segunda-feira, 11 de julho de 2011

9ª rodada: Palmeiras 3 x 0 Santos

estatísticas: UOL.com.br

Já era esperado
Felipão tem fama de retranqueiro, joga com mais volantes que o necessário, mas frente a um Santos repleto de desfalques, era a hora de realizar as mudanças que este humilde blog já apontava. O rendimento de Lincoln, como já observamos, caiu consideravelmente, e a possível saída do meia já se especula na mídia (leia aqui). Na ausência de Valdívia, era preciso colocar Patrik e Tinga de volta, tanto pela necessidade quanto para recuperar ritmo de jogo, pois provavelmente terão de atuar seguidas vezes sem a volta de Valdívia e sem a (muito provável) chegada de Martinuccio. Felipão foi de 4-2-2-2, com Patrik na armação pela direita e Luan recuando para  marcar pela esquerda. Tinga entrou no segundo tempo para melhorar a marcação de Léo, pela esquerda.

Luan novamente decisivo
Apesar da marcação forte, a defesa santista vacilou e deixou Maikon passar livre enquanto partia para cima de Luan. O ponta-esquerda conseguiu passar a bola entre dois marcadores, e Maikon ficou no mano a mano com Rafael, marcando o primeiro gol logo aos 20 minutos.

No segundo, aos 29 minutos, a jogada forte do Palmeiras nesse campeonato. Escanteio no primeiro pau cobrado por Marcos Assunção e direto para  a cabeça de Maurício Ramos. Novamente, falha de marcação santista.

Com o resultado quase garantido, o time ampliou em um golaço de Patrik, que contou com um pouco de sorte. O meia tabelou com Márcio Araújo pela direita, a marcação santista fechou, a bola resvalou em Rodrigo Possebon, sobrou novamente para Patrik que chutou forte, cruzado, no ângulo esquerdo do gol de Rafael. Diga-se de passagem, Possebon veio do Manchester United (estava emprestado ao Braga) e ainda não apresentou futebol digno de quem já substituiu Ryan Giggs.

Segundo tempo
Com Tinga no lugar de Maikon Leite, o time ficou praticamente no 4-2-3-1, com Dinei de centroavante. Patrik fez ótima partida e só foi substituído ao final do jogo, em uma nova alteração tática, com a entrada de Pierre em seu lugar, formando um 4-3-3 com 3 volantes (Marcos Assunção - Pierre - Márcio Araújo) para garantir um resultado difícil de se reverter. A entrada de Pierre sinaliza um possível rodízio de volantes no futuro, já que os dois volantes-chave e homens de confiança de Felipão têm jogado praticamente todos os jogos do campeonato, talvez na tentativa de reduzir o desgaste dos jogadores. A saída de Marcos Assunção é a mais preocupante, já que o time tem no jogador duas de suas principais armas: o escanteio no primeiro pau e as faltas de média e longa distância. Márcio Araújo é extremamente regular pela direita, mas menos decisivo. Placar selado, Palmeiras de volta ao G-4.

Futuro nebuloso
Enquanto o rendimento de Lincoln cai e o de Luan aumenta, uma coisa os dois têm em comum: especulações sobre uma possível saída. A diretoria do Toulouse já disse que conta com o retorno de Luan e a relação custo-benefício de Lincoln e o fato do jogador não ter sido relacionado para o jogo contra o Santos aumentam os boatos sobre a sua saída. Além disso, Kléber pode estar de malas prontas jogar no Flamengo, pela resistência em realizar o 7º jogo no campeonato. Para se ter uma idéia, o jogador tinha condições para o  jogo contra o Santos, estava relacionado, mas não concentrou.

Se o futebol apresentado ontem agradou à torcida, o time terá dificuldades se não definir logo o futuro incerto de Luan e Kléber, pois diversas peças de reposição serão necessárias caso a saída dos jogadores serão necessárias. No ataque, Adriano já foi vendido e o nome de Wellington Paulista aparece mais na mídia devido às especulações sobre seu passe do que ao futebol que tem jogado. Se perdermos mais esses dois jogadores, ficaremos com Dinei e Maikon Leite. É muito pouco para o Palmeiras.

Considerações
Para o próximo confronto, dificílimo, na minha opinião, contra um Flamengo em clara ascenção, a única vantagem é que jogaremos em casa. Taticamente, o Flamengo de Luxemburgo tem muito mais qualidade ofensiva da linha de volantes para frente. Armado no 4-2-3-1, com Ronaldinho centralizado, Thiago Neves pela direita, Renato Abreu pela esquerda e Deivid, agora em boa fase, como finalizador, é difícil pensar que o Palmeiras, não entrará, por exemplo, com três volantes, com um deles fixo em Ronaldinho. Meu palpite é que o time entra com 4-3-1-2, com Patrik armando à frente de Marcos Assunção-Pierre-Márcio Araújo, com Maikon Leite e Dinei no ataque. Talvez Felipão sacrifique uma de nossas opções ofensivas pelas laterais, talvez improvisando Chico pela esquerda, ou recuando Márcio Araújo para a lateral-direita e colocando Chico na linha de volantes. O fato é que o time precisa tomar uma decisão contra o ataque carioca.

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