quinta-feira, 21 de junho de 2012

Verdão na final!!!

Passamos pelo Grêmio do Luxa em grande estilo. Estamos na final, porra!!! É festa para um time que vinha sofrendo nos últimos anos. Só quem é torcedor do Palmeiras sabe disso. Hoje, temos jogadores capazes de desequilibrar no ataque e temos uma defesa sólida. As chances são ótimas. Deixo aqui meu agradecimento ao Barcos, ao Mazinho e a todo o elenco pela dedicação, mas em especial a um grande jogador, Jorge Valdívia, que mesmo em um momento difícil na sua vida pessoal se aqueceu, saiu do banco e desequilibrou uma partida que parecia ter final dramático. Força, Verdão! Vamos trazer esse caneco pra casa! #VaiPalmeiras

Entrosamento


Vocês estão fazendo isso... CERTO!

quinta-feira, 14 de junho de 2012

COPA DO BRASIL: Palmeiras 2 x 0 Grêmio

Palmeiras 2 x 0 Grêmio
13/06/2012
Copa do Brasil 2012
Estádio Olímpico
Semifinal, jogo de ida


Taticamente superior


Como o jogo de "prévia" pelo Brasileiro já havia mostrado, a grande dificuldade em jogar contra o Grêmio de Luxa era ganhar o meio-campo, já que o volante Fernando atua praticamente como um terceiro zagueiro, na cola do nosso armador, fosse ele Valdívia ou Daniel Carvalho. Com isso, o time liberava os laterais Gabriel e Pará para avançar, deixando o Grêmio com superioridade numérica na faixa central, mesmo com nosso time atuando com três volantes e um meia armador mais à frente.

A ideia de colocar Henrique como terceiro zagueiro, líbero, à frente da zaga - função que se confunde com a de primeiro volante - só tem sentido diante desse panorama. Com os laterais mais avançados, marcando os alas adversários, a batalha no meio-campo ficou equilibrada, a superioridade numérica se foi e o Palmeiras, na base da qualidade técnica individual, desequilibrou no final e venceu a batalha. Destaque, portanto, para Felipão, pois tomou uma atitude diante do problema tático com o qual se deparava, e para os laterais - Cicinho e Juninho - com uma assistência cada.

Palmeiras equilibra a disputa do meio-campo

Primeiro tempo
O Grêmio começou partindo para cima, naturalmente. Com o jogo truncado, começou atacando com perigo através de jogadas de bola parada e escanteios. O Verdão, mesmo tocando melhor a bola, não conseguia chegar com a mesma facilidade que o time da casa ao ataque. Com a pressão, o time ficava praticamente em um 3-5-1-1, com Luan auxiliando a cobertura pela esquerda.

Daniel, muito marcado por Fernando, não conseguia sair jogando. Como Artur não é um lateral de características ofensivas e João Vítor não é um meia, apesar de ser um volante com boa saída pela direita, o time jogava somente pelo lado esquerdo no ataque enquanto o lado direito permanecia um pouco mais recuado. Isso também dava a falsa impressão de que Pará estava jogando muito bem pela esquerda oposta, o que não é verdade. Ao contrário do último jogo contra eles, Artur ficou no encalço do ex-santista enquanto João Vítor tentava frear os avanços de Léo Gago.

O time, com esses problemas na criação das jogadas pelo centro e as poucas incursões pela direita, deixavam o rumo da estratégia ofensiva dependendo de apenas dois tipos de jogada: as solitárias disparadas de Luan pela esquerda - que durante quase todo o jogo não deram em nada - e as jogadas de bola parada. Assunção não estava em noite inspirada, cobrando mal diversos cruzamentos. Barcos, diante desse panorama, fez o que pode saindo da grande área para buscar jogo e arriscando chutes de longa distância, como no primeiro chute do Verdão que veio somente aos 21' de jogo, para fora.

A partida seguia, assim, equilibrada, com forte marcação dos dois lados e só levando perigo em jogadas de bola parada. Aos 41', Thiago Heleno fez falta em Miralles e recebeu o amarelo. Na cobrança, Fernando cobrou com perigo e a bola pegou na trave esquerda de Bruno. O goleiro estava na bola.

