sábado, 16 de fevereiro de 2013

Relacionados, "El Clasico" brasileiro

Goleiros: Fernando Prass e Bruno
Laterais: Weldinho, Marcelo Oliviera, Juninho e Ayrton
Zagueiros: Henrique, Maurício Ramos, Leandro Amaro e Vilson
Volantes: Wesley, Souza, Charles, João Denoni e Márcio Araújo
Meias: Patrick Vieira e Ronny
Atacantes: Leandro, Vinícius e Caio

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Richard Petrocelli, ex-meia do Verdão na década de 50

Olá galera alviverde!

O sempre competente Gustavo Missura, do blog Memória da Bola (@memoriadabolaconseguiu uma entrevista com um jogador do Verdão da década de 50, Richard Petrocelli. Richard atuou no período 1950-1953 e conquistou diversos títulos com o manto alviverde, entre eles a Copa Rio de 1951.

Replico abaixo, na íntegra, a entrevista concedida pelo ex-jogador e publicado na edição do jornal "Cidade Livre", de São José do Rio Pardo (concedida em Outubro/2012) 

Richard no Pacaembu, quando atuava pelo Palmeiras

Nascido em São José do Rio Pardo, pequena cidade do interior de SP no dia 26 de maio de 1932, Richard Petrocelli, ex-jogador do Palmeiras, é considerado por muitos o melhor jogador de futebol que a cidade já teve. Casado com Magali Nogueira Petrocelli, Richard tem três filhos: Richardinho, Ana Beatriz e Maria Inês. Os ares de tranquilidade desfrutados hoje pelo ex-jogador de futebol, que atuou com grande destaque pela Sociedade Esportiva Palmeiras nos anos 1950, remetem às memórias e lembranças de um tempo que ficou imortalizado para o futebol brasileiro. A curta carreira como jogador de futebol profissional de Richard, que abandonou os gramados após uma grave contusão que o impediu de desempenhar seu melhor futebol, foi marcante e é lembrada até hoje pelos palmeirenses e pelos amantes do esporte que, naquele tempo, já era considerado o “ópio do povo”. Um meia que jogava próximo ao ataque e marcava muitos gols rapidamente ganhou notoriedade e foi destaque em jogos importantes e nos títulos que o Palmeiras conquistou no início da década de 1950. No próprio ano de 1950, quando chegou ao clube da capital paulista, conquistou as “Cinco Coroas”: Torneio Início do Paulistão, Taça Cidade de São Paulo, Torneio Ano Santo, Campeonato Paulista e Rio-São Paulo. Em 1951, conquistou a famosa Copa Rio, que muitos consideram como um Mundial de Clubes, já que a competição contou com Palmeiras, Vasco da Gama, Áustria Viena (Áustria), Nacional (Uruguai), Juventus (Itália), Sporting (Portugal), Olympique de Nice (França) e Estrela Vermanha, da antiga Iugoslávia. Foi campeão também pelo Palmeiras do Rio-São Paulo e da Taça Cidade do México, em 1952, além de ter sido vice-campeão paulista em 1953 e 1954. Richard Petrocelli nos recebeu em sua casa para uma entrevista e contou histórias de sua trajetória como jogador profissional, fatos marcantes e algumas vezes até engraçados, as homenagens que recebe até hoje pelo Palmeiras e falou do reconhecimento pelo que fez enquanto representava o clube do Parque Antárctica, confira.

Como foi o início de sua carreira no futebol?


Comecei minha carreira como jogador de futebol no Rio Pardo FC, aqui de nossa cidade. Joguei por um tempo no clube e, em seguida, fui para São Paulo jogar no Palmeiras. Fui jogar pela primeira vez no clube depois que meu pai conversou com um amigo que ele tinha em São Paulo. Ele sempre comentava que tinha um filho que jogava futebol e, em uma das vezes que meu pai foi a São Paulo a negócios, falando com este amigo ele informou que eu estava na cidade e perguntou se interessava para ele conversar comigo. Esse amigo de meu pai era chefe do Departamento Profissional do Palmeiras, e me convidou para fazer um testo no clube. Eu disse que só iria se fosse jogar assim que chegasse lá, não queria sentar no banco e aguardar uma oportunidade. Se puder ser assim, eu vou, disse a ele. Ele então perguntou se eu podia ir no mesmo dia até o Palmeiras. Respondi que sim e ele falou que iria providenciar o material necessário para jogar. Logo lhe informei que não precisaria, pois sempre carregava meu material comigo, estava sempre preparado para jogar futebol. Terminamos a conversa e fui para o Palmeiras treinar. Treinei junto com os aspirantes, ao lado de Dino Sani e do Canhotinho no ataque do time, joguei de centroavante naquele dia. Treinamos contra o time profissional do Palmeiras, joguei bem e praticamente no mesmo dia eu já estava com contrato assinado com o Palmeiras, foi tudo muito rápido. O Palmeiras vendeu o Dino Sani após um tempo, e ele acabou jogando em muitos times do Brasil e do exterior. Canhotinho foi um grande companheiro meu naquele tempo de Palmeiras.


