quarta-feira, 14 de março de 2012

Palmeiras 1 x 0 Coruripe

Palmeiras 1 x 0 Coruripe
14/03/2012
Copa do Brasil, 1ª fase

O Verdão veio no 4-2-3-1, já que não contaríamos com João Vítor e Valdívia. Daniel Carvalho começou na armação, com Patrik pela esquerda, Maikon pela direita e Barcos na referência.

Onze iniciais no 4-2-3-1


Primeiro tempo
O time começou pressionando, dominando a posse de bola logo nos primeiros minutos. Aos 2 minutos, uma pintura de jogada. Henrique subiu ao ataque, deixou a bola para Daniel Carvalho que deu uma belíssima assistência para Barcos, pelo meio, livre, que dominou e tocou por baixo do goleiro do Coruripe. Verdão, 1x0.

Após o gol, o time da casa pressionou a saída de bola. O time começou a ter dificuldades na criação de jogadas e só conseguíamos empurrar a posse de bola para o campo de defesa adversário. Com isso, sobraram as bolas paradas de Assunção para o Palmeiras levar perigo à meta do Coruripe. Escanteios no primeiro pau e cobranças de falta viraram rotina.

O time tirou o pé do acelerador deixando o Coruripe levar certa pressão à defesa, mas ainda assim dominava a posse. Sentindo o calor, os jogadores trabalharam excessivamente jogadas pelo meio, errando muitos passes. Sem explorar as laterais, iam em ritmo de treino. Com o meio campo inoperante, até Henrique tentava subidas ao ataque.

Fraco tecnicamente, o Coruripe partia para cima desordenadamente. Sem conseguir passar pelo meio, onde encontrava forte marcação, arriscava suas chances em chutes de fora da área, sem risco para Deola. Em banho-maria e precisando de apenas um gol para liquidar a partida de volta, o Verdão arrastou o jogo até final do primeiro tempo.

Segundo tempo
O time veio a campo sem alterações e seguiu sem velocidade. Já o Coruripe explorava os espaços da marcação deixados por Juninho, conseguindo um escanteio. Em seguida, aos 5', Artur conseguiu boa jogada na direita em um contra-ataque coordenado por Daniel Carvalho, passou pelo marcador devolveu a bola para o meia, que finalizou no meio do gol.

Aos 9', novamente em escanteio pela esquerda alviverde, o Coruripe quase chegou ao empate. O time acordou e, utilizando os laterais, pressionou o time adversário conseguindo boas jogadas. Ainda assim, os lances de perigo dependiam de Assunção. Daniel voltou a ser participativo quanto no começo do primeiro tempo, criando jogadas principalmente com Barcos. Maikon, porém, seguia apagado no início da etapa final. Jogando mais pelo meio que pelos lados, pouco rendia.

Aos 18', Felipão tirou Daniel para a entrada de Pedro Carmona, mantendo o time no 4-2-3-1. Talvez mais pelo cansaço do que pelo rendimento em campo, já que o jogador, quando tinha liberdade, distribuía bem o jogo na frente. O Palmeiras continuou sem conseguir infiltrar na grande área. Sem criar, perdia com frequência a posse no meio-campo.

Aos 26', Maikon saiu para a entrada de Ricardo Bueno, que faria dupla de ataque com Barcos pela esquerda. Com dois centroavantes, o time entrou no 4-2-2-2. A alteração melhorou o padrão de jogo do time, já que tentava mais jogadas pelo meio que pelos lados do campo. Aos 32', Chico entrou no lugar de Artur, com Márcio Araújo indo para a lateral direita. Com a alteração, Chico jogou como volante pela direita e Assunção pela esquerda.

Time no 4-2-2-2, forte pela esquerda

O jogo do time seguiu em uma crescente, pressionando principalmente pela ala esquerda, com Carmona e Ricardo Bueno tabelando perigosamente para o time da casa, aproveitando as subidas de Juninho. Aos 42', Bueno sobrou livre, rolou para Henrique que chutou cruzado na trave esquerda do gol do Coruripe. Mas foi só. À medida em que o tempo encurtava, o time atacava de forma cada vez mais desorganizada e cometendo erros bobos de passe. A percepção de uma inevitável segunda partida começou a afetar a concentração do time, que já não fazia questão de alcançar o objetivo traçado inicialmente.

Fim de jogo e vamos à Jundiaí.

Considerações
O time parecia ter sido bem armado inicialmente. Melhor começo, impossível. Marcamos o primeiro logo aos 2 minutos de jogo, em bela jogada pelo meio. Só não imaginávamos que seria o único tento da partida.

Infelizmente, Maikon não estava inspirado. Foi mal, em parte, pelo posicionamento, insistindo pelo centro, que não é o seu forte. Sua jogada boa é aquela nas costas do lateral esquerdo do time adversário. E foi mal também pela subida tardia dos laterais. O time não soube utilizar as alas, insistia em jogadas pelo meio que era onde se encontrava o miolo da retranca do Coruripe, sobrecarregando Daniel Carvalho, que depois do primeiro gol errou muitos passes e desapareceu em campo, pelo menos no primeiro tempo. Parecia consumido pelo calor. Patrik, que também insistia pelo centro, funcionou razoavelmente bem, porém sem ser decisivo. Sem a bola chegar, Barcos também ficou apagado. Quando recebia, porém, quase sempre levava perigo.

No segundo tempo, Felipão fez alterações que melhoraram a agressividade do time. Sacou Daniel, exausto, para a entrada de Carmona. Na sequência, tirou Maikon para a entrada de Ricardo Bueno. Por último, sacou Artur para a entrada de Chico. Com Patrik enfiado pela direita, o time passou a jogar mais afunilado, no 4-2-2-2, furando o ferrolho do time da casa nos minutos finais. Ricardo Bueno e Carmona criavam jogadas perigosas pela esquerda, mas era tarde para reagir.

A sequência de erros de posicionamento somados à atitude do "uma hora a gente marca" levaram a decisão do jogo para os últimos minutos. E perdemos a chance de matar a partida. Certamente, foi uma vitória com sabor de derrota para um time que vinha em uma crescente tão forte. O calor impacta o rendimento em campo, com certeza. Mas não é desculpa para não se empenhar ao máximo.

O empenho não foi bom, mas o rendimento em campo não deve ser impactado por essa vitória amarga. O time é composto por 11 jogadores, e se de um lado alguns vão bem na partida, outros vão mal. E no outro jogo, tudo muda. Paciência. Agora é esperar pra ver o Verdão em Jundiaí (e uma melhora de rendimento do time). Força, Verdão!

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