Segundo tempo
O Palmeiras veio a campo melhor, mais ligado. Logo nos primeiros minutos, o time tocava a bola melhor que no primeiro tempo. Além disso, não deixava o Grêmio criar chances, forçando o erro. A movimentação de Kléber foi anulada em campo, caçado sem dó. A opção de Luxemburgo por dois jogadores que não tem grande presença na pequena área também dificultava, porque dificilmente eles receberiam a bola de frente para o gol. Marco Antônio foi novamente anulado em campo, não tendo vida fácil diante de um implacável Henrique. Sem opções para a criatividade, o time era forçado a tentar o chuveirinho para a grande área ou - o que mais acontecia - os chutões de Léo Gago, que estava com o pé (muito) descalibrado. Em um dos chutes, quase presenteou a torcida gremista com um home run.

Aos 15', Luxa se fartou com a dificuldade de infiltração do Grêmio e trocou a dupla de ataque. Saiu Kléber para a entrada de André Lima e Miralles deixou o campo para a entrada de Marcelo Moreno. A mudança fez sentido, Marcelo Moreno tem presença muito forte na grande área, principalmente nas jogadas de bola aérea, o que combinava com o padrão de jogo naquele momento, recheado de chuveirinhos. A entrada de André Lima pouco acrescentou ao time - talvez fosse melhor manter um dos segundo-atacantes, Miralles ou Kléber.

18', Artur se machuca. Cicinho entra.

Com o Grêmio levando mais perigo, o Palmeiras tinha que reagir. Se o pessoal da frente não resolvia, então os jogadores de trás deviam apoiar, como elemento-surpresa. Logo surtiu efeito, e aos 23', no contra-ataque, Daniel Carvalho encontrou Juninho disparando pela esquerda. O lateral encontrou Barcos, que bateu travado, com muito perigo. Apenas dois minutos depois, após subida de Henrique ao ataque, Daniel encontrou Barcos pela esquerda da grande área. O argentino driblou o marcador e chutou forte de pé esquerdo, raspando o travessão do gol de Victor.

Aos 29', nitidamente irritado com o desempenho de Marco Antônio, Luxa sacou o jogador para a entrada de Rondinelly, cujo nome já era gritado nas arquibancadas. O rápido jogador deu maior movimentação no ataque e mais trabalho para a defesa do Palmeiras, abrindo espaços. Na sua primeira jogada, aos 32', Rondinelly encontrou Pará pela esquerda, que cruzou na medida para André Lima, cabeceando para fora.

A reação alviverde
Aos 34', foi a vez de João Vitor tomar o cartão amarelo. Foi aí que o jogo virou de vez. Aos 40', Felipão sacou Daniel Carvalho para a entrada de Mazinho. Logo aos 41', Rondinelly perdeu a bola na frente. No contra-ataque, Cicinho recebeu a bola pela ponta direita, cortou para o meio e deu lindo toque para Mazinho, que não perdoou e chutou por baixo do goleiro Victor. Verdão, 1x0!

O time gremista, extremamente abalado em campo pelo gol alviverde, não poderia esperar baque pior do que tomar um gol àquela altura da partida, mas o pior - para nós, o melhor - aconteceu. Juninho subiu ao ataque, recebeu ótima bola de Luan pela esquerda, foi à linha de fundo, levantou a cabeça e fez um cruzamento perfeito na cabeça de Barcos. "El Pirata" cabeceou de cima pra baixo, tirando do goleiro e da zaga gremista. Verdão, 2x0!

Após os gols o Verdão só precisou administrar o resultado, calmamente, tocando bem a bola e segurando a posse pelo máximo que pudia. E conseguiu. O Palmeiras viu sua torcida cantar sozinha em um Olímpico lotado e levou para casa uma vantagem que coloca o time na condição de favorito à final.

Considerações
A primeira consideração importante a fazer é que Felipão tem muitos méritos no resultado. Se no jogo pelo Brasileirão, tivemos amplo domínio do Grêmio, dessa vez o treinador não vacilou. Diante do problema tático que enfrentou, modificou a equipe. Armou o time no 3-5-2, com Henrique à frente da zaga - é claro que tinha que ser ele, é de longe o zagueiro mais habilidoso e apto a fazer a saída de bola - e freou os alas gremistas. Se ofensivamente o time não foi um primor - com velhos problemas que estamos acostumados a ver, com Luan muito aberto pela esquerda, João Vítor não subindo tanto pela direita e Barcos consequentemente isolado na frente - no aspecto defensivo, foi perfeito.