Por quantos anos você atuou pelo Palmeiras?


Joguei pelo Palmeiras de 1950 até o final de 1953, 4 anos, portanto.


Você participou de campeonatos de futebol no Brasil e no exterior também?


Participei de campeonatos estaduais, interestaduais e internacionais aqui no Brasil e de alguns no exterior também, como no México. No meu primeiro ano no Palmeiras, 1950, fui campeão paulista, fazendo parte do plantel que conquistou o título estadual naquele ano. Em 1951, fui campeão da Copa Rio com o Palmeiras, um campeonato mundial que aconteceu no Rio de Janeiro e contou com a participação de times como a Juventus, da Itália, o Nacional do Uruguai, o Estrela Vermelha, da Iugoslávia e outros times importantes.


A sua posição original no campo de jogo era na meia-direita, correto?


Sim, mas jogava também como meia-esquerda e, algumas vezes, como centroavante. Sempre no ataque, auxiliando os demais companheiros da equipe.


Qual foi o momento de maior alegria que você teve no Palmeiras?


Durante a semi-final da Copa Rio, no Rio de Janeiro, jogamos com o Vasco duas vezes. Ganhamos a primeira partida por 2 a 1 e fomos jogar a segunda alguns dias depois. Infelizmente, nesse segundo jogo eu fraturei a tíbia, e isso impossibilitou-me de jogar as finais daquele campeonato. Mesmo com este problema que tive posso dizer que o fato de termos sido campeões de um campeonato mundial foi o momento de maior alegria que tive no Palmeiras.


O Palmeiras era um dos representantes do Brasil na Copa Rio por ter sido convidado ou houve algum critério para classificação das equipes para o campeonato?


Em 1950, o Brasil sediou e disputou a Copa do Mundo de seleções da FIFA. A seleção chegou à final e foi jogar com o Uruguai para decidir quem ficaria com o título. O Brasil jogava pelo empate, mas acabou sendo derrotado em pleno Maracanã. Estive presente no jogo, acompanhando e torcendo pela nossa seleção. Por conta dessa derrota jogando em casa, a FIFA decidiu realizar um torneio de clubes no Brasil com campeões de vários países do mundo, acredito que para homenagear de alguma forma o nosso país apesar de ter perdido a Copa do Mundo. O Barcelona e o Real Madrid foram convidados também, mas não vieram porque na Copa do Mundo a Espanha havia perdido do Brasil por 6 a 1, então creio que eles ficaram receosos de perderem de forma vexatória também num campeonato mundial de clubes. O Palmeiras jogou a Copa Rio por ser o campeão pauista atual à época e também do torneio Rio-São Paulo.


Depois da Copa Rio você ainda atuou pelo Palmeiras até o final de 1953. Como foi este período?

Após minha contusão na Copa Rio, não voltei para São Paulo imediatamente, fiquei no Rio de Janeiro e fui me tratar no Vasco da Gama. O médico do Vasco naquela época era também da seleção brasileira e avaliou minha lesão apenas como uma luxação de ligamentos, então fiquei na cidade até o campeonato acabar. Mas eu não estava melhorando. Quando voltamos para São Paulo, o Palmeiras contratou um médico para reavaliar minha situação. Eu disse que não estava em condições nem de colocar o pé no chão, e então ele agendou novos exames para constatar o que realmente havia acontecido comigo em um hospital particular em São Paulo, fora dos domínios do Palmeiras. Já no hospital, que era bastante moderno e contava com o que de melhor havia na época, depois de realizar novos exames ficou constatado que a minha lesão era muito mais grave do que havia sido dito pelo médico do Vasco, no Rio de Janeiro. Acabei ficando aproximadamente 6 meses parado, e retornei aos gramados no fim do ano de 1951, em um jogo contra a Portuguesa no Pacaembu, que estava lotado. Era um jogo válido pelo Campeonato Paulista, a Portuguesa havia acabado de chegar da Europa, onde jogaram e ganharam um torneio que foram disputar lá. Ganhamos aquela partida por 1 a 0, com um gol que eu fiz de cabeça logo no começo do jogo. Esse resultado significou muito para mim, pois era meu retorno ao futebol, fiz o gol que deu a vitória do Palmeiras e percebi que eu estava pronto novamente para jogar em alto nível, retomei a confiança imediatamente. Para o jogador de futebol, estar afastado dos campos devido uma contusão séria faz com que muitas dúvidas tomem conta da nossa cabeça, se vamos voltar bem ou não, a confiança é muito importante. Depois da minha volta, conquistamos o Campeonato Paulista uma vez e fomos duas vezes vice-campeões. Fomos campeões da Taça Cidade do México, um campeonato muito importante, pois o México era destino de jogadores argentinos de muita qualidade, formavam times muito fortes com eles. A seleção argentina da década de 1940 era fortíssima.

Antes de deixar o Palmeiras e o futebol, você recebeu uma proposta para jogar pela Fiorentina, na Itália. O que aconteceu que não permitiu o negócio dar certo?


