício Ramos, Román e Thiago Heleno; Correa, João Vitor, Patrik, Valdivia e Juninho; Mazinho e Barcos

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Retrospecto (18ª rodada): Palmeiras x Atlético-GO


     Ultimas 5 rodadas
     Palmeiras: 2V, 3 D 
     Atlético-GO: 4E, 1D

     Retrospecto - Últimas 17 rodadas
     Palmeiras: Aproveitamento FORA - 17%
     Atlético-GOAproveitamento DENTRO - 33%

     Gols Pró / Rodada e Ataque Acumulado (clique para ampliar)
      Gols Contra / Rodada e Defesa (Gols sofridos) Acumulado

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Brasileirão 2012 (17ª rodada): Palmeiras 1 x 0 Flamengo

Palmeiras 1 x 0 Flamengo
15/08/2012
Arena Barueri

Onze iniciais
O Palmeiras veio no 4-2-3-1, com Patrik, Mazinho e Valdívia compondo a linha de frente atrás de Barcos. Já o Flamengo veio no 4-3-3 implantado por Dorival Júnior, com os dois pontas Thomas e Negueba e Vagner Love centralizado.

Time no 4-2-3-1, eficiente desde o início

Logo de início o time encaixou a marcação e o Palmeiras aos poucos, com melhor posse de bola e qualidade no passe, mostrou suas armas. Valdívia e Barcos, pela esquerda, demonstravam muito entrosamento e criavam chances. Aos 10', Marcos Assunção deu lindo lançamento para o argentino que escapou pela esquerda, passou por Marllon e só não marcou porque Felipe saiu bem do gol.

O time seguiu com mais posse anulando bem a atividade dos pontas do time carioca, que acabavam sem alternativa a não ser arriscar chutes de fora da área. Aos 28', Ibson deu carrinho perigoso em Valdívia e acabou expulso, tomando o segundo amarelo.

Com o time do Flamengo todo no campo de defesa, bastou ao time dar continuidade ao que já vinha fazendo. Aos 32', Mazinho conduziu a bola pela meia esquerda, tentou passar a bola para Barcos, foi travado, Patrik pegou a sobra, percebeu Artur avançando pela ponta direita e rolou. O lateral palmeirense chutou colocado, de primeira, Felipe deu rebote e Barcos só completou para o gol. Verdão, 1x0!

Mesmo com o gol, Dorival decidiu não abrir mão dos pontas. Pediu, pelo contrário, para que recuassem e marcassem sem cair muito pelo lado do jogo, na tentativa de afunilar o jogo do Verdão. O jogo seguiu com completo domínio do Palmeiras, mesmo sem criar muitas chances de gols.

Em "banho-maria"
Murtosa sacou Marcos Assunção no segundo tempo para a entrada de Márcio Araújo, que saiu por sentir dores no joelho. O Flamengo até tentou pressionar inicialmente, mas o Palmeiras pouco a pouco impôs seu eficiente jogo de passes. Restou ao time rubro-negro tentar alguma coisa nos raríssimos contra-ataques.

Dorival sacou Thomas da ponta esquerda aos 9' para promover a entrada de Fernandinho para fechar o meio-campo. Aos 10', em linda jogada de passes pela esquerda, Valdívia deixou Barcos em condições de finalizar. El Pirata bateu cruzado e a bola lambeu a trave de Felipe, que já estava entregue no lance.

O time seguiu criando chances e quase marcando, na maioria das vezes com Barcos, mas sem conseguir chegar ao segundo gol. Aos 22', Mazinho deu lugar a Fernandinho para tentar mais jogadas de linha de fundo pela esquerda. Aos 30', Dorival sacou o cansado Negueba para a entrada de Deivid, dando velocidade na frente e melhorando o jogo aéreo. Poucos minutos depois, sacou Renato para a entrada do filho de Bebeto, Mattheus.

Com o paredão do time visitante, acabávamos armados no 4-4-1-1, com Valdívia na ligação e Barcos mais à frente. Mesmo com o placar favorável, faltava aquele gol para dar mais tranquilidade. Aos 40', Barcos deixou o time para a entrada de Obina. Três minutos depois, a mudança já surtia efeito. Obina escapou pela esquerda e passou rasteiro para Fernandinho, que se projetava nas costas do marcador. Infelizmente, tentou marcar por cobertura e não saiu gol.

Coube ao time então cozinhar o jogo em banho-maria, empurrar com a barriga o resultado que já pistas como definitivo desde o início do segundo tempo. E deu certo.

Considerações
O time tocou a bola espetacularmente bem - mesmo com Ibson em campo - e conseguiu levar os 3 pontos para casa, além de sair da zona da degola. Mesmo com o placar favorável, poderia ter feito outro gol com um jogador a mais, mas diante das circunstâncias, foi burocrático e preferiu não se arriscar. E está certinho.

O 4-2-3-1 combinava perfeitamente com o esquema do Flamengo, a escolha foi boa. Mazinho podia fechar pela esquerda, Patrik ajudando na marcação pela direita. Diga-se de passagem, Patrik fez boa partida e com boa presença no ataque, foi decisivo. A subida de Artur foi providencial. Era o que se esperava dele, o Flamengo no 4-3-3 fica sem muita cobertura para os laterais, Ibson e Renato são volantes como tendência a atacar, com a obrigação de encostar nos pontas. E a lateral esquerda do time rubro-negro, com Ramon, se mostrou uma verdadeira mãe nas últimas rodadas do campeonato. Por ali saem muitas oportunidades e se o nosso lateral não teve um performance excepcional na defesa, pelo menos fez o que devia no ataque.

Quanto ao Flamengo, é uma pena, mas Thomas, Negueba, Mattheus e Fernandinho (até mesmo Adryan) são bons jogadores, promissores. Mas são também muito jovens, inexperientes. Fizeram bem a parte deles contra times não muito fortes, como o Náutico e o Figueira. Mas quando enfrentam um time com melhor qualidade no passe e uma marcação mais forte como o Palmeiras, ainda enfrentam dificuldades.

terça-feira, 14 de agosto de 2012

Brasileirão 2012: 17ª rodada (relacionados)

Relacionados
Palmeiras x Flamengo
15/08/2012
Brasileirão 2012

Goleiros: Bruno e Fábio
Laterais: Artur, Juninho e Fernandinho
Zagueiros: Maurício Ramos, Leandro Amaro, Román e Thiago Heleno
Volantes: Márcio Araújo, Marcos Assunção, Henrique e João Denoni
Meias: Valdívia e Patrik
Atacantes: Barcos, Obina, Mazinho e Betinho

Caso nada se altere em relação ao jogo anterior, a provável escalação seria (já descontados os desfalques e alterações dos dois lados) o 4-2-2-2 no quadro mais abaixo.

Um esquema interessante para jogar contra essa formação do time carioca (Dorival colocou o time no 4-3-3) seria o 4-3-1-2, para melhorar a cobertura dos laterais, já que os pontas do Flamengo são muito habilidosos e velozes (Thomas e Negueba). Como João Vítor não joga, vamos ter sufoco pela lateral direita, na disputa entre Artur e Thomas. Dorival Júnior também tem feito um acerto defensivo, onde os pontas recuam acompanhando laterais e volantes que atuem em sua área para recompor o meio-campo.