O segundo destaque, não tão divulgado (apesar de evidente), a excelente subida dos laterais no segundo tempo. Cicinho e Juninho cresceram, criaram oportunidades - principalmente o lateral esquerdo, que é melhor no apoio - e deram, cada um, uma assistência a gol. Ou seja, em um jogo parelho, sobressaiu a qualidade individual dos jogadores. Isso é importantíssimo para o time, já que os jogos da fase final serão cada vez mais disputados e decididos assim, no detalhe, sem depender dessa ou daquela jogada, ou desse ou daquele jogador. Vale lembrar, Daniel Carvalho e Marcos Assunção não jogaram bem.

A última e mais importante observação: esse esquema foi utilizado de acordo com as circunstâncias da partida. Uma questão tática localizada, pontual. Nem todos os times jogam como o Grêmio e Felipão sabe disso. Se é o esquema ideal para a próxima partida, não sabemos. Luxa pode fazer alterações táticas para o próximo jogo, é um grande treinador e é exatamente isso o que se espera dele. A utilização de Henrique à frente da zaga, tal como De Rossi durante o último jogo da Itália frente à Seleção Espanhola, foi excelente do ponto de vista defensivo. Novamente, é importante ressaltar, ofensivamente, existem problemas. A bola pouco chegou ao ataque, Barcos ficou distante da área. O que não impede que Felipão também realize mudanças nesse setor, claro.

terça-feira, 12 de junho de 2012

Euro 2012 - Panorama Geral

Post publicado no BlogdaBola.com em 6 de junho de 2012


O que esperar da competição de seleções mais difícil do mundo? Com grupos e fases enxutos, que permitem o confronto de Alemanha, Holanda, Portugal e Dinamarca por apenas duas vagas, a edição atual da Eurocopa deste ano promete demais. Tentaremos aqui traduzir um pouco dessa emoção e o que esperamos dela.

REGRAS GERAIS A Euro 2012 está divida em 4 grupos - A, B, C e D - com 4 participantes cada. Uma das chaves é composta pelos grupos A e B. A outra chave é composta pelos grupos C e D. Na fase de quartas-de-final, o primeiro de cada grupo pega o segundo colocado do outro grupo dentro da mesma chave. Ex: 1º do A pega o 2º do B, 1º do B pega o 2º do A, etc. Os vencedores de cada chave se enfrentam nas semi-finais, de onde sairá um finalista. Resumindo, é o melhor dos grupos A e B contra o melhor dos grupos C e D.

Vamos analisar os grupos?

GRUPO A: Polônia, Rússia, Grécia e República Checa.


Polônia: Este é um time que pode ser uma das surpresas da Euro. Perdeu pouquíssimas partidas nos últimos amistosos que fez antes da competição, tem um time jovem e estrelas em ascenção. Szczesny é o goleiro titular do Arsenal, tem os bons jogadores do Borussia Dortmund (campeões da Copa e da Liga Alemã) Piszczek (lateral direito), Kuba (meia pela direita) e Lewandowski (centroavante). Tem um bom time, mas não tem um bom elenco. Como a Euro é uma competição de poucos jogos, esse fator não é uma agravante. Pode pintar como a "surpresa" da competição.



Rússia: Talvez o candidato mais forte do grupo. No amistoso mais recente, passou por uma Itália - mesmo que abalada pelos escândalos recentes de manipulação de resultados - facilmente por 3 a 0. Dick Advocaat vem fazendo um belo trabalho desde que assumiu, em 2010, substituindo Guus Hiddink. Tem nas mãos um time que mescla a experiência de jogadores com bagagem como Bilyaletdinov, Pavlyuchenko e Arshavin com a juventude de Dzagoev, um dos meias mais promissores da seleção russa. A zaga é experiente e tem atuado junto por muito tempo, não só na seleção.