Cheguei até a firmar um pré-contrato com a Fiorentina. Entretanto, aconteceu uma nova contusão, muito grave. O rompimento de ligamentos me forçou a encerrar minha carreira precocemente, tive que desistir do futebol. Fiquei com medo de ir para a Europa, naquele tempo uma contusão como a que eu tive não era comum. Eu estava prestes a me casar, já tínhamos tudo arrumado para irmos para a Itália. Mas, no final acabei ficando no Brasil.


Depois de parar de jogar, você continuou acompanhando o futebol mesmo à distância?


Não, eu me afastei totalmente do futebol. Mudei de ramo, tornei-me fazendeiro quando voltei para São José do Rio Pardo. Joguei algumas partidas com pessoas aqui da nossa cidade algumas vezes, mas apenas para me divetir. Também fiz alguns jogos em Mococa num campeonato que aconteceu lá, mas eu não tinha mais condições físicas ideais para jogar. Não tinha mais liberdade de movimentos, sentia-me preso no campo, mas ainda assim conseguia ajudar o time.


O Palmeiras sempre organiza eventos para homenagear seus ex-jogadores e ídolos do passado. Como são esses eventos, o que você e os demais ex-atletas sentem por serem lembrados e homenageados até hoje?


Todos os anos, no dia 16 de setembro, existe uma homenagem para os veteranos. Já participei de alguns desses eventos, é muito gratificante. Da época em que eu jogava pelo Palmeiras apenas 3 jogadores ainda são vivos: eu, Oberdan Cattani (goleiro), que está com 94 anos e Aquiles (meia), que está com 84. Sempre que nos encontramos é uma festa, pois lembramos de muitas histórias junto com outros ex-jogadores que atuaram pelo Palmeiras depois de nós, como o Ademir da Guia e tantos outros. Recentemente, quando houve a aprovação da construção da Arena Palestra Itália, que será o novo estádio do Palmeiras, fui convidado para representar os jogadores que atuaram no clube entre os anos de 1950 e 1960 e votar pela aprovação ou não da construção. Apesar de uma ala ser contra a construção do novo estádio devido o fato de o Parque Antárctica ter que ser demolido, a construção foi aprovada e está em andamento. O Parque Antárctica era muito aconchegante, não era um estádio grande, tinha capacidade para quase 30 mil pessoas somente, mas era um local muito agradável.


Além do contato que você ainda tem com o Palmeiras por meio das homenagens que são prestadas aos ex-jogadores do clube, você acompanha o clube atualmente?


Sempre que posso vou lá cornetar um pouco as coisas. Falei há alguns dias com o Roberto Frizzo, que é um dos diretores atualmente no Palmeiras, disse a ele que para trabalhar com jogador de futebol é preciso ser do meio, ter vivência como jogador, como por exemplo o César Sampaio tem. Quando colocam pessoas que não conhecem do assunto para administrar as coisas tudo dá errado, sempre vai ser assim. Por motivos como esse é que o Palmeiras já sofreu muito e sofre atualmente também. Terem mantido o Felipão por tanto tempo é o que acarretou na situação em que o Palmeiras se encontra hoje, houve muitas indisposições com jogadores, e, por mandar nos jogadores e na própria diretoria, ele acabou fazendo com que todo o autoritarismo que tem acabasse minando sua relação com as pessoas no Palmeiras. Além disso, o Palmeiras gastava muito dinheiro para manter o Felipão e sua comissão técnica inteira. Era um investimento muito alto para o retorno que ele trazia.


De algumas décadas para cá, é muito perceptível que existe um “racha” no Palmeiras, tanto dentro do clube quanto até mesmo na torcida. Sempre foi assim?


Sempre foi. Sempre existiram alas que pensavam diferente e ficavam brigando entre si o tempo todo, o que só prejudicava o Palmeiras. A “turma do amendoim”, que o Felipão assim apelidou, é um exemplo disso. Na minha época havia a “turma da vaselina”, que também mais atrapalhava do que ajudava no Palmeiras. Nunca ninguém está satisfeito no Palmeiras, a única maneira de todos estarem satisfeitos seria o Palmeiras ganhar todos os jogos, todos os campeonatos invicto. Mas isso é impossível. Acredito que devido a situação atual, o Palmeiras deveria cair para a Série B do Campeonato Brasileiro, assim o clube poderia tentar se reestruturar novamente. Mas com profissionais do ramo, que entendem de futebol.


Quando você jogava, alguma vez o seu nome chegou a ser cogitado ou até mesmo foi convocado para defender a seleção brasileira de futebol?


Sim, em 1954. Infelizmente isso aconteceu quando eu estava deixando o futebol. Eu poderia ter disputado pelo Brasil a Copa do Mundo de 1954, na Suiça. O lado bom de não ter ido foi que o Brasil acabou sendo derrotado pela Hungria, que tinha um timaço. Puskas, que era o destaque do time húngaro, era um jogador fora de série. A Espanha tinha Di Stéfano, argentino que jogava pela seleção espanhola, outro craque. Naquele tempo era comum jogadores de nacionalidades diferentes jogarem por seleções que não fossem as de seus países. O Mazzola (Altafini) defendeu a seleção da Itália anos depois de ter defendido a seleção do Brasil. Inclusive o Mazzola antes de jogar pelo profissional do Palmeiras jogou com o meu irmão nas categorias inferiores e com um jogador chamado Fernando, de Casa Branca, que era muito bom jogador. Um jogador chamado Faustino também jogava, e o Mazzola era reserva dessa equipe em que meu irmão atuava.