Um ponto fraco desse "Novo Flamengo" são as laterais, que não possuem muita cobertura. Destaque negativo para Ramon, que defensivamente é bem fraco. Renato Abreu e Ibson apoiam bastante o ataque - inclusive Luiz Antônio - e as laterais ficam bastante expostas. Léo Moura não tem subido tanto ao ataque e é mais "rodado". Esse era jogo para o Maikon, mas ele está no DM. Artur é muito mais lento que Cicinho, então pode-se dizer que perdemos toda a velocidade que tínhamos pela direita.

Time no 4-2-2-2 da última partida. Patrik (dando cobertura a Artur e fazendo o apoio pela direita) e Obina (dando assistências para Barcos ou finalizando) podem ser decisivos. Um problema defensivo pode ser a cobertura de Juninho no contra-ataque do Flamengo

Outra variação diante do Flamengo poderia ser o 4-2-3-1: possui uma certa cobertura pela direita e ainda não expomos muito o flanco esquerdo nos contra-ataques, já que Mazinho tem fôlego para marcar por aquele lado.


segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Retrospecto (17ª rodada): Palmeiras x Flamengo

*Flamengo não jogou 14ª rodada (adiada)

     Ultimas 5 rodadas
     Palmeiras: 1V, 4 D 
     Flamengo: 2V, 1E, 2D

     Retrospecto - Últimas 16 rodadas
     Palmeiras: Aproveitamento DENTRO - 38%
     Flamengo: Aproveitamento FORA - 33% (em 15 rodadas)

     Gols Pró / Rodada e Ataque Acumulado (clique para ampliar)

     Gols Contra / Rodada e Defesa (Gols sofridos) Acumulado 

PANORAMA - 16ª RODADA - BRASILEIRÃO 2012




*Dados de APROVEITAMENTO: 
levam em consideração pontos disputados
**Dados de Vitórias, Empates ou Derrotas: % simples, sem ponderação pelos pontos
***Tabela corrigida (Fuck Yeah!)

domingo, 12 de agosto de 2012

Brasileirão 2012 (16ª rodada): Palmeiras 0 x 1 Fluminense

Palmeiras 0 x 1 Fluminense
12/08/2012
Engenhão

Onze iniciais
O Palmeiras veio na mesma formação do jogo anterior contra o Botafogo. Utilizando a estratégia do contra-ataque, jogando sem a bola, no 4-2-2-2. O Fluminense veio no 4-2-3-1, com Wagner, Thiago Neves e Rafael Sóbis na linha "criadora" atrás de Fred.



Marcação encaixa e Verdão agressivo
Utilizando a mesma estratégia utilizada contra o Bota, e mesmo diante de um meio-campo veloz e de muita movimentação, o Palmeiras conseguiu com eficiência anular o jogo do Fluminense. Com os laterais recuados, conseguimos dificultar por certo tempo também o jogo pelas laterais, principalmente o de Carlinhos pela esquerda. Até os 25', foram 5 finalizações do Palmeiras contra apenas 1 do Fluminense. Fernandinho, em bom chute cruzado aos 25', quase marcou, parando em um inspirado Diego Cavalieri.

O problema da cobertura pela direita surgiu novamente e com o tempo as jogadas com Carlinhos começou a se desenvolver facilmente. A estratégia de levantar bolas na área para Fred deu certo e só no primeiro tempo foram 14 bolas levantadas contra apenas 4 do Verdão. O time tricolor equilibrou o número de finalizações e terminamos o primeiro tempo praticamente empatados no quesito. Enquanto o Fluminense, porém, tentava resolver na base do chuveirinho, o Palmeiras chegava com maior eficiência ao ataque. Aos 40', Barcos quase marcou após escanteio de Assunção e poucos minutos depois, Artur arriscaria um chute de fora da área que Cavalieri tirou com a ponta dos dedos antes de tocar a trave esquerda do gol.

Segundo tempo e o "abafa"
Abelão sacou Wagner, aparentemente com dores, para a entrada de Diguinho. O jogo seguiu no mesmo padrão, com o time do Fluminense avançado, atuando pelas laterais, na base da bola aérea. Por uns 10 minutos, conseguiu pressionar o Palmeiras. O jogo abriu mais e o Palmeiras quase chegou ao gol com Barcos aos 13'. Na sequência, Felipão sacou Obina para a entrada de Mazinho e tentar melhorar a movimentação no ataque.

Após os 20', o jogo pegou fogo. O Palmeiras conseguiu tocar melhor a bola e o Fluminense abandonou a estratégia das bolas paradas. Partindo para cima, se abriu mais e forneceu mais espaços. Aos 24', o Palmeiras teve a chance do jogo depois de boa jogada de Mazinho pela esquerda, mas Fernandinho não conseguiu fazer o gol.

Thiago Neves, que não se entendia com Sóbis, deu lugar a Samuel e o jogo do time carioca melhorou muito. Felipão também mudou e botou João Vítor para fazer a função de Patrik, que saiu com dores aos 29'. Abelão apostou no tudo ou nada e sacou o volante Edinho (ex-Verdão) para a entrada de Mateus Carvalho. A idéia, já que o Palmeiras manteve sua estratégia de jogar sem a bola, era empurrar o time cada vez mais para o campo de defesa e jogar bola dentro da grande área. E deu certo.

Na base da pressão, aos 38', Mateus Carvalho recebeu passe nas costas de Artur. O jogador do fluminense encontrou Sóbis na entrada da grande área, que deu grande passe para Jean bater cruzado. Fluminense, 1x0.

Depois do gol, o time ainda tentou esboçar uma reação, mas era tarde. Não era noite de Barcos e o jogador, apesar de tentar, foi eficientemente anulado pela marcação do Fluminense. Felipão sacou Artur e botou Betinho no lugar. Não deu certo e o Palmeiras retorna sem pontuar na rodada. Um empate bastaria para nos tirar da zona de rebaixamento.

Considerações
A estratégia de atuar no contra-ataque, dessa vez, não deu certo. O Fluminense, ao contrário do Botafogo, não expõe tanto a defesa no momento do ataque. Tanto que mesmo com o time de Abel Braga pressionando o Verdão, quando a bola era recuperada e rapidamente enviada ao ataque, Barcos nunca teve vida fácil. Obina pouco apareceu. Não é por acaso que até a 15ª rodada, o Fluminense tomou apenas 9 gols contra 20 do Bota.

Por outro lado, do ponto de vista defensivo, o time não tomou sufoco pelo alto, apesar das inúmeras bolas alçadas na grande área. O grande descuido continua pela lateral direita, por onde o Fluminense encontrou grande facilidade a partir da metade do primeiro tempo em diante. Patrik não faz bem a cobertura por aquele lado.

Jogando fora de casa contra times que se fecham bem na defesa, é preciso mudar a estratégia. Se no primeiro tempo, parcialmente deu certo e quase chegamos ao gol, a partir do momento em que o Fluminense começou a virar o jogo, finalizando mais que o Palmeiras e com a marcação adiantada, era preciso mudar.

Como Felipão manteve a estratégia - indicado por suas duas primeiras modificações - Abel foi mudando a forma de jogar de seu time, deixando-o mais agressivo. É um risco que se assume, jogar sem a bola. As chances são raras e quando ocorre um revés, é preciso torcer para que alguma aconteça antes de terminar o jogo. No nosso caso, o revés aconteceu no finalzinho do jogo, e todos ali sabiam que seria muito difícil reverter o quadro, dada a estratégia de jogo.