Grécia: Futebol feio e retranqueiro. O panorama da Grécia não mudou de 2004 - ano em que foram campeões superando os anfitriões portugueses - para cá. O grupo aposta nos jovens Fetfatzidis e na presença de zaga de Papadopoulos. No ataque, a experiência de Salpigidis, Gekas e Samaras. No mais, não é candidato às principais vagas.


República Checa: O problema do time checo é conhecido: renovação. Talvez a presença do promissor meia Vaclav Kadlec, de apenas 20 anos, possa ajudar. Mas quando se olha o resto do time, o panorama não traz muitas esperanças. O time está em situação parecida com a da Polônia, possui jogadores de alto nível em diferentes faixas do campo, com a diferença que seus melhores atletas já se encontram na parte descendente da curva de rendimento. Rosicky, Plasil e Baros - sim, aquele Baros do Liverpool - não são mais tão jovens, apesar da qualidade. A experiência de Cech no gol garante mais solidez à defesa. No mais, não esperamos muito desse time.

FAVORITOS: Rússia forte candidata ao primeiro lugar do grupo. Polônia e República Tcheca brigando pela segunda posição.

GRUPO B: Holanda, Alemanha, Portugal e Dinamarca.


Holanda: A Holanda sempre foi referência em produzir atacantes de primeira linha. Enquanto a fabriqueta brasileira parou de produzir jóias na última década, a holandesa continua a pleno vapor. Bert van Marwijk soube armar bem a equipe e a transformou em uma máquina de fazer gols. Apesar da boa fase alemã, o time holandês chega em melhor fase e é favorito para a liderança do grupo. Um dos massacres recentes chegou a registrar placar de dois dígitos. Melhor ataque disparado da Euro.


Alemanha: Outra candidata ao título que perdeu para a Espanha em 2008, chega forte para a disputa. Suas melhores revelações passaram por um processo de refinamento nas ligas mais difíceis do mundo após uma excelente campanha na Copa do Mundo de 2010. Khedira e Özil são titulares absolutos no Real Madrid. Mario Götze é uma sensação no time do Borussia, Gomez está em excelente fase, assim como Kroos. O único fator negativo é o impacto das derrotas recentes do Bayern, time que fornece à seleção diversos jogadores, na Copa da Alemanha e na Liga dos Campeões.


Portugal: Dono de um ataque de outro mundo, o time português esbarra na falta de jogo coletivo. A dependência de Portugal com as boas atuações de Cristiano são evidentes. O jogador, além de armar jogadas, é a principal arma de Portugal no ataque. Outro problema desse selecionado é a defesa, que tem sido "uma mãe" para os adversários: foi a mais vazada das eliminatórias. Se Portugal adotar um estilo de jogo diferente do que foi apresentado até agora (quem sabe atuar como a Grécia de 2004?), pode sonhar com alguma coisa. No "grupo da morte", tem que fazer algo a mais. Senão, a queda é inevitável.


Dinamarca: Pelo que foi apresentado diante do Brasil, o time dinamarquês não vai longe. Possui poucos bons jogadores e caiu em um grupo com seleções extremamente fortes. Próxima fase, só em sonho.

FAVORITOS: Alemanha favorita ao primeiro lugar. Holanda em segundo. Ou vice-versa. Portugal não resolveu seus problemas defensivos, perdeu o último amistoso contra a Turquia (!) por 3 a 1 e dificilmente passará.

GRUPO C: Espanha, Itália, Croácia e Irlanda.


Espanha: Favorita à liderança do grupo. Ganhou a edição anterior da Euro, a última Copa do Mundo e seus principais jogadores fizeram boa temporada em seus clubes, apesar dos tropeços recentes com a seleção. A qualidade do elenco é indiscutível, ainda que existam aqueles que adoram cornetar a "Espanha que nunca ganha nada". Está inclusive na briga pelo título.


Itália: Sofreu com a queda precoce na última Copa, vem sofrendo com as denúncias de manipulação de resultados, mas tem um timaço. O ataque é perigoso, o meio-campo é sólido, Pirlo parece que melhora a cada dia, mas a defesa pode ser o ponto mais fraco. Disputa o segundo lugar.