Na sua opinião, o que aconteceu no Brasil de uns tempos pra cá que não é como antes, quando jogadores realmente bons praticamente “brotavam” pelo país afora?


Naquele tempo existiam campos de futebol em proporção muito maior do que temos hoje. Quando chegava-se na cidade de São Paulo era possível perceber a quantidade de campos que existiam, era uma coisa fora do comum, com gente praticando o futebol em quase todos eles ao mesmo tempo. Com o passar do tempo muitos espaços que eram destinados ao futebol foram sendo tomados por outras construções, e a quantidade de campos diminuiu demais. No meu tempo, para jogar futebol o sujeito tinha que ser bom de verdade, a concorrência era enorme. Só jogava quem sabia, “cabeça de bagre” não tinha vez. Hoje é raro encontrarmos jogadores que nascem com talento de verdade e se tornam jogadores profissionais, você pode aperfeiçoar a técnica, o condicionamento físico, mas o talento nato é único e não é algo que se aprende.


Você fez amizades no tempo em que jogava profissionalmente que perduraram por muito tempo?


Sim, fiz muitos amigos. Infelizmente muitos amigos se perdem por circunstâncias diversas da vida, mas com alguns mantive contato por muitos anos.


Você se lembra de outros jogadores daquela época em que você era profissional que tinham muito talento mas acabaram não tendo tanto destaque no futebol ou mesmo chegaram à seleção brasileira por terem suas carreiras abreviadas por contusões ou outros motivos?


O Palmeiras tinha um jogador chamado Waldemar Fiúme que foi um dos maiores jogadores que eu já vi jogar e nunca foi para a seleção. Também existem casos de jogadores que muitas vezes iam bem em seus clubes mas não conseguiam apresentar o bom futebol que jogavam também pela seleção.


Existe alguma história marcante do futebol que você gosta sempre de se recordar?


O Brasil enfrentou a Inglaterra, no Maracanã, há muitos anos, e nesse jogo aconteceu uma coisa que marcou muito a história do nosso futebol. O ponta-direita titular da seleção era o Garrincha, mas o Flávio Costa, que era técnico da seleção na época, o tirou do time. Colocou no lugar do Garrincha o Julinho Botelho, que jogou no Palmeiras. O Garrincha era o xodó do povo carioca e brasileiro, um fora de série, imagine o que aconteceu? O Maracanã inteiro vaiou a decisão do técnico e o Julinho entrou sob grande pressão para jogar. Ele entrou e simplesmente acabou com o jogo, teve uma atuação de gala. O Brasil ganhou e o Maracanã que vaiou no começou teve que aplaudí-lo no final. O Palmeiras tinha um jogador que se chamava Dema que marcava muito bem, jogava muito bem. Nos jogos entre o Palmeiras e o Botafogo, quando o Dema enfrentava o Garricha eu sempre dizia a ele para nunca deixar o Garrincha pensar e agir antes dele, senão não tinha como segurá-lo, se ele dominasse a bola não tinha como tirar mais. O Dema foi o único jogador que eu vi marcar bem o Garrincha, mas mesmo assim dificilmente dava para parar o Mané.


Richard, conte-nos alguma história engraçada em que você esteve envolvido nos tempos em que jogava futebol, algum fato curioso que tenha ocorrido.


Em um Campeonato Paulista, o Palmeiras foi jogar em Piracicaba contra o XV. que tinha um bom time naquela época. Inclusive o XV disputou alguns anos antes desse fato a final da segunda divisão do Campeonato Paulista contra o Rio Pardo, quando eu ainda jogava aqui. O campo deles era no meio da cidade, na rua Regente Feijó, se acontecesse alguma confusão não tinha pra onde correr. O jogo começou, nós fizemos 1 a 0, depois o XV empatou, fez 2 a 1 contra o Palmeiras e mais tarde igualamos o placar em 2 a 2. Perto do final do jogo, eu recuperei uma bola no meio do campo, fui pra cima da defesa do XV e o Liminha, que era do Palmeiras, entrou na área com tudo, passei a bola para ele em excelentes condições para fazer o gol mas um zagueiro do XV o atropelou, derrubando dentro da área. O juíz, com muita coragem, não teve dúvidas e apontou a falta e o pênalti. Faltavam poucos minutos para o jogo acabar e quem marcasse mais um gol àquela altura praticamente ganharia o jogo. Uma confusão generalizada se formou e o jogo ficou parado vários minutos, com os jogadores do XV contestando a marcação da arbitragem sem parar. Num momento em meio à confusão, eu cheguei no goleiro do XV, Alfredo, que não estava perto da confusão, e disse a ele: companheiro, chame seus colegas de time e diga que vamos resolver isso aqui. Tenho que estar em São José do Rio pardo às 8 horas da noite e não posso demorar muito aqui. Eu vou cobrar o pênalti, chuto para fora e fica tudo certo. Ele concordou comigo e foi conversar com os demais jogadores do XV. Ele conseguiu convencer os outros jogadores a parar de tentar fazer o juiz voltar atrás na marcação do pênalti, o que não iria acontecer nunca. Peguei a bola, coloquei na marca do pênalti, tomei distância, corri e chutei seco no canto, rasteiro. O goleiro nem se mexeu. Quando a bola entrou eu imaginei que ou o pessoal do Palmeiras ou os de Piracicaba me matariam naquela hora, uns por eu ter feito a confusão ficar ainda maior e outros por eu não ter cumprido com o acordo combinado. Saí correndo em direção ao vestiário com jogadores, assistentes, comissão técnica e quem mais quisesse correndo atrás de mim. Ficamos horas dentro do vestiário presos até os ânimos se acalmarem para podermos ir embora, o jogo tinha começado à tarde e só conseguimos sair do estádio mais de 9 horas da noite. Mas o importante é que o Palmeiras ganhou o jogo.


