terça-feira, 20 de setembro de 2011

24ª rodada: Palmeiras 1 x 1 Avaí


Quando Rivaldo sobe a campo meu coração de torcedor apaixonado só espera duas coisas: que ele seja rapidamente substituído ou que faça alguma besteira capaz de enfurecer tanto Felipão a ponto de tirá-lo do esquadrão principal definitivamente. Minhas preces foram atendidas e o jogador acabou expulso antes do primeiro tempo acabar. O problema é que Felipão tirou um jogador que estava razoavelmente bem (Fernandão) na partida para dar lugar a Gerley, na lateral esquerda, com o Palmeiras atuando no 4-4-1. E Gerley acabou, por puro conservadorismo do árbitro, também sendo expulso. Resultado? Se você é palmeirense, acertou. Empate, de novo.

Agora, minhas considerações sobre a partida. Luan voltou a ser a nossa enceradeira de duas velocidades, botão "correr pra trás e fazer falta" e botão "correr pra frente e chutar a bola de olhos fechados".  O motivo? Essa é fácil. Quando não marca gols, só pode ser avaliado dessa forma. Em um momento bastante grotesco, chegou a pisar na bola, literalmente. Mas não foi uma "pisadinha" de leve. Foi uma senhora pisada. Lance de Série C. Luan, Luan, a velocidade um dia acaba... se aprimore enquanto é jovem.

Fernandão, regular. Kléber? Acho que não funciona. Não adianta cravar que é técnico, bom jogador, driblador, importantíssimo para o clube. Tenho certeza disso tudo. Mas no Palmeiras, não funciona. Por quê? Porque o time não tem meia.  Patrik é atacante e Tinga volante, sim. Mas um tal de Pedro Carmona não estava sentado no banco de reservas? Quando a bola não chega lá na frente com qualidade, ele volta, faz pivô e o escambau. Por isso ele recua. E quando ele recua, recebe a marcação adversária. E quando recebe a marcação adversária, cai. E quando cai não serve pra p. nenhuma. Por quê? Porque o Kid pega bem na bola de longe, pode até cruzar, mas não tão longe. E então, ele fica lá perto da área, rezando para que uma bola abençoada do Kid - as duas de uma vez nem a Rita Cadillac aguenta - caia macia, delicada, pousando suavemente sobre os seus pés, para que ele possa enfim chutá-la, sem muita marcação, sem estar desequilibrado, cabeça erguida, bola para um lado, goleiro pro outro, dancinha à la João Sorrisão, pose para as câmeras, pose de rebelde, abraço pra família.

Porra, Felipão!

Precisamos de um time que jogue coletivamente. Os times que estão na ponta jogam coletivamente, e muito bem. Agora, torcer para o Palmeiras é como aplicar em um CDB pré: não vai render muito, mas nunca vai deixar de render. Por quê? Porque pro Felipão, volante é volante. Ok. Meia é volante. Como? Lateral é volante. Hein? Atacante é volante. Não é possível! Sim, é possível. Felipão converteu Luan em um volante. Pensaram que isso não era possível, né? Sim, é possível. Luan é volante. Quando o Palmeiras entra em campo com Rivaldo na lateral esquerda, Márcio Araújo na lateral direita e Luan na ponta esquerda, o time está na verdade atuando com cinco volantes. Isso quando não resolve botar o Tinga ou o João Vítor na meia-direita. Daí são seis. E em um time cheio de volantes, é claro que não tomaremos gol, mas a bola não vai chegar no ataque. Contamos então com a sorte para vencer, e na pior das hipóteses, dá empate. Simples assim! Se perguntarem pro bigodudo, porém, ele dirá que o time tem vários meias. Na escalação do Palmeiras para o próximo jogo já saiu a relação com três meias. "Meias: Patrik (atacante), Tinga (volante) e Pedro Carmona (esse sim, meia)". Agora vai!

Por fim, meu palpite para o jogo contra o Ceará. Cicinho está lesionado, ou seja, não adianta colocar o Maikon Leite pela direita. Não vai render tanto, porque o Márcio Araújo vai ficar muito recuado. Rivaldo, graças a Deus, está suspenso. Infelizmente, Gerley também está. O bigode pode então ter que atuar de novo com três zagueiros, deixando o Chico recuado. O mesmo Chico que matou a pau como volante nos últimos jogos. Decisão difícil, mas o Palmeiras é maior.

Se eu fosse o técnico...

3-5-2. Deola; Chico, Maurício Ramos e Henrique; Luan (ala esquerda), Kid e Márcio Araújo de volantes, Maikon Leite (ala direita); Carmona na armação; Kléber e Fernandão no ataque.

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