Croácia: O time croata tem bons jogadores, é uma equipe que com bons resultados nas eliminatórias e diante de uma Itália em má fase, pode sim disputar a vaga de segundo lugar do grupo. Com Modric em grande fase, comandando o meio-campo e Olic na frente, além de Kranjcar e Corluka, vai dar trabalho aos demais.



Irlanda: Se você juntar um time que já tem fama de retranqueiro com Giovanni Trapatonni - o técnico mais velho de todos que disputam a Euro - coisa boa não pode sair. Com um plantel limitadissimo, repleto de medalhões do passado, como o "eterno" Robbie Keane - o "Milan Baros" irlandês - e mais um "juntado" de jogadores de times da segunda divisão inglesa (Wolverhampton, que foi rebaixado, Hull City, Leicester, Milwall) ou que flertaram com ela (Aston Villa, Stoke City e Sunderland). Não deve passar da primeira fase.

FAVORITOS: Espanha favorita ao primeiro lugar. Itália e Croácia brigando pelo segundo lugar, com a Croácia em um momento melhor.

GRUPO D: França, Inglaterra, Suécia e Ucrânia.



França: É um timaço. Elenco experiente, de muita qualidade e que vem de uma série de resultados positivos, liderados pelo ex-zagueiro Laurent Blanc. Favorita à liderança do grupo e pode sim lutar pelo seu lugar nas finais, e até disputar o título. Olho nela!


Inglaterra: Tem excelentes jogadores, mas sempre esbarra em algum empecilho e não consegue decolar. Dessa vez, o corte de alguns jogadores fundamentais - como Frank Lampard - e a escolha, na minha opinião, equivocada, de Roy Hodgson. A Inglaterra resolveu dar um basta nos técnicos estrangeiros, mas possuía Harry Redknapp (Tottenham) e Alan Pardew (Newcastle, eleito treinador do ano) como alternativas. Acabou por fechar com um treinador sem títulos expressivos em quase 40 anos de carreira (Roy ganhou seis vezes o campeonato sueco entre 1976 e 1989). Resultado? Jogou recuado diante da Bélgica, dentro do imponente Wembley. Imagine se passar de fase, aguardando times como Espanha ou Holanda no campo de defesa? Suicídio.


Suécia: A Suécia vem com um elenco que conta com jogadores que não disputam ligas de peso. Seus principais destaques são o meia Källström, do Lyon, e Ibrahimovic. No resto, o time sueco não reserva grandes esperanças aos seus torcedores. Provável queda na primeira fase.


Ucrânia: Um time que depende de Shevchenko no ataque não pode ser considerado uma grande ameaça, mesmo contando com a presença da torcida. O time ucraniano perdeu seu último amistoso antes da Euro para a Turquia, por 2 a 0. Não promete e também deve cair.

FAVORITOS: França vem para pegar a liderança. Inglaterra, apesar dos maus jogos, não tem concorrentes de peso para o segundo lugar.

Prováveis confrontos nas quartas: Rússia x Holanda, Alemanha x Polônia / Espanha x Inglaterra, França x Itália

Bom, é isso aí pessoal! Um grande abraço e até a próxima!

quarta-feira, 6 de junho de 2012

BRASILEIRÃO 2012: Palmeiras 1 x 2 Sport

Palmeiras 1 x 2 Sport
06/06/2012
Brasileirão 2012
Ilha do Retiro/ PE
3ª rodada


Onze iniciais
O Palmeiras veio à campo com uma formação ofensiva, como Felipão havia sinalizado durante a semana para deixar o centroavante Hernán Barcos com melhor presença de área. Poucos instantes antes de o jogo começar, o treinador disse à um repórter que havia colocado "Luan, que fazia praticamente a mesma função de João Vítor pela direita", para melhorar o ataque. O problema é que o Verdão estava, novamente, atuando com apenas um armador, Valdívia. O Sport, por sua vez, veio no 4-3-1-2, disposição tática que, frente ao esquema de Felipão, tornavam claras as dificuldades que o time enfrentaria.

