quarta-feira, 4 de abril de 2012

COPA DO BRASIL: Palmeiras 3 x 1 Horizonte

Palmeiras 3 x 1 Horizonte
04/04/2012
Horizonte, Ceará
Copa do Brasil, 2ª rodada

Palmeiras veio no 4-3-2-1, com Wesley avançado e João Vítor como titular compondo o trio de volantes. Wesley começou como meia, avançado pela esquerda e Daniel pela direita. Barcos na referência. Destaque para a volta de Cicinho na lateral direita.

Onze iniciais no 4-3-2-1

Primeiro tempo
O jogo começou pegado, com o anfitrião demonstrando não se intimidar com a presença de um grande time em campo. Apesar da "desenvoltura" do time adversário, a qualidade do time alviverde começou aos poucos dominar o jogo. Com o time tocando bem a bola, algumas chances foram criadas. Juninho subiu bem e cruzou para Daniel Carvalho aos 10'. Poucos minutos depois, um lance de encher os olhos. Cicinho deu duas canetas seguidas, rolou para Wesley, que chutou de esquerda para fora. Barcos, entretanto, seguia atuando longe da grande área.

O time, de tanto subir ao ataque, cansava. Todo no campo de defesa adversário, levou contra ataque do Horizonte aos 17' e levou a pior. Em boa jogada pela nossa lateral esquerda, João Paulo cruzou baixo para dentro da pequena área. Ninguém cabeceou, Leandro Amaro desviou fraco nos pés de Mateus, que completou para dentro do gol. Horizonte, 1x0. Aos 20', Wesley recebeu boa bola de Barcos, sofreu falta na risca da área, porém Marcos Assunção cobrou por cima do gol, tocando na rede antes de sair.

O time continuava com o domínio da posse, tocando bem a bola, mas ainda sem aproveitar as boas chances de gol. Aos 27', toque de mão de jogador do Horizonte na ponta esquerda. Kid cruzou mas ninguém apareceu para concluir. Aos 30', boa jogada de Cicinho, que invadiu a grande área, rolou para Daniel fazer o pivô e finalizou muito perto do gol de Jefferson. O gol parecia questão de tempo.

Aos 33', o gol saiu. Kid cobrou com curva, fechado no primeiro pau, para Leandro Amaro botar pra dentro e se redimir. Verdão, 1x1!

Depois do gol, o padrão da partida seguiu o mesmo. O time dominava a posse de bola, criava diversas chances com a bola no chão, mas sem concluir a jogada. O Horizonte, que não tinha metade da competência do Mirassol nos contra-ataques, ainda sofria com a falta de padrão de jogo. Indeciso se atacava o tempo todo ou se atuava defensivamente esperando alguma falha do Verdão para realizar o contra-ataque, não conseguia fazer bem nenhuma das duas coisas. O tempo passou rápido, as oportunidades não viraram gols e o primeiro tempo acabou.

Segundo tempo
O time veio a campo sem alterações, mantendo o mesmo padrão de jogo, tocando bem a bola, tocando curto e criando tabelas, pacientemente procurando espaços na defesa do Horizonte. Sem encontrar esses espaços, ficou apático, dando liberdade para o Horizonte avançar, principalmente pelas laterais. Aos 7', Vanger recebeu entrada forte de Leandro Amaro e sofreu falta na nossa lateral direita, na entrada da grande área. O próprio Vanger bateu forte, por cima do gol.

Aos 11', Felipão sacou Wesley para a entrada de Maikon Leite, apostando na movimentação mais objetiva do jogador. Ele atuou primeiro pela esquerda, sem criar muita coisa. Seis minutos depois, Barcos, que não havia feito muita coisa até aquele momento, atuando muito longe da área, também foi para o banco. Deu lugar a Ricardo Bueno.

Time no bom e velho 4-3-1-2: funcionou.

O time, apesar de melhor em campo, perdeu a tranquilidade que faltava para construir jogadas mais elaboradas. A entrada de Maikon deu mais velocidade ao time, e se não ajudava de forma direta, indiretamente servia, seja carregando a posse para mais próximo da meta adversária ou através de faltas próximas à grande área. Em uma dessas faltas, aos 21', Marcos Assunção colocou de novo, com perfeição, a bola na cabeça de Leandro Amaro. A bola ainda desviou na defesa adversária antes de entrar. Verdão, 2x1!

