quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Brasileirão 2012 (17ª rodada): Palmeiras 1 x 0 Flamengo

Palmeiras 1 x 0 Flamengo
15/08/2012
Arena Barueri

Onze iniciais
O Palmeiras veio no 4-2-3-1, com Patrik, Mazinho e Valdívia compondo a linha de frente atrás de Barcos. Já o Flamengo veio no 4-3-3 implantado por Dorival Júnior, com os dois pontas Thomas e Negueba e Vagner Love centralizado.

Time no 4-2-3-1, eficiente desde o início

Logo de início o time encaixou a marcação e o Palmeiras aos poucos, com melhor posse de bola e qualidade no passe, mostrou suas armas. Valdívia e Barcos, pela esquerda, demonstravam muito entrosamento e criavam chances. Aos 10', Marcos Assunção deu lindo lançamento para o argentino que escapou pela esquerda, passou por Marllon e só não marcou porque Felipe saiu bem do gol.

O time seguiu com mais posse anulando bem a atividade dos pontas do time carioca, que acabavam sem alternativa a não ser arriscar chutes de fora da área. Aos 28', Ibson deu carrinho perigoso em Valdívia e acabou expulso, tomando o segundo amarelo.

Com o time do Flamengo todo no campo de defesa, bastou ao time dar continuidade ao que já vinha fazendo. Aos 32', Mazinho conduziu a bola pela meia esquerda, tentou passar a bola para Barcos, foi travado, Patrik pegou a sobra, percebeu Artur avançando pela ponta direita e rolou. O lateral palmeirense chutou colocado, de primeira, Felipe deu rebote e Barcos só completou para o gol. Verdão, 1x0!

Mesmo com o gol, Dorival decidiu não abrir mão dos pontas. Pediu, pelo contrário, para que recuassem e marcassem sem cair muito pelo lado do jogo, na tentativa de afunilar o jogo do Verdão. O jogo seguiu com completo domínio do Palmeiras, mesmo sem criar muitas chances de gols.

Em "banho-maria"
Murtosa sacou Marcos Assunção no segundo tempo para a entrada de Márcio Araújo, que saiu por sentir dores no joelho. O Flamengo até tentou pressionar inicialmente, mas o Palmeiras pouco a pouco impôs seu eficiente jogo de passes. Restou ao time rubro-negro tentar alguma coisa nos raríssimos contra-ataques.

Dorival sacou Thomas da ponta esquerda aos 9' para promover a entrada de Fernandinho para fechar o meio-campo. Aos 10', em linda jogada de passes pela esquerda, Valdívia deixou Barcos em condições de finalizar. El Pirata bateu cruzado e a bola lambeu a trave de Felipe, que já estava entregue no lance.

O time seguiu criando chances e quase marcando, na maioria das vezes com Barcos, mas sem conseguir chegar ao segundo gol. Aos 22', Mazinho deu lugar a Fernandinho para tentar mais jogadas de linha de fundo pela esquerda. Aos 30', Dorival sacou o cansado Negueba para a entrada de Deivid, dando velocidade na frente e melhorando o jogo aéreo. Poucos minutos depois, sacou Renato para a entrada do filho de Bebeto, Mattheus.

Com o paredão do time visitante, acabávamos armados no 4-4-1-1, com Valdívia na ligação e Barcos mais à frente. Mesmo com o placar favorável, faltava aquele gol para dar mais tranquilidade. Aos 40', Barcos deixou o time para a entrada de Obina. Três minutos depois, a mudança já surtia efeito. Obina escapou pela esquerda e passou rasteiro para Fernandinho, que se projetava nas costas do marcador. Infelizmente, tentou marcar por cobertura e não saiu gol.

Coube ao time então cozinhar o jogo em banho-maria, empurrar com a barriga o resultado que já pistas como definitivo desde o início do segundo tempo. E deu certo.

Considerações
O time tocou a bola espetacularmente bem - mesmo com Ibson em campo - e conseguiu levar os 3 pontos para casa, além de sair da zona da degola. Mesmo com o placar favorável, poderia ter feito outro gol com um jogador a mais, mas diante das circunstâncias, foi burocrático e preferiu não se arriscar. E está certinho.

O 4-2-3-1 combinava perfeitamente com o esquema do Flamengo, a escolha foi boa. Mazinho podia fechar pela esquerda, Patrik ajudando na marcação pela direita. Diga-se de passagem, Patrik fez boa partida e com boa presença no ataque, foi decisivo. A subida de Artur foi providencial. Era o que se esperava dele, o Flamengo no 4-3-3 fica sem muita cobertura para os laterais, Ibson e Renato são volantes como tendência a atacar, com a obrigação de encostar nos pontas. E a lateral esquerda do time rubro-negro, com Ramon, se mostrou uma verdadeira mãe nas últimas rodadas do campeonato. Por ali saem muitas oportunidades e se o nosso lateral não teve um performance excepcional na defesa, pelo menos fez o que devia no ataque.

Quanto ao Flamengo, é uma pena, mas Thomas, Negueba, Mattheus e Fernandinho (até mesmo Adryan) são bons jogadores, promissores. Mas são também muito jovens, inexperientes. Fizeram bem a parte deles contra times não muito fortes, como o Náutico e o Figueira. Mas quando enfrentam um time com melhor qualidade no passe e uma marcação mais forte como o Palmeiras, ainda enfrentam dificuldades.

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