Na base do "abafa", e mesmo diante de um Palmeiras mais eficiente (finalizamos melhor que eles, 14 a 9 no total) o time carioca conseguiu o resultado. E o Verdão perde uma boa oportunidade para sair da zona do rebaixamento.

Brasileirão 2012: 16ª rodada (relacionados)

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Palmeiras x Fluminense
12/08/2012
Brasileirão 2012

Goleiros: Bruno e Raphael Alemão
Laterais: Artur, Juninho e Fernandinho
Zagueiros: Maurício Ramos, Wellington, Román, Henrique e Thiago Heleno
Volantes: Marcos Assunção, João Vitor e Márcio Araújo
Meias: Mazinho, Patrik e Patrik Vieira
Atacantes: Barcos, Obina e Betinho


quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Retrospecto (16ª rodada): Palmeiras x Fluminense

 
     Ultimas 5 rodadas
     Palmeiras: 2V, 3 D 
     Fluminense: 3V, 1E, 1D  

     Retrospecto - Últimas 15 rodadas
     Palmeiras: Aproveitamento FORA - 19%
     Fluminense: Aproveitamento DENTRO - 71%   

     Gols Pró / Rodada e Ataque Acumulado (clique para ampliar)



     Gols Contra / Rodada e Defesa (Gols sofridos) Acumulado






PANORAMA - 15ª RODADA - BRASILEIRÃO 2012



*Dados de APROVEITAMENTO: levam em consideração pontos disputados
**Dados de Vitórias, Empates ou Derrotas: % simples, sem ponderação pelos pontos
***Tabela corrigida (Fuck Yeah!)

Brasileirão 2012 (15ª rodada): Palmeiras 2 x 1 Botafogo

Palmeiras 2 (ou 3?) x 1 Botafogo
08/08/2012
Engenhão

Onze iniciais
Felipão escalou o time com 2 centroavantes e Patrik na meia pela direita no 4-2-2-2. Basicamente, a idéia era jogar sem a bola, no contra-ataque. O Botafogo veio no 4-2-3-1 com Elkeson inicialmente na referência e um trio formado por Seedorf, Andrezinho e Fellype Gabriel.

Time no 4-2-2-2, sem a bola. Eficiente.


Problemas pelo lado direito
A estratégia, inicialmente, apresentava problemas que qualquer palmeirense minimamente atento logo percebeu: o Botafogo, com seus principais criadores enfrentando marcação forte de Kid e Henrique, encontrou uma avenida pelo nosso lado direito, forçando jogadas com as subidas do lateral esquerdo Márcio Azevedo. Inúmeros cruzamentos saíram por lá, com imenso perigo. Isso acontecia basicamente porque João Vítor, normalmente o cara que fazia a cobertura do lateral direito, estava suspenso pelo terceiro amarelo e Patrik, o substituto, não realizava essa função. Caso Patrik voltasse para fazer a cobertura, ficaríamos praticamente nulos no contra-ataque pelo lado direito. E foi também por esse motivo que Obina pouco apareceu no jogo.

Mesmo com esse problema grave, a estratégia de jogar deu certo. Com o time do Bota empolgado e todo no ataque, o Palmeiras teve excelente aproveitamento no contra-ataque. Logo aos 13', Artur lançou a bola para Obina na entrada da grande área. A bola passou pelo jogador - que já puxado a marcação - e sobrou para Barcos, que inteligentemente a esperava atrás dos dois. O matador ainda deixou o marcador que vinha para travar o chute no chão e tocou no canto direito do gol de Jefferson. Verdão, 1x0!

Ainda que o Botafogo, mesmo após o gol, mantivesse sua estratégia pelo lado direito (eficientemente), a sorte deu uma ajudinha e Márcio Azevedo se machucou ainda no primeiro tempo, promovendo a entrada do péssimo Lima. O problema é que mesmo com a saída do jogador, o time botafoguense ainda conseguia muitas jogadas por lá. Em um escanteio aos 24', a defesa do jogo: Seedorf cobrou pelo nosso lado direito, e Elkeson, mesmo marcado por Leandro Amaro e Maurício Ramos, conseguiu cabecear à queima-roupa. Baixou o santo no goleirão, que conseguiu tirar para fora. Discípulo de São Marcos detected!

O jogo seguiu com o mesmo padrão, Palmeiras mantendo a estratégia de atuar sem a bola, no contra-ataque, com os dois centroavantes e com o problema de cobertura pela direita. O Bota surfou por aquele lado, mas conseguimos nos defender. Fecharam o primeiro tempo com 72% (!) de posse de bola.

Segundo tempo sem mudanças. Verdão mais eficiente.
Felipão não promoveu mudanças para o segundo tempo. A cobertura pela direita melhorou, com Patrik atuando mais recuado. Com isso a ligação com Obina por aquele lado, se já era pequena, ficou nula. O técnico Oswaldo de Oliveira, antevendo essa melhoria, inverteu Fellype Gabriel com Seedorf, forçando jogadas nas costas de Juninho. Ainda assim, o que funcionou mesmo, por incrível que pareça, foi Lima atuando nas costas de Artur. Aos 12', escapou pelo nosso lado direito e cruzou para a área. Leandro Amaro tentou bloquear o cruzamento, Maurício Ramos não conseguiu desviar e Andrezinho completou para  o gol. Botafogo 1x1 Verdão.

Como de costume, Felipão resolveu mexer no time depois do gol. Aos 17', promoveu a entrada de Daniel Carvalho para o lugar de Obina. Com Patrik fechando o lado direito, o time ficava - teoricamente - com melhor ligação no ataque. O problema é que Daniel Carvalho parecia não ter entrado em campo.

O Bota continuou a estratégia do "abafa", se lançando ainda mais ao ataque e fazendo lançamentos na grande área. Aos 20', Fellype Gabriel saiu para a entrada do inconstante Vítor Júnior. O Verdão, mais eficiente do que de costume, aguardava apenas o momento do contra-ataque. Fernandinho, recebendo boa bola pela esquerda aos 27', driblou Lennon com uma linda caneta e cruzou para Barcos completar para as redes. Verdão, 2x1!

O time cresceu na partida e aos 31', chegou novamente ao ataque. Fábio Ferreira dominou mal, Patrik tocou para Barcos em posição legal, que driblou Antônio Carlos e tocou por cima de Jefferson. Era pra ser o terceiro gol, mas o bandeirinha, mal posicionado, marcou impedimento absurdo. Palmeiras terrivelmente prejudicado.

Oswaldinho sacou Lennon para a entrada de Rafael Marques, queimando sua terceira substituição e botando o time no tudo ou nada. Com tanto jogador do Bota no ataque, Felipão voltou para a estratégia do contra-ataque, manteve o time recuado, sacou Patrik para a entrada de Betinho. O time se defendeu bem e, tirando uma bola na trave de Andrezinho aos 47' do segundo tempo, conseguiu seguir à risca a estratégia. Verdão conquista seus primeiros 3 pontos fora de casa.