Aos 26', as alterações funcionaram. Fazendo o simples, Maikon invadiu a grande área pela esquerda, rolou para Ricardo Bueno fazer o pivô e fuzilou o gol de Jefferson. Verdão, 3x1!

Daniel Carvalho, exausto, deu lugar a Pedro Carmona aos 36'. Essa alteração é boa porque mantém o padrão de jogo do time, mesmo com Carmona sem a mesma visão de jogo de Daniel Carvalho. É o seis por meia dúzia que apóio. Ainda no 4-3-1-2, o time tirou o pé do acelerador e deu algumas chances ao Horizonte, que pouco aproveitou do cansaço alviverde. As chances do adversário basicamente resumiam-se em chutes de longa distância e em bolas paradas.

Com o time pregado, foi só administrar o resultado. Ricardo Bueno ainda desperdiçaria uma chance incrível de gol no finalzinho da partida, após chute de Pedro Carmona que desviou e bateu na trave. Com o gol livre, ele demorou pra chutar e a zaga conseguiu afastar a bola. Ridículo.

Fim de jogo e Verdão classificado para a próxima fase da Copa do Brasil.

Considerações
Até os 15' do segundo tempo, era visível a diferença técnica entre os dois times. O Palmeiras tocava bem a bola, inteligentemente, criando muitas oportunidades de gol. Infelizmente, o ataque não vingou, e por diversas razões. Barcos longe da grande área, Wesley apesar de técnico, pouco objetivo. Daniel fez excelente partida, incontestável, mesmo com as chances desperdiçadas no início.

Em um vacilo, Leandro Amaro permitiu o primeiro gol. Isso não apagou a qualidade de sua partida, e ele foi premiado por isso, marcando os dois primeiros gols. Henrique foi seguro, sem comprometer.

Os laterais subiram bem, pelo menos até "morrerem" em campo com o calor. Mesmo com a ótima atuação de Juninho, que fez excelentes cruzamentos, o destaque fica para Cicinho. Fez ótima partida também e a motivação para recuperar a vaga muda. É mais técnico que Artur, isso é indiscutível. Pode melhorar ainda mais.

O esquema novo (4-3-2-1) funcionou legal. Wesley e Daniel juntos infernizaram a defesa do time adversário, são muito habilidosos. Claro que isso só funcionaria se o trio de volantes estivesse "azeitado", capaz de recuperar rapidamente a posse e devolvê-la ao ataque. João Vítor mostrou novamente porque não pode ficar no banco, tem habilidade e chega bem à frente. Márcio Araújo foi tão bem quanto ele. Marcos Assunção, bem... depois falamos dele.

As alterações de Felipão surtiram efeito, tornaram o jogo do Palmeiras mais objetivo. Maikon deu velocidade à um ataque cansado de circular a grande área, que não conseguia marcar. Sua movimentação, naquele momento da partida, era incompatível com o preparo físico da zaga adversária. Destoava do resto. Talvez aí resida a causa de ser chamado por alguns de "jogador de segundo tempo". Normalmente, é mais veloz que qualquer jogador descansado. Imagine quando estiverem exaustos.

A entrada de Ricardo Bueno também foi produtiva: ele fez o pivô para Maikon. Só.

Barcos, novamente, muito distante da grande área. O argentino tem muita vontade de marcar, aliás, ele tem uma meta para cumprir. O problema é que quando a bola não chega, ele recua demais. E quando ela vem para o ataque, o jogador já está marcado, recebendo a bola sem condições de finalizar com perigo, de costas para o gol. No máximo, sai um pivô, uma tabela. Jogando dessa forma, fica complicado marcar gols. Felipão precisa corrigir isso.

A última consideração que gostaria de fazer é em relação à partida majestosa de Marcos Assunção, e minha pontuação vai além das duas assistências que fez. Vejo que ele dá tranquilidade dentro do time, orientando quando é a hora de atacar, a hora de defender, a hora de impor o nosso jogo. Ele dá ritmo ao Palmeiras. E é aí que o aspecto "liderança" mostra seu valor. A importância dele não reside apenas nas bolas paradas, definitivamente.

Próxima fase, aí vamos nós.
Forza, Palestra!

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