Início dos anos 1950 no Pacaembu, em São Paulo. Da esquerda para a direira: Liminha, Ponce de León, Richard Petrocelli, Jair e Rodrigues. 


Equipe do Palmeiras antes do jogo contra a Juventus, da Itália, válido pela Copa Rio de 1951. Da esquerda para a direita, em pé: Salvador, Dema, Túlio, Juvenal, Fábio, Luis Villa e Guido. Agachados estão Liminha, Ponce de León, Richard, Jair e Rodrigues.


Richard Petrocelli atualmente em sua casa, no dia em que nos concedeu entrevista.

sábado, 9 de fevereiro de 2013

A saída de Barcos



A diretoria anunciou há pouco tempo a troca de Barcos por 5 jogadores do Grêmio mais uma quantia em dinheiro. Seja qual for o tipo de jogador que chegará ao Palmeiras, Barcos já não é mais do clube.

A troca só não foi finalizada por completo ainda porque há diversos problemas, seja com a LDU (que detém uma parcela do passe do jogador e não foi consultada antes de fazer a transação), seja com os jogadores que virão (alguns já renovaram contrato e não querem vir, outros ainda não foram nem contactados). Enfim, o jeito é deixar o Carnaval e a ressaca passar e esperar novas informações de PN e Brunoro.

Imbróglio à parte, vamos aos fatos.

Valeu a pena?
O negócio só valeria a pena se Marcelo Moreno decidisse jogar no Verdão. Não se tira um centroavante do porte de Hernán Barcos sem reposição. O jogador afirmou que não sairia do Olímpico e que estava de contrato renovado. Daí veio o pai do jogador (ex-jogador da nossa base na década de 60, jogou com Ademir e Julinho Botelho) falando um monte e a relação entre a torcida e o jogador boliviano ficou muito abalada. O jogador então se desculpou pelas palavras do pai - que ofendeu não somente ao Palmeiras, mas também distribuiu sopapos verbais em direção ao Flamengo - mas voltou a reiterar que de lá não sai. Caso fique no sul, terá concorrência pesada. Barcos, William José, Kléber e Vargas. Caso mude de idéia, o negócio passa a valer a pena.

Barcos não é ídolo do Palmeiras. Mas é grato ao clube. Pode isso, Arnaldo?
Entendo a carência de ídolos do Verdão, sei que os números de Barcos são impressionantes, que a criançada o adora, que fazem o gesto do pirata depois do gol, etc. Vamos cair na real. O cara não queria jogar no Palmeiras. Ponto. Não queria! Isso é atitude de ídolo? No meu mundo, não. Barcos deve ser definido como um jogador excepcional que teve uma passagem curta, porém extremamente positiva pelo clube.

Ídolo é Marcos, que recebeu proposta real do Arsenal para substituir David Seaman em sua melhor fase e decidiu ficar. Ídolo é Evair, Ademir da Guia, enfim, ídolo é um negócio extremamente raro de se encontrar, um amor incondicional ao clube, coisa que não vamos encontrar em qualquer esquina do período mais recente do futebol e que tende a ficar ainda mais raro diante das circunstâncias. Não vamos vulgarizar a figura do ídolo.

Portanto, mesmo não sendo ídolo e mesmo não querendo ficar, Barcos diz ser grato ao clube. Isso é possível? Claro.

Algumas pessoas se revoltam dizendo que o maior gesto de gratidão seria que o jogador ficasse no clube. Essas pessoas são as mesmas que acreditam que Barcos é ídolo do Palmeiras. Só que não é. A confusão começa justamente aí, e consequentemente surge um sentimento de raiva por acharem que o jogador está mentindo quando diz ser grato ao clube, o que não é verdade.

Se você acompanhar a trajetória dele, sabe que o objetivo do jogador sempre foi a seleção, não importa de qual país. Quase se naturalizou equatoriano - o filho dele é equatoriano - para atuar pela seleção de lá, já que nunca era lembrado pelos treinadores argentinos. O Palmeiras possibilitou a convocação. E por isso, a gratidão ao clube.

