terça-feira, 9 de agosto de 2011

14ª rodada: Palmeiras 1 x 1 Coritiba


O Coxa conseguiu atuar com mais facilidade, empurrado pela torcida, tomando a iniciativa e partindo para cima do Palmeiras. Como já citamos, é um time muito forte dentro de casa. Veio na formação que está acostumado a jogar, com Maranhão no lugar de Jonas, e dois meias, Rafinha e Tcheco, além de Léo Gago, que chuta muito bem a bola. Já o Palmeiras de Felipão armou o time com poucas alterações em relação ao último jogo, apenas colocando Márcio Araújo no lugar de João Vitor e Kléber no lugar de Dinei. Patrik entrou na vaga de Maikon Leite, gripado. 4-2-1-3, variando para o 4-2-2-2 com o recuo de Luan, esquema de sempre.

A zaga falha duas vezes
O Palmeiras começou fechado, porém sem deixar de falhar em alguns momentos na marcação, já nos minutos iniciais. Antes mesmo dos 5 minutos de jogo, Léo Gago aproveitou passe errado de Thiago Heleno, lançou Bill na pequena área, que se livrou de Maurício Ramos e chutou na rede pelo lado de fora. Aos 5', o time reagiu, Valdívia encontrou Kléber pela direita, e mesmo com três marcadores, bateu pro gol, sendo bloqueado. Valdívia, diga-se de passagem, fez boa partida, porém muito aquém do que pode oferecer. Aos 8 minutos de jogo, porém, o Coritiba abriu o placar. Falha de Maurício Ramos no escanteio pela direita, deixando Emerson cabecear forte, Marcos ainda espalmou a bola mas Jéci completou o rebote. 1x0. O time saiu em busca do empate, mas o que mais conseguia eram perigosos contra-ataques do Coxa na sequência. Em um deles, aos 14', Thiago Heleno voltou atrasado, Bill recebeu lançamento livre na ponta, ficou cara a cara com Marcos, que salvou o time do segundo gol.

Velha História, sempre ela
O torcedor palmeirense está careca de saber. Quando nada no time funciona, o que parece comum nessas últimas rodadas, a bola parada resolve. E de novo, Marcos Assunção, aos 19', bateu fechado, de fora da área, a bola desviou na defesa do Coxa e entrou. 1x1.

Palmeiras mais eficiente, chances desperdiçadas
Pouca coisa mudou depois do gol do Verdão. O Coxa pressionou bastante, o Palmeiras também se arriscou, mas o que se viu foi um verdadeiro desperdício de oportunidades, muitos chutes travados, para fora, para o alto. Apesar da pressão, o Palmeiras levou mais perigo ao gol. Aos 35', Gerley cruzou rasteiro pela esquerda, a defesa do Coxa rebateu mal, Luan recebeu a bola e foi claramente derrubado, mas o juiz não marcou o pênalti, em um lance que poderia ter mudado a história do jogo. No finalzinho do primeiro tempo, aos 45', Márcio Araújo rolou para Valdívia pela direita, enganando a linha burra, que bateu cruzado. A bola passou rasteira na frente do gol, mas Luan chegou atrasado e o time perdeu mais uma boa oportunidade de aumentar o placar.

Continuidade. A zaga falha novamente
O segundo tempo continuou com a proposta do primeiro: Coxa partindo para cima, Palmeiras no contra-ataque, Coxa no contra-ataque do contra-ataque, e por aí vai. Os dois times atacavam desordenadamente e  partiam para cima do oponente do jeito que dava. Só que o Coxa se deu melhor com a má atuação dos zagueiros palmeirenses. Cicinho cobrou lateral pela direita, com a marcação avançada, Maurício Ramos deu um péssimo chutão pra frente, dando a bola de presente para Rafinha. O meia rolou a bola para Bill, que obviamente ia ganhar na corrida em cima de Thiago Heleno, que não pensou duas vezes. Derrubou Bill e foi expulso.

Noite fria, Coxa no Couto, um a menos...
A partir daí, foi só pressão. Felipão rapidamente sacou um jogador de linha para colocar o recém-contratado Henrique. Colocou o rapaz numa fria, mas ele conseguiu segurar as pontas pela esquerda. O time mostrou seu potencial defensivo, um dos melhores do Brasileiro, e impediu uma vitória do Coxa, em pleno Couto Pereira, com um jogador a mais.



Considerações
Funciona mais ou menos assim, jogar com o Coxa no Couto Pereira:

1. Todos sabem da recente história de sucesso desse time, sabem do perigo potencial de enfrentá-lo em casa. E sabem que o Coxa vai partir pra cima. Então a estratégia é manter a defensiva, time todo atrás, desarmar e sair rápido contra-ataque.

2. Com o time adversário todo no campo de defesa, o Coxa adianta a marcação, fazendo marcação por pressão.

3. O outro time perde ainda bola no campo de defesa (ou na ligação direta) e o Coxa ataca, bem próximo à meta adversária.

O Coxa não tem bons números de desarmes, mas faz a marcação pressão muito bem, porque tem velocidade. Isso casa perfeitamente com o Palmeiras, que é um dos líderes do Brasileiro em número de bolas perdidas. O lance da expulsão de Thiago Heleno saiu da pressão sobre Maurício Ramos, que errou na ligação direta ao invés de rolar a bola para o companheiro de zaga. Além disso, quando o Coxa pega na bola, não perde. Para o azar de nós, palmeirenses, o Coxa tem um dos melhores números no fundamento "bolas perdidas".

Influência do Couto? Certamente. Fomos melhores? Não. Fomos mais eficientes, apesar de finalizamos mal, isso é verdade. Mas a falta de segurança da zaga, principalmente de Maurício Ramos, contribuiu para o resultado. Ele falhou no primeiro gol, sim. Empatamos em seguida. Mas ele falhou novamente na expulsão de Thiago Heleno. E acabou com nossas chances de reagir.

Bola pra frente e o campeonato segue. 1 ponto no caixa.

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