quarta-feira, 1 de julho de 2015

Mas já?

Marcelo Oliveira chegou há três rodadas e é extremamente precoce avaliar qualquer tipo de ajuste tático, tendo em vista que boa parte dos resultados são ainda frutos do trabalho executado por Oswaldo de Oliveira.

No entanto, vale observar que a filosofia do contra-ataque rápido e objetivo aliada à marcação forte no campo de defesa - e que tanto fez sucesso nos times anteriores de Marcelo - pressupõe deixar em segundo plano a necessidade da posse de bola, quando não abdicar dela totalmente para atrair o conjunto adversário para dentro do próprio campo de defesa, de forma a coordenar a transição defesa-ataque com mais espaços para trabalhar e, consequentemente, de forma mais efetiva.

O gráfico abaixo mostra a evolução da posse de bola do time nas 10 primeiras rodadas do Brasileirão 2015. A média de posse de bola do time de Oswaldo é de 56% (sob o comando do interino Alberto Valentim atingiu 61,3%, porém o time adversário, Fluminense, teve dois jogadores expulsos). A média de posse de bola do time sob o comando de Marcelo Oliveira, em apenas 3 rodadas, é consideravelmente inferior à do treinador anterior no campeonato. Mas não era precoce avaliar o time com três rodadas? Sim, mas vale lembrar que em termos de formação tática, o time não apresentou relevantes mudanças. Por isso me pergunto: seria isso reflexo direto de uma orientação do "professor" Marcelo? Vamos acompanhar.


Observação: os 32,8% de posse foram atingidos diante do SPFW, na goleada por 4 a 0.