Considerações
A estratégia de ficar sem a bola é sempre uma estratégia de risco (Botafogo finalizou 14 vezes a gol, contra 6 do Palmeiras). Ainda mais quando o adversário circula a entrada da grande área, próximo à meta. Se pelos lados tomamos sufoco, em especial pela nossa lateral direita, pelo centro Felipão conseguiu congestionar a criação. Kid e Henrique pouco apareceram no jogo, pois acompanhavam de perto os passos de Andrezinho e Seedorf. Sobrou a Oswaldinho as laterais, que foram exploradas com competência mesmo com as substituições forçadas - Márcio Azevedo por Lima, por exemplo.

Felipão, mesmo com o buraco pela direita - a cobertura de João Vítor não era executada com a mesma excelência por Patrik, um atacante improvisado na meia - manteve a estratégia. Poderia, por exemplo, promover a entrada de João Denoni para a vaga do jogador e colocar Daniel Carvalho na de Obina na virada para o segundo tempo, por exemplo. Não alterou e esperou o time levar gol para realizar as mudanças. Ainda assim, manteve Patrik em campo um pouco mais recuado, que até melhorou na cobertura pela direita, mesmo que essa melhora não tenha sido lá aquelas coisas. Oswaldo inteligentemente inverteu Seedorf com Fellype Gabriel, mudança que se por um lado não conseguiu criar chances com força total pelo lado direito, abriu a marcação pelo lado esquerdo e deu mais espaço para as subidas de Lima, o lateral que deu assistência para o primeiro gol deles.

Posse de bola, apesar de aumentar as chances de finalização, depende da eficiência para atingir seus objetivos. E nesse quesito o Palmeiras foi muito superior. A jogada individual de Fernandinho pela esquerda, desequilibrou a partida. Com o gol, o Bota foi ainda mais pra cima. Barcos marcou o terceiro, invalidado equivocadamente. Oswaldo botou mais um atacante em jogo, pressão total. Mas seguramos o resultado.

Há sim um mérito defensivo - seguramos o resultado - mas o Botafogo criou mais chances. Um buraco pela direita não foi fechado, tomamos gol por lá. Felipão poderia ter arrumado isso, mas assumiu o risco da estratégia, bancou Patrik, não promoveu Denoni. Com isso, além de não nos defendermos bem pelas laterais, criamos pouco. Fernandinho, por exemplo, poderia não ter feito aquela jogada. Com pouquíssima posse, porém, veio em hora certa.

Concluindo, estratégia de jogar sem a bola com dois centroavantes funcionou, ponto positivo para Felipão. Buracos defensivos pela direita, ponto negativo para Felipão. Podemos culpar o Artur pelo buraco na direita, mas Patrik não fez a cobertura. Se fizesse, perderíamos a ligação para o ataque. A escalação é escolha de Felipão. Ou seja, se Felipão não foi assim tão brilhante, no conjunto, brilharam algumas individualidades: Bruno, Barcos e Fernandinho.

Espero mais volume de jogo na próxima rodada.

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Brasileirão 2012: 15ª rodada (relacionados)


Relacionados

Palmeiras x Botafogo
08/08/2012
Brasileirão 2012

Goleiros: Bruno e Fábio
Laterais: Artur, Luiz Gustavo, Juninho e Fernandinho
Zagueiros: Maurício Ramos, Leandro Amaro e Thiago Heleno
Volantes: Henrique, Marcos Assunção e João Denoni
Meias: Daniel Carvalho, Patrik e Patrik Vieira
Atacantes: Barcos, Obina, Mazinho e Betinho

Escalação (provável): Bruno; Artur, Maurício Ramos, Leandro Amaro e Juninho; Henrique, Marcos Assunção, Patrik e Daniel Carvalho; Mazinho e Barcos

Nomenclaturas: unificando!

Ultimamente foi ventilado na mídia que o Palmeiras tem utilizado desde a base o esquema utilizado por Felipão no time principal, que pelo menos no papel e na cabeça da comissão técnica, é o 4-2-3-1. No papel, porque o time titular conta com uma assimetria na linha de frente que faz com que o esquema resultante fique um pouco distante da idéia originária de um 4-2-3-1.

Pensando nosso time titular - "esquecidas" as lesões - a linha de frente fica com Valdívia centralizado, João Vítor na ponta direita, Luan na ponta esquerda e Barcos na referência. A grande divergência dessa história é que João Vítor é volante de origem e, de fato, durante os jogos, atua um pouco mais recuado que os ponteiros tradicionais. Não tem como uma de suas principais características a velocidade, não faz muitas jogadas de linha de fundo e além disso é o responsável pela marcação pela direita, fazendo a cobertura de Artur.

Essa divergência com o esquema utilizado na prática é o que faz muitos comentaristas - como por exemplo, o André Rocha do "Olho Tático" e o nosso amigo e colaborador Gabriel Gebara (@gabrielgebar no twitter) - a descrevê-lo como um 4-2-3-1 "torto".

A questão principal é que, se João Vítor é um "ponta recuado" (o que pra mim, sinceramente, soa como a coisa mais esquisita do mundo, um ponta que não é ponta) ou volante com boa chegada na frente (o que já não soa tão estranho assim, uma vez que existe no Brasil o popular "segundo volante"), pouco importa. A questão é que, taticamente, estamos falando da mesma coisa.



No exterior
Lá fora, os meias (todos que atuam na faixa central do gramado, sem exceção, ou seja, incluidos os volantes) são normalmente denominados basicamente como midfielders (abreviatura "M"), sendo acrescidas as palavras Center (C), Right (R) ou Left (L) dependendo de seu posicionamento original. Se ele atua pela direita, portanto, é um Right Midfielder (RM). Se atua pela esquerda, é Left Midfielder (LM). Se atua centralizado, Central Midfielder (CM).

Não apenas horizontalmente é feita essa distinção entre os meio-campistas, o que nos dá uma caracterização mais completa do posicionamento dos jogadores em relação ao usualmente utilizado no Brasil. Verticalmente, também há diferenças.

Se o jogador atua recuado, com principal característica de marcação e desarmes, então é acrescido a denominação defensive (D) à nomenclatura. Por exemplo, o "volante de marcação" ou "volante de contenção" que atua centralizado seria chamado CDM, ou seja, Central Defensive Midfielder. Analogamente, temos RDM e LDM. Se o jogador não tem essa característica, ou se divide essa característica com outra como a de conduzir a bola ao ataque (o famoso "enganche"), armando jogadas, então não é feita adição e são caracterizados basicamente como CM, RM e LM. 

Os meio-campistas que possuem como característica tanto a armação quanto a finalização, ou seja, os meio-campistas que atuam mais próximos à meta adversária, são chamados attacking midfielders. Ou seja, são os "meia-atacantes". Se atua pelo centro, é um CAM (Central Attacking Midfielder), pela direita RAM e pela esquerda LAM.

Geralmente o CAM é chamado "meia-de-ligação", o trequartista no Calcio. O armador mais recuado, aqui chamado de "meia-armador", o regista e que no exterior também é conhecido como deep-lying playmaker - ou enganche como é conhecido na argentina - geralmente coincide com a posição CM.

João Vitor
Tenho utilizado no blog a denominação 4-3-1-2 (uma das variações do 4-4-2 losango), que é como gosto de ver o esquema de facto, ou seja, na prática. No 4-2-3-1, temos três meia-atacantes na linha que antecede o centroavante. João não chega a ser um meia-atacante, mas é meia e atua pela direita. Não tem características apenas defensivas, porque também tem boa chegada na frente. Portanto, estaríamos falando de um RM, ou como preferirem, um "ponta-direita recuado" ou um "volante com boa chegada ao ataque".

terça-feira, 7 de agosto de 2012

PELO DIREITO DE TORCER PELO PALMEIRAS! ASSINEM!



