terça-feira, 11 de outubro de 2011

28ª rodada: Palmeiras 0 x 1 Santos

Também imaginava que o 3-5-2 poderia ter uma boa dinâmica na ausência do Cicinho. O problema é que, diante de um time com um lateral esquerdo como Léo, do Santos, a inoperância do lado direito é quase certa. O lateral santista levou a melhor sobre Márcio Araújo, que apesar de não estar escalado como lateral, teve de atuar como tal. Com o volante "obrigado" a recuar durante todo o jogo, a necessidade de três zagueiros foi nula.  Gabriel Silva pouco fez pelo lado esquerdo, o único lado que funcionava no jogo. Ainda assim, nada foi criado. Carmona pouco se apresentou e Fernandão estava muito enfiado na área. Geralmente as jogadas terminavam com um passe errado ou uma bola perdida.

Felipão deveria ter observado isso, mas depois do primeiro gol, não fez nenhuma alteração tática. Novamente, trocou seis por meia dúzia. Tirou Maikon Leite e colocou Ricardo Bueno, depois tirou Pedro Carmona e colocou Patrik. Os três zagueiros não eram necessários, e a prova maior disso é que o próprio Felipão, vejam bem, mandou Henrique avançar quando o time tomou 1 a 0.

Não seria mais fácil tirar, por exemplo, o alto Maurício Ramos, que vacilou no primeiro gol e nem pulou no cruzamento baixinho do baixinho Léo para o baixinho Borges, e colocar Patrik em seu lugar? Pedro Carmona não precisava sair. Tinha feito partida razoável, apesar das faltas e alguns passes errados, era o primeiro jogo como titular e estava sobrecarregado na armação das jogadas, precisava de outro jogador acompanhando. Seria mais fácil deixa-lo em campo e colocar Patrik para atuar pela direita, ou até mesmo Tinga. Novamente, foi o conservadorismo de Felipão, o excesso de cautela, de pessimismo, que ditou o resultado. Quando o time tomou o gol, já se sabia que este seria o placar até o fim do jogo. Só não foi mais porque Deola, aos poucos, está descobrindo o porquê de Marcos ser chamado "santo". Vai ter que fazer pelo menos três milagres por jogo até encerrar a carreira.

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