Quando a queda ocorreu, Barcos logo se posicionou contra atuar pela série B, muito provavelmente pela falta de visibilidade que poderia complicar convocações futuras. Nosso time foi para a segundona e logo na primeira convocação do ano, bazinga. O jogador foi deixado de lado. Ele estava infeliz, havia ainda a questão financeira. A diretoria e o jogador concordaram que se alguma proposta interessante aparecesse, o jogador seria informado. Foi o que aconteceu.

Concluindo, Barcos abandonou o navio, mas nós não podemos - e não queremos - fazer o mesmo. A vida segue no Verdão, vamos apoiá-lo até o fim!

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Verdão 2 x 0 Atlético Sorocaba

Galera, infelizmente não postarei o pós-jogo completo hoje por problemas oftálmicos. Mas consigo postar algumas considerações.



Kleina deixou de lado o 4-3-3 utilizado nas últimas partidas e partiu para o esquema de 3 volantes e um meia. O resultado foi um toque de bola mais preciso no meio campo, melhor posse, chances mais consistentes. O sistema poderia ter rendido um pouco mais se a atuação de Patrik Vieira - que não é armador, diga-se de passagem, mas um meia atacante - fosse um pouco mais produtiva. O problema é que Valdívia teve uma coxitis carnavalis e não pode comparecer.

Sobre as atuações, vamos aos fatos.

Fernando Prass foi excelente durante a partida, mesmo que pouco acionado. Não é à toa que foi o líder em defesas difíceis da edição do Brasileirão do ano passado. Muito seguro.

A atuação dos laterais foi bem arroz com feijão. Ayrton pouco apoiou - mesmo com o Atlético forçando pelo lado dele no primeiro tempo com o Jorge Preá, sem sucesso - e não mandou bem nas bolas paradas. Juninho subiu mais, mas o custo benefício não foi nada excepcional. Mesmo com participação no primeiro gol, no segundo tempo o Atlético sobrou nas costas dele. Óbvio que a entrada  Souza no lugar do Wesley contribui, já que o jogador atuou bem mais avançado pela esquerda que o camisa 11 alviverde.

A zaga mandou bem. Henrique foi excelente mesmo jogando pela direita, não comprometeu e ainda apoiou muito bem à frente, marcando um gol e dando uma quase-assistência para Maikon Leite. Maurício Ramos pela esquerda não comprometeu, foi seguro nos desarmes e pelo alto.

Dos volantes, destaque para Denoni, que foi muito bem na partida, desarmando e passando bem a bola, sempre seguro, e novamente Márcio "Corpo Fechado" Araújo. O camisa 8 teve outra ótima partida, apoiou bem tanto na defesa quanto no ataque, além de marcar o primeiro gol. Quanto a Wesley, nádegas a declarar. O fato de estar jogando pela esquerda o prejudica, sim, mas de longe não é motivo para atuar tão mal. Impressiona o downgrade de uns tempos pra cá. Tomara que retome o bom futebol.

Na meia, Patrik Vieira não foi bem. O cara não é armador, mas meia atacante. Entretanto, hoje estava um pouco desentrosado com o resto da equipe, não levou perigo ao gol adversário nem deu passe para gol. É bom jogador, mas hoje quase não apareceu. Pensei que o Kleina fosse tirá-lo para a entrada de Vinícius, mas quem acabou saindo foi Maikon Leite. Se o esquema for mantido e o tal do Ronny mandar bem centralizado, fico na dúvida se permanecerá atuando pelo meio. O garoto tem velocidade e Kleina pode botar ele como opção pelos lados do campo. Com a entrada de Vinícius, Patrik foi fazer a ponta direita.

Finalizando, gostei da dupla de ataque. Barcos, mesmo sem marcar, teve a categoria tradicional no pivô, armando pelo lado esquerdo - deu aquele passe magistral pro Juninho no lance do primeiro gol - e botou a galera do Atlético na roda. O cara é foda.

Maikon foi ótimo na partida, vale a pena elogiar. Meteu  bola na trave, deu assistência pra gol e quase deixou o dele duas vezes (uma no lance do primeiro gol, a outra na bola que recebeu de Henrique). Noite boa do jogador que pode evoluir ainda mais. Repito, se ele fizesse um ajuste fino nas finalizações, seja na pontaria ou na malícia no momento final, à exemplo de seu companheiro de ataque, seria o jogador ideal para acompanhar o argentino na temporada. Até onde sei, o Kléber que está chegando do Porto tem características semelhantes à do melhor jogador da equipe. Só não sei se dribla tão bem quanto, acho difícil. Se assim for, não é impossível, mas acho difícil os dois atuarem juntos.