Como todo bom palestrino sabe, tem sido um transtorno ir até a cidade de Barueri para ver os jogos do Verdão. Com todo o respeito às pessoas que lá moram e ao estádio de boa estrutura, o fato da mudança do mando de jogo do Pacaembu ter sido transferido para aquela cidade é meramente "financeiro" - para a diretoria do Palmeiras, que fique claro.

Vários torcedores de São Paulo e cidades vizinhas têm seu bolso "punido" em prol da magia financeira de B1 e B2, que transforma essa "punição" em lucro para os cofres do clube. No Pacaembu, o clube paga até 15% da renda, enquanto em Barueri a taxa cobrada é de 2%. O presidente afirma ainda que em jogos de pouco público, o Palmeiras praticamente "pagava para jogar" em São Paulo.

Ora, o Palmeiras é um time criado e nascido em São Paulo, com a maior parte de sua torcida lá. Se o motivo é o baixo público, o que um presidente competente deveria fazer? Mudar o mando para Piraporinha porque lá a taxa é mais baixa ou realizar uma política de vendas e incentivos capaz de aumentar o público de volta ao estádio? Não precisa ser gênio para responder essa questão. Além disso, a afirmação sobre a média de público do Pacaembu ser menor que a de Barueri não procede, conforme excelente post da Web Radio Antena Verde

As reclamações, obviamente, são inúmeras, inclusive de jogadores. Vejam palavras de Maurício Ramos e Assunção na manhã de hoje, onde reconhecem que jogar na capital seria melhor para todos: "Aqui é perto de tudo. Tem metrô, o acesso é mais fácil. Com certeza ganharíamos em aproveitamento e principalmente em quantidade de torcedores. O palmeirense já estava acostumado com a nossa casa".

Como B1 e B2 não ligam para a opinião do próprio torcedor - com argumentos um tanto duvidosos do tipo "chego lá em 20 minutos" (MythBusters, fica a dica...) - resta uma alternativa interessante para que, ainda que nossos diretores façam "ouvidos moucos", a reclamação chegue a eles de modo formal para "saber" - pelo menos quantificar - o tamanho da cagada que estão fazendo.

Por isso, criou-se o abaixo-assinado seguinte para modificar o mando de jogo para o PACAEMBU.

http://www.peticaopublica.com.br/PeticaoVer.aspx?pi=palestra

Por favor, ASSINEM essa bagaça!!! Vamos lá, galera!

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Brasileirão 2012: 14ª rodada (relacionados)


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Palmeiras x Internacional
04/08/2012
Brasileirão 2012

Goleiros: Bruno e Fábio
Laterais: Artur, Juninho e Fernandinho
Zagueiros: Maurício Ramos, Leandro Amaro e Wellington
Volantes: Marcos Assunção, João Vitor, Márcio Araújo e João Denoni
Meias: Patrik e Patrik Vieira
Atacantes: Barcos, Obina, Mazinho e Betinho

Escalação (provável): Bruno; Artur, Maurício Ramos, Leandro Amaro e Juninho; Márcio Araújo, Marcos Assunção, João Vitor e Patrik; Mazinho e Barcos

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Aposenta um monstro



Por mais que aquela "ajeitadinha" de meia o tenha marcado durante a eliminação brasileira em 2006 (ainda que o time francês já jogava melhor) e ainda que tenha ido para o "lado negro da força" no final de sua carreira, Roberto Carlos foi desde o início de sua carreira um jogador extremamente potencial e, na maioria das vezes, correspondeu à essas expectativas (vide números abaixo). Por mais que tenha jogado pelo SCCP durante algum tempo, vale lembrar que caras como Edmundo, Rivaldo e Paulo Nunes também jogaram lá e nunca deixaram de ter o devido reconhecimento da torcida por isso. É craque, brilhou no Verdão, honrou a camisa enquanto a vestiu. Merece respeito.

Poucos os jogadores no mundo possuem um currículo tão "apresentável" quanto o que vem a seguir.

Palmeiras (185 jogos, 17 gols - dados do porcopedia.com)
Campeonato Brasileiro 1993, 1994
Campeonato Paulista 1993, 1994
Torneio Rio-São Paulo 1993

Real Madrid 
Campeonato Espanhol 1997, 2001, 2003, 2007
Supercopa da Espanha 1997, 2001, 2003
Champions League 1998, 2000, 2002
Campeonato Mundial de Clubes 1998, 2002
Supercopa da Europa 2002

Fenerbahce 
Supercopa da Turquia 2007, 2009

Seleção brasileira
Copa do Mundo 2002
Copa América 1997, 1999
Copa das Confederações 1997

Prêmios individuais 
All-Star Team da Copa do Mundo 1998, 2002
Defensor do Ano na Europa 2002
Time do Ano da Europa 2002, 2003
Golden Foot 2008

COPA SA 2012 - Relacionados

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Palmeiras x Botafogo
01/08/2012
Copa Sul-Americana

Goleiros: Bruno e Fábio
Laterais: Artur, Juninho e Fernandinho
Zagueiros: Henrique, Maurício Ramos, Leandro Amaro e Wellington
Volantes: Marcos Assunção, João Vitor e Márcio Araújo
Meias: Patrik e Mazinho
Atacantes: Barcos, Obina, Maikon Leite e Betinho

segunda-feira, 30 de julho de 2012

Ajuste Ofensivo!

Tabela do Brasileirão até 13ª rodada



Em um campeonato de pontos corridos, não há segredo, basta olhar para a tabela acima. Tende a ganhar quem melhor saldo de gols tiver, ou seja, quem conseguir equilibrar ataque e defesa, marcar o máximo de gols concedendo o mínimo. A cara do cliente não conta.

Se você não acredita nisso, basta olhar o gráfico abaixo:

(clique para ampliar)

Bolinha verde = Gols Pró
Cruz vermelha = Gols Contra
Retângulo azul = Saldo de Gols
Eixo Horizontal (X) = Posição na tabela
Eixo Vertical (Y) = Gols

Observem bem as linhas de tendência. Quanto maior for o número de Gols Pró (bolinha verde), melhor a posição na tabela. Quanto maior for o número de Gols Contra (cruz vermelha), pior a posição na tabela. A informação que incorpora os dois valores (Gols Pró e Gols Contra) é o Saldo de Gols (retângulo azul). Quanto maior ele for, melhor a posição na tabela.

Levando-se em consideração os números acima, podemos tirar várias pequenas conclusões - mesmo que de alcance limitadas, dado que o campeonato encontra-se na sua 14ª rodada (13 rodadas finalizadas).

