quarta-feira, 21 de março de 2012

Copa do Brasil: Palmeiras 3 x 0 Coruripe

Palmeiras 3 x 0 Coruripe
21/03/2012
Jundiaí

Onze iniciais no 4-3-1-2
Primeiro tempo
Logo nos minutos iniciais o time dominou a posse de bola com o trio de volantes funcionando bem. Aos 3', em boa jogada com Juninho pela esquerda, a bola sobrou com Maikon dentro da grande área, mas o atacante foi bloqueado no chute. O time continuou pressionando e a bola não saiu do campo de defesa do Coruripe. Cruzamento após cruzamento, com Marcos Assunção, o time tentava marcar logo no começo para matar a partida, com muito perigo. Porém, com o Coruripe muito fechado, o time esbarrava no nervosismo. Marcava muitas faltas e o jogo esfriava, como queria o time alagoano. Até os 15', 0 a 0.

O time seguiu pressionando o Coruripe, mas sem a qualidade de um Valdívia ou um Daniel Carvalho, as jogadas realmente perigosas pelo meio eram escassas. Patrik não tem a mesma eficiência que os talentosos meias, e as jogadas por aquele setor sumiram. Sem alternativas por alí, o jeito era tentar os flancos, por onde Maikon e Barcos se esguelavam para tentar alguma tabela ou finalizar. A estratégia alagoano, entretanto, seguia firme e forte no contra-ataque, e com sucesso. Aos 33', falta na intermediária para o Coruripe. Na cobrança, Cleiton cobrou forte, e Deola, ligado na partida mesmo com poucas emoções, desviou. A bola ainda resvalou na trave antes de sair para escanteio. 

Depois do lance, o time seguiu pressionando e cedendo poucos espaços ao visitante, mas quando o cansaço batia acabava levando pressão por contra-ataques e lances de bola parada. Aos 45', no finalzinho, em boa jogada pela esquerda na base da velocidade, Maikon Leite se livrou do marcador e deixou a bola para Patrik finalizar. Entretanto, o jogador não pegou bem na bola e isolou. Patrik continuou omisso em todo o primeiro tempo, sumindo por muitos momentos. Quando apareceu, a jogada terminou nele.

Segundo tempo
Felipão aproveitou a virada de tempo para fazer alterações. Tirou Maikon Leite para a entrada de Ricardo Bueno e colocou Pedro Carmona na vaga de Patrik. A mudança de armador faz sentido, mas a saída de Maikon foi injusta. O atacante saía bem da área e todas as jogadas de ataque nasciam de suas jogadas. De qualquer forma, as substituições deram nova cara ao ataque do time com maior posse na frente e Carmona, mais objetivo e eficiente que Patrik, trabalhando com Ricardo Bueno, levou mais perigo ao gol de Juninho.

Time continua no 4-3-1-2 com as alterações. Finalizações caem em qualidade

Aos 9', falta na entrada da área para o Verdão. Dalí, para o Assunção é pênalti. E o ex-Betis guardou com uma facilidade inacreditável. Verdão, 1x0! Não demorou muito para que Assunção aparecesse novamente. Aos 12', em boa jogada pela direita, Ricardo Bueno encontrou Assunção pela direita. O pé direito privilegiado do jogador foi decisivo novamente, que praticamente colocou a bola na cabeça de Barcos. Sem pular, o argentino colocou a bola no contrapé do goleiro. Verdão, 2x0!

O jogo continuou com o Palmeiras levando muito perigo ao gol de Juninho, com muitos lançamentos no campo de defesa do Coruripe, que se lançava ao ataque deixando a defesa desprotegida. Aos 17', com o placar a favor do Verdão, Marcos Assunção deixou Pedro Carmona cobrar falta pela direita. O gaúcho quase colocou a bola no ângulo, mas o goleiro Juninho conseguiu defender. Apesar de algumas boas chances, quando a bola chegou ao campo de defesa do Palmeiras, o Coruripe, com a marcação avançada, buscando reverter o placar após o segundo gol, conseguiu manter a bola no campo de defesa do Verdão por tempo considerável entre os 20' e 30', mesmo sem levar perigo ao gol de Deola.

