segunda-feira, 14 de maio de 2012

Prévia (Copa do Brasil): Palmeiras x Atlético-PR

Palmeiras x Atlético-PR
16/05/2012
Copa do Brasil
Estádio Vila Capanema (Durival de Britto)
1º jogo

O time pega o Atlético-PR pelo primeiro jogo das quartas-de-final da Copa do Brasil. Como o jogo será fora, entende-se que o time paranaense deve tomar a iniciativa, pressionando logo nos primeiros minutos.



Treinos de hoje (14/05/2012)
Felipão treinou o time com duas formações. A primeira foi praticamente a mesma que atuou contra o Paraná.


1ª formação, no 4-3-1-2: Mazinho e Barcos no ataque, Valdívia na ligação, o trio de volantes Márcio Araújo - Kid - João Vítor e com Leandro Amaro (na vaga de Henrique, suspenso) completando a dupla de zaga ao lado de Maurício Ramos.


2ª formação, no 3-5-2 (3-5-1-1): Juninho deu lugar à Román, provavelmente uma preocupação particular do treinador com Guerrón, que cai muito bem pelos dois lados do campo. Juninho é excelente no apoio, mas na marcação deixa a desejar. Cicinho apóia - não tão bem quanto o lateral esquerdo - e defende - nesse aspecto, melhor que o outro lateral, apesar das faltas idiotas que faz de vez em quando. Paradoxalmente, colocou Luan no lugar de Mazinho. Ora, se o Luan entra e o time já conta com três volantes, porque não deixar o Juninho na posição? A lateral esquerda não estaria tão desprotegida. Talvez aí resida uma pista de que o treinador está mais disposto a segurar, provavelmente, um empate, do que buscar a vitória. Por fim, decidiria a classificação em casa.


Medo em excesso? Retranca? Na minha opinião, sim. Mas a importância da taça, neste momento, somada ao fato deste time (sim, um time de série B) ter disputado a final de um campeonato estadual e eliminado um time considerado de "grande porte" como o Cruzeiro (mesmo que em um péssimo momento) pode ter feito o treinador ter pensado duas vezes. Ou três. Ou sei lá quantas.

O Atlético Paranaense

Jogadores
Analisando o time atleticano, não há um jogador além de Paulo Baier e Guerrón que esteja acima da média. Manoel é bom zagueiro. Apesar da boa partida que fez contra o Cruzeiro, com uma assistência e um gol, Ligüera foi reserva de Baier na decisão contra o Coxa. De qualquer forma, se entrar, é perigo para o time. Pode tanto dar passe para gol quanto finalizar. O mesmo vale para o veterano meia (e ex-Palmeiras). Quanto ao Guerrón, é o craque do time. Artilheiro da edição atual da Copa do Brasil, atua bem pelos dois lados do campo, é veloz, faz assistências, dribla bem, finaliza com as duas pernas. É o principal perigo do time atleticano e certamente vai dar muito trabalho aos nossos alas.

Tática
É um time que marca bem, toca rapidamente a bola, joga com dois meias, apesar de um deles - Zezinho - também marcar. Joga no 4-3-1-2 sem a bola, com Zezinho avançando pela esquerda com a posse. Além disso, o elenco é jovem, ou seja, correria é o que não vai faltar. Para se ter uma idéia, a linha de defesa (laterais e zagueiros) que atuou contra o Cruzeiro tinha média de idade de 20,5 anos. O Verdão pode e deve explorar essa inexperiência.

Jogam exatamente como o Palmeiras quando atua com Maikon Leite e Barcos no ataque (com Maikon atuando nos dois lados do campo, "flutuando" ao redor de Barcos, sempre em jogadas de velocidade). Guerrón não tem uma grande referência atuando ao seu lado. Pode ser Edigar Junio, pode ser Patrick Alves. O perigo mesmo é o equatoriano.

Os laterais não são exímios apoiadores, são mais fortes defensivamente.

Conclusões
O Atlético é um time que atua no contra-ataque e pelos lados do campo. Falta qualidade ao meio-campo, o que deixa o time previsível. Atuando em casa, deve pressionar o Verdão nos primeiros minutos, mas o entrosamento do time, aliado à qualidade do elenco do Verdão, pode aos poucos nos dar a posse. Por quê?

Contra  times muito fechados que atuavam dessa forma, o Palmeiras sentiu grandes dificuldades no Campeonato Paulista. Um exemplo foi a partida contra o Mirassol, que fez esse papel muito bem. O grande mérito do Mirassol era sair organizadamente ao ataque, quase sem errar, ou seja, de forma eficiente. Outro exemplo recente é o que ocorreu na última rodada da Premier League. O QPR deu 3 arremates, e marcou em 2 oportunidades. O City deu 44 e acertou 3.


Não acredito que o Atlético consiga exercer esse papel de forma tão eficiente quanto o Mirassol. Apesar das vitórias recentes, o entrosamento do time não é excepcional. Além disso, a marcação na nossa saída de bola - naquela partida - foi fundamental para forçar o nosso erro, que basicamente é o "alimento" dessa estratégia. O Atlético não marca, até onde sei, dessa maneira. Se marcar, é claro, teremos dificuldades.

O excesso de cautela exibido por Felipão pode, entretanto, nos deixar com poucas chances na mão. A estratégia parece ser, a partir do visto nos treinos, segurar o resultado lá, botar o 3-5-2 para funcionar ao final do jogo e decidir em casa. Porém, o encontro de tantos marcadores frente aos nossos habilidosos de frente podem render jogadas de bola parada na intermediária.


Para quem tem Assunção, é um diferencial.

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