Considerações gerais - times com SG no"verde"
A supremacia do Atlético nessas 13 rodadas iniciais é visível. Outro que tende a subir é o Fluminense, ligeiramente melhor que o Vasco nos dois critérios (GP e GC), assim como o Internacional. Grêmio tem bom aproveitamento, mas peca na parte estratégica fora de casa: ou perde, ou ganha, basta ver o número de empates (0). Se dentro do Olímpico, o aproveitamento até o momento é de 83%, fora dele são de módicos 43%. Cruzeiro não tem um grande ataque, sofre muitos gols, o que indica que tem vencido pelo placar mínimo (ou vitória por um gol de diferença) e tende a ser ultrapassado pelo Internacional. O ataque do São Paulo está entre os melhores, principalmente pelas últimas rodadas - em apenas 3 jogos, 9 gols marcados - o que não o impede de ter uma das piores defesas entre os 10 primeiros colocados - últimos 3 jogos, 5 gols sofridos. Se sanar seus problemas defensivos, pode deslanchar no campeonato. O Botafogo tem números bem parecidos aos do São Paulo, com seu bom ataque em declínio (nos últimos 3 jogos marcou apenas 1 gol) e problemas defensivos. Ou seja, tende a cair na tabela, caso seus problemas defensivos não forem resolvidos. Quanto ao SCCP, o último time com saldo de gols no "verde", não apresenta nenhuma grande diferença quanto ao Palmeiras. Com os mesmo número de gols marcado que o nosso time, só está acima na tabela por não ter tomado tantos gols.

Menção Honrosa
O Coxa apresenta este ano uma performance parecida com a de 2011. Dono do segundo melhor ataque da competição, o time poderia facilmente figurar entre os primeiros colocados. Isso seria facilmente possível, caso o time não tivesse a pior defesa de todo o campeonato. Culpa da Copa do Brasil?

Quando surge o Alviverde imponente...
Se olharmos o saldo de gols, somos levados a pensar que os gols contra são o vilão da história alviverde até o momento. É certo que fazem parte da história, mas é preciso ver o tamanho do ajuste a ser feito nos dois setores e, olhando os dados, o setor ofensivo certamente é o que precisa de ajuste maior.

O Cruzeiro tomou 14 gols no campeonato - apenas 2 a menos que o Palmeiras - e encontra-se em uma confortável 5ª posição. O São Paulo, com o mesmo número de gols sofridos que o Verdão, está em 7º e o Botafogo, com apenas 1 a mais, em 8º. A Ponte, com o mesmo número de GC do Botafogo, aparece em 9º.  Uma amostra razoável de times que possuem número de gols contra em nível parecido ao do Verdão e que encontram-se em posição melhor na tabela.

Comparando o número de gols pró (GP) dos times citados acima com os do Palmeiras, temos a seguinte diferença (Cruzeiro, SPFC, Bota e Ponte): +4, +8, +9 e +3. Portanto, é evidente que o ajuste ofensivo é maior e mais significativo que o defensivo. O número de gols marcados pelo Verdão é praticamente a metade dos gols marcados pelo Atlético (12 gols a menos).

É claro que por mais que o "ajuste" na parte defensiva seja menor que o da ofensiva, não significa que tem menor importância. Ter uma defesa sólida é importantíssimo em qualquer clube. Só que Felipão sabe como montar defesas sólidas. Portanto, fazer mais gols ganha destaque especial nesse contexto.

Como o treinador resolverá este problema, não faço a mínima idéia. A janela de transferências se fechou, mais de 7 jogos se passaram. Espero somente que Daniel Carvalho ganhe ritmo e volte a ter bom rendimento, que Obina tenha a mesma presença de área de Barcos, que Juninho volte logo, Valdívia, Kid... coisas que todo palmeirense espera.

segunda-feira, 16 de julho de 2012

Breve análise tática da Copa do Brasil 2012

Galera, recentemente venho sofrendo com dores no braço esquerdo e ao que tudo indica, após os exames feitos, que o problema é muscular (tendão). Portanto, tenho "maneirado" nos posts para não me complicar fisicamente.

Dito isso, gostaria de fazer uma breve análise das mudanças táticas que o time sofreu durante o andamento da Copa do Brasil e que consequentemente o deixou forte o suficiente para a conquista do caneco. A primeira partida da semi contra o Grêmio certamente foi o divisor de águas dessa história toda. A partir de relatos dos próprios jogadores, é possível perceber que as mudanças já estavam sendo estudadas e estruturadas pelo staff de Felipão. A partida anterior pelo Brasileiro, porém, foi o que disparou o gatilho da mudança, o estopim. Portanto, vamos aos fatos.

Time na partida de ida contra o Grêmio, pelo Brasileirão

O primeiro estudo entre os dois semifinalistas da Copa do Brasil aconteceu no Olímpico, pelo Campeonato Brasileiro, no dia 27 de maio. Naquela partida, ficou nítida a presença avançada dos alas gremistas, Gabriel, e, notadamente, Pará. Mesmo que o time contasse com desfalques e jogadores poupados por Felipão, o time foi dominado em campo e o Grêmio anulou o meio-campo palmeirense ainda que este contasse com três volantes. Fernando caçou Felipe e posteriormente Valdívia em campo, atuando praticamente como um terceiro zagueiro e permitindo aos alas o avanço. Acuado e perdendo a disputa no meio, restou ao Palmeiras poucas alternativas que o torcedor palmeirense, até aquele momento, já estava cansado de saber: bolas paradas.

O jogo revelou talvez o esgotamento do 4-3-1-2 (ou 4-2-3-1, como a maioria prefere ver e até mesmo Felipão acredita utilizar, caracterizando João Vítor como um ponta direita). Esse modelo tem lá suas méritos. Com três volantes - como eu prefiro ver - o time recuperava regularmente a posse de bola no meio-campo na transição defensiva. O modelo foi utilizado durante boa parte do campeonato paulista e a boa fase de alguns jogadores - como Daniel Carvalho, Juninho e Barcos, por exemplo - garantiu a eficiência do esquema. O time contava ainda com algumas alternativas ofensivas, como o 4-2-3-1 formado por Maikon Leite, Valdívia e Luan com Barcos na referência (alternando para o 4-3-3, como contra o Sport pelo Brasileirão e o Atlético-PR pelo segundo jogo da Copa do Brasil) e também a formação com os dois meias de qualidade do elenco - Valdívia e Daniel Carvalho - no 4-3-2-1, formação extremamente interessante mas que segundo Felipão deixava o time vulnerável demais, perdendo as bolas no ataque sem que houvesse um esforço defensivo dos jogadores de armação.

A grande sacada no uso da trinca de volantes ficou por conta do encaixe de João Vítor no elenco. Improvisado como meia, o jogador teve problemas. Um pouco mais recuado, alternando a marcação pela direita e a saída de bola por aquele lado, se encontrou. Tanto que vem sendo utilizado frequentemente por Felipão. Não é um jogador que tem como característica principal a velocidade ou as jogadas de linha de fundo pelos lados do campo, como normalmente possuem os pontas, mas a habilidade em espaços curtos e os desarmes. Além disso, tem a regularidade a seu favor.

Sacada ainda mais genial foi a utilização de Henrique como volante / terceiro zagueiro. A escolha do jogador era previsível e vinha sendo treinada, como o próprio jogador havia declarado antes de entrar em campo pelo primeiro jogo contra o Grêmio pela semifinal. De longe o mais habilidoso dos jogadores da zaga e com boas subidas ao ataque, Henrique foi o escolhido por Felipão para o papel de "âncora" do meio-campo. Como Marcos Assunção é imprescindível ao time e já fazia a cobertura pela esquerda em jogos passados, a saída de Márcio Araújo da equipe titular foi natural. Colado ao armador gremista, deu mais liberdade aos laterais do Palmeiras para subir e equilibrar a disputa no meio-campo em uma batalha 5v5. Poucos lembram que os laterais decidiram aquela partida de ida no Olímpico, com Cicinho dando assistência para Mazinho para abrir o placar e Juninho cruzando na cabeça de Barcos, ampliando a vantagem.