Uma hora, entretanto, o time tinha que chegar na frente. Mesmo com Carmona explorando bem os lados do campo, apesar da qualidade no meio, faltava o passe final. O time arriscava chutes de dentro e fora da área, sem levar muito perigo à meta adversária. Felipão tirou Barcos aos 34' e colocou Vinícius para dar mais velocidade ao ataque, poupando o argentino para o clássico de domingo.

Com a entrada de Vinícius, Bueno se deslocou para a esquerda

O time seguiu mantendo a posse na frente, com jogadas trabalhadas principalmente pela esquerda, com Carmona, Juninho e Bueno infernizando a defesa do time alagoano. Na insistência, aos 39', em bela jogada do trio, a bola sobrou com Juninho, livre. Seguindo as instruções de Felipão, que o orientou para chutar no gol caso chegasse à linha de fundo, arriscou e conseguiu com o desvio da defesa adversária marcar o dele. Verdão, 3x0!

A partir daí o time administrou a vitória, arriscando poucos lances de perigo na frente, a maior parte desperdiçada. Bueno, no finalzinho, livre, selou todas as chances do time ampliar o placar, chutando para fora cara a cara com goleiro. Fim de partida.

Considerações
O time jogou bem como um todo no primeiro tempo, exceto Patrik, muito apagado. Quando o meia apareceu, a jogada acabava nele. Isso forçou a mudança para o segundo tempo. Já a saída de Maikon preocupa, porque o jogador estava muito bem na partida e todas as jogadas de perigo do primeiro tempo saíram de seus pés. A entrada de Carmona e Bueno deu qualidade no passe na frente, mesmo com poucas finalizações. No entanto, foi talento decisivo de Marcos Assunção - que abriu o placar e ainda deu uma assistência - que forçou o Coruripe a sair para o ataque. Marcando no campo de defesa palmeirense, quando a bola passou do nosso trio de volantes, conseguiu segurar a posse na frente. Mas quando ela voltou para o campo de defesa deles, sofreram diversos ataques. E em um deles, Juninho selou o resultado.

Outro ponto a se destacar é, além da bela partida de João Vítor e Márcio Araújo, a volta de Marcos Assunção ao que sabe fazer de melhor. Com tranquilidade, coloca a bola onde quiser. Felipão parece ter dado a ele liberdade para armação pela direita quando a posse no ataque era recuperada. E vejam como são as coisas: em uma cobrança de falta, ele forçou o Coruripe a atacar, expondo a defesa adversária. Mesmo com nossos atacantes substitutos não rendendo o que deles se esperava, nossos laterais aprontaram com os alagoanos. Juninho, em uma de suas incansáveis subidas, marcou. Cicinho, quando tentou, quase entrou com bola e tudo.

Agora é esperar domingo, aproveitar essa boa vitória para motivar o time e trabalhar nas finalizações.

Ei, gambá... TUA HORA VAI CHEGAR!!!

2 comentários:

  1. Ótima análise, apenas acho que vocês se equivocou com relação ao Maikon Leite, ele não jogou mal mas sempre esbarrava na falta de qualidade dele, um jogador veloz mas muito pouco técnico, eis o problema.
    Quanto ao resto, Patrick parece que não quer ser famoso e ganhar dinheiro mesmo... a chance cai no colo dele, e ele não aproveita: Decepção!!

    Agora que venham os gambás fedorentos que nós vamos socar eles!!!

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  2. Opa!! Vamos matar esses gambás no ninho! Hahaha.

    Você pode não gostar do Maikon, mas o Felipão acha que com ele temos uma opção diferente no ataque, chegando com velocidade na frente. As jogadas com Barcos são um pouco mais trabalhadas, em ritmo mais reduzido. Esse "desequilíbrio" deixa nossas jogadas de ataque menos previsíveis.

    Quanto ao Patrik, acredito que ele tenha jogado mal, aliás é um jogador muito irregular, porém o esquema deu uma ajudinha. Com três volantes e um único armador, se o cara não tiver boa visão de jogo, como é o caso de Valdívia e Daniel Carvalho, a coisa não funciona legal. Ele é bom defensivamente (e é por isso que o Felipão gosta tanto dele) e corre muito, mas no ataque não tem tanta desenvoltura, só sabe tabelar, sem conseguir lançar uma bola em profundidade ou deixar um companheiro cara a cara com o goleiro.

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