Time com a formação ofensiva: não funcionou

Primeiro tempo
O Palmeiras até começou tocando bem a bola e pressionando o Sport, que permaneceu por um tempo recuado em seu campo de defesa. O time, porém, esbarrava na forte marcação e aos poucos a partida foi tomando forma. Moacir conseguiu segurar bem Luan pela ponta esquerda. Valdívia, cercado pelos três volantes do time adversário, foi anulado e pouco a pouco precisava recuar cada vez mais para buscar jogo. Sem a criação pelo meio e com Luan apagado - apesar de participativo - nessa primeira parte do jogo, o time começava a depender novamente das bolas paradas e de cruzamentos para dentro da área, como o de Luan aos 12' pela esquerda, que custou a sair e terminou no cabeceio fraco de Barcos sem problemas para o goleiro Magrão.

Atuando com três volantes, o time do Sport sabia que as chances seriam poucas e que precisava aproveitá-las bem. Inteligentemente, quando o time estava todo no campo defensivo do Palmeiras - seja por ter se posicionado mais avançado depois de um tiro de meta ou para melhorar o aproveitamento durante um escanteio -  marcava agressivamente a saída de bola do Palmeiras. Nenhum time consegue marcar a saída de bola com agressividade durante todo o tempo. Mas como o Sport fazia isso poucas vezes, podia fazê-lo bem. 

Aos 14', a estratégia deu resultado. Valdívia, desatento, perdeu a saída de bola para Rithely, quase no círculo central. Felipe Azevedo ficou com a sobra, rolou para o próprio Rithely que fez lindo passe  para Jheimy entre Márcio Araújo e Leandro Amaro. O atacante percebeu a aproximação de Marquinhos Paraná, tocou por baixo das pernas de Henrique e o volante só completou. Sport, 1x0.

O time esboçou alguma reação, tentando partir para cima, mas esbarrava nos mesmos problemas de criação. Valdívia, cada vez mais apagado no jogo, e Luan, que pouco fornecia ao time, eram peças nulas no ataque. Sem infiltração pelo meio, o time devia explorar as laterais, o que não acontecia. Artur pouco aparecia e principalmente Juninho, que é o lateral que melhor sobe, nem era notado em campo.

Com poucas chances, o time aparecia com sorte no ataque. Em uma bobeada da zaga do Sport aos 33', Maikon recebeu livre na ponta direita, avançou rumo à pequena área e tocou para Barcos, que pedia a bola na frente. Desperdiçou.

Aos 37', diante desse panorama onde o time já aguardava uma bola parada salvadora de Assunção, sem explorar meio ou laterais, Henrique resolveu subir ao ataque. Passou por alguns defensores, e tocou para Luan na entrada da grande área pela esquerda. O atacante devolveu a bola e Henrique conseguiu encontrar Barcos na grande área, que não vacilou: recebeu, deu belo drible em cima de Thiaguinho e fuzilou de perna esquerda no ângulo de Magrão. Verdão, 1x1!

O time melhorou após o gol e começou a explorar melhor as laterais. Aos 42', Luan recebeu um lindo toque de calcanhar de Barcos, disparou pela esquerda e fez - por incrível que pareça - um excelente cruzamento para Maikon Leite. O atacante dominou, driblou o "Rivaldo de Salgadinho" e chutou de esquerda, para fora. Perdíamos ali a chance de ter virado a partida.

O jogo seguiu sem grandes momentos e o único destaque ficou por conta da contusão de Moacir, que acabou substituído por Hamilton. O volante Tobi foi para a lateral direita.

Segundo tempo
O Sport veio logo com outra alteração para o segundo tempo: saiu Jheimy, que pouco hava feito na primeira metade do jogo para a entrada de Reinaldo, que atuou como atacante pela esquerda. O Palmeiras, apesar da má atuação de Valdívia e dos laterais, veio sem mudanças.

O jogo começou equilibrado, com poucas chances para os dois lados. Aos 8', Barcos, inspirado, deu belo passe para Maikon Leite pela esquerda. O atacante, em uma espécie de "replay" da jogada de perigo do primeiro tempo, novamente correu até a linha de fundo e deu passe rasteiro para o centro da pequena área. Valdívia, que ali se encontrava, perdeu o tempo da bola e pegou de mal jeito, isolando.