Time com Henrique de volante / líbero e meio-campo "reforçado"

A presença de Henrique fortaleceu o sistema de marcação do Palmeiras, já que trata-se de um  verdadeiro "primeiro volante". Antes dele nenhum jogador do Palmeiras cumpria essa função adequadamente. Pode-se dizer que o último a cumprir estritamente essa função era Chico, mesmo que mal. Kid já não é um garotinho e tanto Márcio Araújo quanto João Vítor são jogadores de marcação com característica de conduzir a bola ao ataque.

A parte importante é que a mudança foi preparada e utilizada no momento certo do campeonato. Quando o Grêmio acreditava que o jogo seria um repeteco do domínio exercido na partida de ida do Brasileirão, se viu em maus lençóis. O Palmeiras, utilizando a estratégia com sabedoria, equilibrou a disputa no meio-campo e, ao final da partida, praticamente selou sua classificação às finais. O mesmo equilíbrio e frieza foi demonstrado na volta e mesmo depois do gol de Fernando, o time conseguiu o empate após boa subida de Juninho e troca de passes com Valdívia. O resto é história.

Méritos do treinador
Por fim, ressalto que o mérito dessas mudanças é completamente de Felipão. Encontrou, dentro do próprio elenco, soluções que melhoraram e muito o sistema defensivo do time. Se reinventou, trazendo a campo novas combinações - com as mesmas peças - que deixaram o time mais forte. Essa é uma virtude para qualquer treinador que se preze, pois torna o padrão de jogo do time menos previsível. Alternativas táticas para diferentes situações de jogo são sempre bem vindas.

Outra qualidade do treinador é a de buscar a união entre os atletas do clube. Mesmo diante de um ambiente adverso - política interna conturbada, pressão da mídia e da torcida por títulos - soube isolar o elenco e formar um espírito de "família" entre os jogadores. O que não era possível - é claro - com a presença de atletas que, independente da intenção, geravam atritos entre os jogadores e desagregavam o grupo. 

A cumplicidade crescente entre os jogadores (até mesmo o simples fato de atuarem juntos por diversas vezes), por sua vez, traz retornos benéficos inclusive ao padrão de jogo da equipe, com reflexos claros no entrosamento do time. Basta lembrar que no último "Choque-Rei" nosso time dominou a equipe do São Paulo com um jogador a menos durante quase todo o segundo tempo.

Como fica a equipe?
O resquício tático da Copa do Brasil deixou o time na seguinte disposição: Henrique continua como terceiro zagueiro / volante, tendo Marcos Assunção mais à frente à sua esquerda e João Vítor à sua direita; um meia armador - até porque o time tem apenas dois - servindo aos dois jogadores de ataque, sendo um com característica de velocidade / movimentação (Luan, Maikon Leite, Mazinho) e um de referência / finalizador (Barcos, Obina e Betinho). Nas laterais, Cicinho e Juninho. Artur tem características mais defensivas e pode ser utilizado para casos específicos. Time alternando entre o 4-3-1-2 (ou 4-2-3-1 "torto", como preferirem) e o 3-5-2.

quarta-feira, 11 de julho de 2012

COPA DO BRASIL - FINAL - Campeões!!!



Não há tática que supere um coração forte.

Quem viu e entendeu o choro dos jogadores ao final da partida sabe o que é ser palmeirense.

O choro dos jogadores é a forma de agradecer à torcida em seu árduo caminho carregando este pesado manto. As cobranças enormes por títulos, críticas, frustrações e incertezas quanto à administração do clube. É quando descobrem o que é jogar no Palmeiras. E o choro dos torcedores, a recíproca. O quão duro foi carregar esse fardo. Aquele que esteve ao lado do jogador o tempo todo, todos os dias, dentro (indo aos estádios, acompanhando pela Tv, Internet ou rádio) e fora (exaltando as conquistas e glórias, ouvindo provovações e defendendo seu time diante do resto) mesmo sem nunca tê-lo conhecido.

Só posso agradecer à luta incessante desses jogadores que Felipão cultivou e apoiou, mesmo sem ter o apoio incondicional da torcida, mesmo sendo diariamente chamados de "limitados" pela mídia. Agradecer ao Luan, ao João Vítor, ao Maurício Ramos, Thiago Heleno, Márcio Araújo, Artur, Cicinho, Betinho. A esses GUERREIROS. 

O Palmeiras é enorme e foi feito para jogadores como vocês, que têm garra, determinação. Vontade de vencer. Que têm coração forte.


*


É campeão, PORRA!!!
Maior Campeão Nacional!!!

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Verdão na final!!!

Passamos pelo Grêmio do Luxa em grande estilo. Estamos na final, porra!!! É festa para um time que vinha sofrendo nos últimos anos. Só quem é torcedor do Palmeiras sabe disso. Hoje, temos jogadores capazes de desequilibrar no ataque e temos uma defesa sólida. As chances são ótimas. Deixo aqui meu agradecimento ao Barcos, ao Mazinho e a todo o elenco pela dedicação, mas em especial a um grande jogador, Jorge Valdívia, que mesmo em um momento difícil na sua vida pessoal se aqueceu, saiu do banco e desequilibrou uma partida que parecia ter final dramático. Força, Verdão! Vamos trazer esse caneco pra casa! #VaiPalmeiras

Entrosamento


Vocês estão fazendo isso... CERTO!

quinta-feira, 14 de junho de 2012

COPA DO BRASIL: Palmeiras 2 x 0 Grêmio

Palmeiras 2 x 0 Grêmio
13/06/2012
Copa do Brasil 2012
Estádio Olímpico
Semifinal, jogo de ida


Taticamente superior


Como o jogo de "prévia" pelo Brasileiro já havia mostrado, a grande dificuldade em jogar contra o Grêmio de Luxa era ganhar o meio-campo, já que o volante Fernando atua praticamente como um terceiro zagueiro, na cola do nosso armador, fosse ele Valdívia ou Daniel Carvalho. Com isso, o time liberava os laterais Gabriel e Pará para avançar, deixando o Grêmio com superioridade numérica na faixa central, mesmo com nosso time atuando com três volantes e um meia armador mais à frente.

A ideia de colocar Henrique como terceiro zagueiro, líbero, à frente da zaga - função que se confunde com a de primeiro volante - só tem sentido diante desse panorama. Com os laterais mais avançados, marcando os alas adversários, a batalha no meio-campo ficou equilibrada, a superioridade numérica se foi e o Palmeiras, na base da qualidade técnica individual, desequilibrou no final e venceu a batalha. Destaque, portanto, para Felipão, pois tomou uma atitude diante do problema tático com o qual se deparava, e para os laterais - Cicinho e Juninho - com uma assistência cada.

Palmeiras equilibra a disputa do meio-campo

Primeiro tempo
O Grêmio começou partindo para cima, naturalmente. Com o jogo truncado, começou atacando com perigo através de jogadas de bola parada e escanteios. O Verdão, mesmo tocando melhor a bola, não conseguia chegar com a mesma facilidade que o time da casa ao ataque. Com a pressão, o time ficava praticamente em um 3-5-1-1, com Luan auxiliando a cobertura pela esquerda.