Só mais uma observação
Acho ótimo ver o Araújo marcar gol de novo, assim como o Henrique. Um bom ataque coletivo não é feito somente por gols de atacantes e meias, mas também de volantes, zagueiros e até laterais. Da mesma forma que até os pontas têm que ajudar na defesa, acompanhando por várias vezes os laterais, também esses jogadores que não compõem o ataque tem o dever de apoiar na frente.

domingo, 3 de fevereiro de 2013

Paulistão 2013: Palmeiras 3 x 3 XV de Piracicaba

Palmeiras 3 x 3 XV de Piracicaba
Barão de Serra Negra
Piracicaba

Onze iniciais
O Palmeiras veio a campo no 4-3-3 já testado diante do time de São Bernardo na última rodada. Não é o melhor time do campeonato, isso é claro, mas já é de longe melhor - coletivamente e individualmente - que o time de 2012. O time da casa vinha de 2 derrotas consecutivas e precisava vencer. Logo de cara, uma aposta arriscada diante de um time que já se sabia atuar no 3-5-2. Com a marcação avançada nos momentos iniciais, os problemas surgiram rapidamente.



O jogo
Logo aos 2', o lado esquerdo do XV já voava em campo. Janílson foi à linha de fundo e cruzou, mesmo marcado por Ayrton, na cabeça de Márcio Diogo. XV 1 x 0 Verdão. O Verdão, como no jogo contra o São Bernardo, de início insistia em jogadas com Vinícius pela esquerda, sem sucesso. Só foi levar perigo ao XV aos 11', quando Ayrton fez belo lançamento para Maikon Leite, que não conseguiu dominar para finalizar.

O XV marcou avançado, os 3 zagueiros estavam trabalhando firme em cima de nossos atacantes e os alas não deixavam nossos laterais se arriscar muito no ataque, o que dificultava em muito a nossa saída de bola. Márcio Araújo estava sobrecarregado com a chegada dos alas e Kleina orientou Wesley para reforçar a cobertura. Pra complicar, o XV virava bem o jogo, transitando de um lado para o outro com facilidade.

O time seguiu levando sufoco sem encaixar a marcação e o jogo estava perigoso. O XV continuava levando mais perigo jogando nas costas dos laterais com grande facilidade e quase ampliando a vantagem, não fossem as defesas de Prass.

O time do XV cansou e o Verdão começou a chegar na frente com a bola nos pés. Juninho explorava o ataque pela esquerda, mas nem Wesley, nosso volante mais avançado, nem Vinícius davam conta do recado. Aliás, Wesley fez um primeiro tempo horroroso, errando diversos passes, dribles e fazendo lançamentos bizonhos. Aos trancos e barrancos, porém, o time avançava pelos flancos, mesmo sem criar. Jogando assim conseguimos alguns escanteios e, aos 38', aproveitando falha de marcação do XV, Henrique dominou a bola sozinho e bateu no canto de Bruno Fuso. Verdão, 1x1.

Segundo tempo
Kleina aproveitou a virada de campo para mexer no time, sacando Vinícius e colocando João Denoni para acertar a marcação no meio campo, além de avançar Wesley. Logo nos primeiros instantes o time já sentiu melhor domínio da bola no meio campo.

O time tocava a bola com paciência e buscando espaços na defesa do XV. Os alas já não avançavam tanto, preocupados em marcar nossos laterais, que conseguiam agora avançar com muito mais facilidade. Aos 7', entretanto, quem roubou a cena foi Márcio Araujo. O volante "imortal" avançou pela direita, deu belo corte em Janilson e chutou forte no canto de Bruno Fuso. O goleiro ainda conseguiu tocar na bola mas ela carimbou a trave e entrou. Verdão, 2x1!

O técnico Sérgio Guedes se mexeu rápido e botou dois novos jogadores em campo, sacando Márcio Diogo e Diego Silva para promover a entrada de Vinícius Bovi e Anderson Lessa. O XV equilibrou a disputa no meio campo, mas ainda assim não conseguia criar chances de gol.

Aos 28', porém, Diguinho conseguiu avançar pelo miolo da zaga, e ele, Márcio Araújo, o nome do jogo, interrompeu o avanço do jogador do XV dentro da grande área. O juiz marcou pênalti que o próprio Diguinho bateu e converteu. Verdão, 2 x 2 XV.

O XV chegava com perigo e aos 35', veio o banho de água fria. Ayrton fez falta pela direita. Na cobrança de Diguinho, Vinícius Bovi resvalou e Prass milagrosamente deu um toquinho na bola, que ainda tocou o travessão antes de sair pela linha de fundo. No escanteio, Luis Eduardo cabeceou no travessão e a bola voltou para Vinicius Bovi finalizar. Prass, dessa vez, não conseguiu defender. Verdão, 2x3 XV.

Kleina sacou Márcio Araújo e Wesley para colocar Patrik Vieira e Caio, botou o time todo para frente. Sobrou o chuveirinho e o abafa para tentar um gol na sorte, que raramente está ao lado do Palmeiras.

Não fosse Prass, o XV poderia ter ampliado aos 46'. Paulinho chapelou João Denoni, saiu cara a cara com ele e ia botar colocado no canto esquerdo do goleiro alviverde, que defendeu de forma magistral. Aos 47', o mesmo João Denoni levantou na área e Henrique, de cabeça, marcou para o Verdão aproveitando a saída estabanada de Bruno Fuso. Placar final, Verdão 3x3 XV.