O Palmeiras, dominando as ações, empurrou o Sport para o campo de defesa. Sentindo que podia fazer o segundo e explorando melhor as laterais, principalmente com Luan, chegava constantemente ao ataque. Aos 13', Valdívia conseguiu dar bom passe para Barcos pela direita, que demorou para finalizar e acabou perdendo a bola para a forte marcação do Sport, que teve seus méritos. O zagueiro Edcarlos não perdeu quase nenhuma disputa e fez partida impecável.

Aos 23', Thiaguinho, que pouco havia produzido, saiu para a entrada de Milton Junior. A mudança não surtiu nenhum efeito na estrutura do jogo do time pernambucano. Barcos recebeu boa bola apenas 1 minuto depois, dessa vez pela esquerda, dançou um tango com o marcador e chutou forte. A bola passou com muito perigo em frente ao gol de Magrão mas ninguém conseguiu completar.

Apesar das muitas chances criadas pelo time alviverde, poucas eram aproveitadas. E nesse quesito, nosso adversário foi muito superior. Na saída de bola pela esquerda, aos 26', Luan bobeou durante a pressão da marcação. Tobi roubou e passou para Felipe Azevedo, que dominou, conduziu até a entrada da grande área e fuzilou no canto direito de Bruno. Sport 2x1.

Aos 32', claramente insatisfeito com o desempenho do time, Felipão fez logo 3 alterações ao mesmo tempo: Luan saiu para a entrada de Mazinho,.Artur saiu para a entrada de Cicinho e Valdívia deixou o campo para a entrada de Daniel Carvalho. O jogo, que já havia melhorado pelas laterais, ficou ainda melhor pelo meio-campo. Daniel é mais objetivo que Valdívia e tem mais facilidade para passar pela marcação, gosta de jogar de frente para o gol, o que não tem acontecido com o chileno. Mazinho joga menos aberto pela esquerda, mais centralizado. Isso sobrecarregou a marcação pelo centro e deu mais liberdade para Daniel atuar.

Infelizmente, era tarde. Com o Sport todo no campo de defesa, a última chance do Verdão foi por uma chance aos 38', em bola parada de Assunção em escanteio pela esquerda. Juninho desviou de cabeça e Mazinho, de direita, isolou. Aos 42', Assunção levantou na grande área em cobrança de falta pela esquerda, Barcos resvalou e a bola entrou. Verdão, 2x2? Não. O bandeirinha viu impedimento.

O jogo terminou sem lances importantes.

Considerações
Felipão escalou mal o time, foi a campo com três atacantes e apenas um armador, Valdívia. Os volantes do Sport "engoliram" o meia e sobrava ao time explorar as laterais para que a bola transitasse da defesa para o ataque, mas nem isso o time soube fazer. Juninho e Artur fizeram partida pífia, no primeiro tempo pouco apareceram e o time criou poucas chances de perigo. Márcio Araújo e Marcos Assunção, os volantes que deviam apoiar a subida dos laterais, também não foram bem. 

O Sport, no entanto, jogava no contra-ataque e no erro alviverde, quase levando a melhor para o segundo tempo não fosse uma noite inspirada de Barcos e Henrique. Diante desse panorama, Felipão deixou o time seguir sem alterações até os 30' da etapa final (!), quando fez nada menos que três alterações ao mesmo tempo - talvez inspirado nos inúmeros amistosos que aconteceram nas últimas semanas que antecedem a Euro 2012. O treinador "acordou" tarde e o rendimento do time não mudou de uma hora para outra como ele queria.

Não deu certo, o time tinha o controle da partida mas não conseguia criar chances reais de marcar. O Sport seguiu sua receita de bolo à risca e conseguiu o segundo gol marcando a saída de bola, como no primeiro. E assim, o Palmeiras, que teve sua derrota chamada de "injusta" por muitos jogadores na saída para o vestiário, segue no campeonato. Não acredito que tenha sido injusta. Se o treinador escala e mexe mal no time, se o Sport tem seus méritos defensivos - Edcarlos foi excelente, Moacir na primeira etapa praticamente não deu espaços a Luan assim como Tobi sobre Valdívia - e se os laterais e o meia titular não jogam o que sabem, não é por injustiça que o Palmeiras perdeu. Derrota merecida e agora é focar no Atlético/MG de um certo jogador aí que dizem ser muito talentoso. 

Se a primeira vitória ainda não chegou, essa é a hora!