Daniel, muito marcado por Fernando, não conseguia sair jogando. Como Artur não é um lateral de características ofensivas e João Vítor não é um meia, apesar de ser um volante com boa saída pela direita, o time jogava somente pelo lado esquerdo no ataque enquanto o lado direito permanecia um pouco mais recuado. Isso também dava a falsa impressão de que Pará estava jogando muito bem pela esquerda oposta, o que não é verdade. Ao contrário do último jogo contra eles, Artur ficou no encalço do ex-santista enquanto João Vítor tentava frear os avanços de Léo Gago.

O time, com esses problemas na criação das jogadas pelo centro e as poucas incursões pela direita, deixavam o rumo da estratégia ofensiva dependendo de apenas dois tipos de jogada: as solitárias disparadas de Luan pela esquerda - que durante quase todo o jogo não deram em nada - e as jogadas de bola parada. Assunção não estava em noite inspirada, cobrando mal diversos cruzamentos. Barcos, diante desse panorama, fez o que pode saindo da grande área para buscar jogo e arriscando chutes de longa distância, como no primeiro chute do Verdão que veio somente aos 21' de jogo, para fora.

A partida seguia, assim, equilibrada, com forte marcação dos dois lados e só levando perigo em jogadas de bola parada. Aos 41', Thiago Heleno fez falta em Miralles e recebeu o amarelo. Na cobrança, Fernando cobrou com perigo e a bola pegou na trave esquerda de Bruno. O goleiro estava na bola.

Segundo tempo
O Palmeiras veio a campo melhor, mais ligado. Logo nos primeiros minutos, o time tocava a bola melhor que no primeiro tempo. Além disso, não deixava o Grêmio criar chances, forçando o erro. A movimentação de Kléber foi anulada em campo, caçado sem dó. A opção de Luxemburgo por dois jogadores que não tem grande presença na pequena área também dificultava, porque dificilmente eles receberiam a bola de frente para o gol. Marco Antônio foi novamente anulado em campo, não tendo vida fácil diante de um implacável Henrique. Sem opções para a criatividade, o time era forçado a tentar o chuveirinho para a grande área ou - o que mais acontecia - os chutões de Léo Gago, que estava com o pé (muito) descalibrado. Em um dos chutes, quase presenteou a torcida gremista com um home run.

Aos 15', Luxa se fartou com a dificuldade de infiltração do Grêmio e trocou a dupla de ataque. Saiu Kléber para a entrada de André Lima e Miralles deixou o campo para a entrada de Marcelo Moreno. A mudança fez sentido, Marcelo Moreno tem presença muito forte na grande área, principalmente nas jogadas de bola aérea, o que combinava com o padrão de jogo naquele momento, recheado de chuveirinhos. A entrada de André Lima pouco acrescentou ao time - talvez fosse melhor manter um dos segundo-atacantes, Miralles ou Kléber.

18', Artur se machuca. Cicinho entra.

Com o Grêmio levando mais perigo, o Palmeiras tinha que reagir. Se o pessoal da frente não resolvia, então os jogadores de trás deviam apoiar, como elemento-surpresa. Logo surtiu efeito, e aos 23', no contra-ataque, Daniel Carvalho encontrou Juninho disparando pela esquerda. O lateral encontrou Barcos, que bateu travado, com muito perigo. Apenas dois minutos depois, após subida de Henrique ao ataque, Daniel encontrou Barcos pela esquerda da grande área. O argentino driblou o marcador e chutou forte de pé esquerdo, raspando o travessão do gol de Victor.

Aos 29', nitidamente irritado com o desempenho de Marco Antônio, Luxa sacou o jogador para a entrada de Rondinelly, cujo nome já era gritado nas arquibancadas. O rápido jogador deu maior movimentação no ataque e mais trabalho para a defesa do Palmeiras, abrindo espaços. Na sua primeira jogada, aos 32', Rondinelly encontrou Pará pela esquerda, que cruzou na medida para André Lima, cabeceando para fora.

A reação alviverde
Aos 34', foi a vez de João Vitor tomar o cartão amarelo. Foi aí que o jogo virou de vez. Aos 40', Felipão sacou Daniel Carvalho para a entrada de Mazinho. Logo aos 41', Rondinelly perdeu a bola na frente. No contra-ataque, Cicinho recebeu a bola pela ponta direita, cortou para o meio e deu lindo toque para Mazinho, que não perdoou e chutou por baixo do goleiro Victor. Verdão, 1x0!

O time gremista, extremamente abalado em campo pelo gol alviverde, não poderia esperar baque pior do que tomar um gol àquela altura da partida, mas o pior - para nós, o melhor - aconteceu. Juninho subiu ao ataque, recebeu ótima bola de Luan pela esquerda, foi à linha de fundo, levantou a cabeça e fez um cruzamento perfeito na cabeça de Barcos. "El Pirata" cabeceou de cima pra baixo, tirando do goleiro e da zaga gremista. Verdão, 2x0!

Após os gols o Verdão só precisou administrar o resultado, calmamente, tocando bem a bola e segurando a posse pelo máximo que pudia. E conseguiu. O Palmeiras viu sua torcida cantar sozinha em um Olímpico lotado e levou para casa uma vantagem que coloca o time na condição de favorito à final.

Considerações
A primeira consideração importante a fazer é que Felipão tem muitos méritos no resultado. Se no jogo pelo Brasileirão, tivemos amplo domínio do Grêmio, dessa vez o treinador não vacilou. Diante do problema tático que enfrentou, modificou a equipe. Armou o time no 3-5-2, com Henrique à frente da zaga - é claro que tinha que ser ele, é de longe o zagueiro mais habilidoso e apto a fazer a saída de bola - e freou os alas gremistas. Se ofensivamente o time não foi um primor - com velhos problemas que estamos acostumados a ver, com Luan muito aberto pela esquerda, João Vítor não subindo tanto pela direita e Barcos consequentemente isolado na frente - no aspecto defensivo, foi perfeito.

O segundo destaque, não tão divulgado (apesar de evidente), a excelente subida dos laterais no segundo tempo. Cicinho e Juninho cresceram, criaram oportunidades - principalmente o lateral esquerdo, que é melhor no apoio - e deram, cada um, uma assistência a gol. Ou seja, em um jogo parelho, sobressaiu a qualidade individual dos jogadores. Isso é importantíssimo para o time, já que os jogos da fase final serão cada vez mais disputados e decididos assim, no detalhe, sem depender dessa ou daquela jogada, ou desse ou daquele jogador. Vale lembrar, Daniel Carvalho e Marcos Assunção não jogaram bem.

A última e mais importante observação: esse esquema foi utilizado de acordo com as circunstâncias da partida. Uma questão tática localizada, pontual. Nem todos os times jogam como o Grêmio e Felipão sabe disso. Se é o esquema ideal para a próxima partida, não sabemos. Luxa pode fazer alterações táticas para o próximo jogo, é um grande treinador e é exatamente isso o que se espera dele. A utilização de Henrique à frente da zaga, tal como De Rossi durante o último jogo da Itália frente à Seleção Espanhola, foi excelente do ponto de vista defensivo. Novamente, é importante ressaltar, ofensivamente, existem problemas. A bola pouco chegou ao ataque, Barcos ficou distante da área. O que não impede que Felipão também realize mudanças nesse setor, claro.