Considerações
Esse foi um jogo onde o fantasma de 2012 voltou à tona. Falta de criatividade, falha nas bolas aéreas, apagão, atacantes sem inspiração. Por incrível que pareça, nos safamos por sorte. E ela quase nunca esteve do nosso lado ano passado.

O 3-5-2 do XV é rápido pelos flancos e marca adiantado. Adriano e principalmente Janílson fazem o jogo fluir pelas alas e, marcando avançado, mantiveram nossos laterais no campo defensivo por todo o primeiro tempo. Tomamos o primeiro gol por meio de uma jogada rápida pelo lado de Ayrton somada à falha de marcação dos zagueiros.

Com os laterais "trancados", o time da casa descia ao ataque com praticamente 4 jogadores, fora os meio-campistas. Nossos três atacantes, devidamente marcados pelos três zagueiros, eram jogadores praticamente nulos, pois a bola mal chegava ao ataque. A cobertura das laterais ficava apenas com Márcio Araújo, já que Wesley e Valdívia pouco retornavam. Sem posse, sem ataque e com pouco poder defensivo, o Palmeiras era um time à beira da derrota iminente.

No segundo tempo, Kleina corrigiu o time. O resultado da alteração foi instantâneo: com melhor qualidade no passe pelo meio-campo e consequentemente maior posse, os laterais do Verdão puderam atuar com mais liberdade, empurrando os alas do XV para o campo de defesa. Atuando assim o time conseguiu a virada, com Henrique e depois Márcio Araújo. Mas foi só. E aí o Palmeiras atingiu as 88 milhas por hora e voltou no tempo. De volta para 2012.

Primeiro foi a falta de inspiração. Valdívia e principalmente Wesley estavam pouquíssimo inspirados, errando passes, lançamentos, dribles, enfim, tudo o que tentavam. Maikon até que tentou, criou alguns lances de efeito, mas Barcos foi praticamente nulo na partida.

Depois, vieram as falhas bobas. Márcio Araújo cometeu pênalti ridículo que foi convertido em gol. Quase conseguiu zerar todo o crédito que havia conquistado depois da "jogada de craque" que levou ao segundo gol alviverde. E a noite tinha sido boa, pois o próprio Márcio Araújo teve bom rendimento depois que Denoni entrou.

Depois, as falhas na bola aérea. E olha que no terceiro gol o XV deu uma segunda chance ao Palmeiras para corrigir as falhas de posicionamento: a primeira bola na trave foi um aviso. Não corrigimos e levamos a virada depois do escanteio.

Só não foi um retorno completo a 2012 porque a sorte estava do nosso lado. Primeiro porque Prass nos salvou em diversas situações, evitando um vexame ainda maior. Segundo, pelo gol achado no finalzinho do jogo.

Resumindo, a questão é que Kleina tem muito trabalho a fazer pela frente e o jogo de hoje sinalizou várias coisas. Trabalhar a bola aérea, tanto ofensivamente quanto defensivamente. O time precisa trabalhar nisso e o problema não é novo. Quando não temos criatividade, é uma carta que temos na manga. Outro ponto é a questão da montagem do time, precisamos ter mais alternativas táticas para situações como a que ocorreu hoje. A alteração no intervalo ajudou, mas as outras vieram e foram na base do desespero, sem padrão algum. A outra, é que o time como um todo jogou mal demais. Todos falharam, exceto Fernando Prass. Ou seja, faltou preparo emocional ao time, manter o foco, a concentração, mesmo quando se encontra em situação desfavorável. Buchas para Kleina resolver.

Enfim, noite pra esquecer e vamos pra próxima.

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Verdão 2013 x Verdão 2012

A matéria começa falando de "jogo sonolento para pouco menos de 4 mil pessoas". Dois gols de Marcos Assunção, um no começo do jogo, outro no final, garantiram a vitória de 2 a 0 sobre o Mogi Mirim pela mesma 4ª rodada daquela edição do Paulista de 2012. Poucos lances de perigo com a bola nos pés, lentidão na transição entre defesa e ataque, baixo rendimento na frente, dependência de Marcos Assunção. Assim era a vida do Palmeiras no ano passado.

A principal diferença que salta aos olhos é a quantidade de finalizações no alvo. Isso indica uma mudança qualitativa do jogador em si. Peça a peça, são jogadores melhores. Depois, o fato que os gols do "Verdão 2013" saíram de jogadas mais bem trabalhadas - poderia ser mais, inclusive. Isso indica uma melhora coletiva, do jogo coletivo do time. Bom sinal.

Palmeiras 2012, 4ª rodada: Deola; Cicinho, Leandro Amaro, Henrique e Juninho; Márcio Araújo e Marcos Assunção; Patrik, Valdívia e Luan; Fernandão. Armado no 4-2-3-1. Ao longo do jogo entraram João Vítor, Daniel Carvalho e Chico.




Palmeiras 2013, 4ª rodada: Prass; Ayrton, Maurício Ramos, Henrique e Juninho; Márcio Araújo, Wesley e Valdívia; Maikon Leite, Barcos e Vinícius. Armado no 4-3-3. Ao longo do jogo entraram Patrik Vieira, Edilson e Wendel.