quarta-feira, 11 de julho de 2012
COPA DO BRASIL - FINAL - Campeões!!!
Não há tática que supere um coração forte.
Quem viu e entendeu o choro dos jogadores ao final da partida sabe o que é ser palmeirense.
O choro dos jogadores é a forma de agradecer à torcida em seu árduo caminho carregando este pesado manto. As cobranças enormes por títulos, críticas, frustrações e incertezas quanto à administração do clube. É quando descobrem o que é jogar no Palmeiras. E o choro dos torcedores, a recíproca. O quão duro foi carregar esse fardo. Aquele que esteve ao lado do jogador o tempo todo, todos os dias, dentro (indo aos estádios, acompanhando pela Tv, Internet ou rádio) e fora (exaltando as conquistas e glórias, ouvindo provovações e defendendo seu time diante do resto) mesmo sem nunca tê-lo conhecido.
Só posso agradecer à luta incessante desses jogadores que Felipão cultivou e apoiou, mesmo sem ter o apoio incondicional da torcida, mesmo sendo diariamente chamados de "limitados" pela mídia. Agradecer ao Luan, ao João Vítor, ao Maurício Ramos, Thiago Heleno, Márcio Araújo, Artur, Cicinho, Betinho. A esses GUERREIROS.
O Palmeiras é enorme e foi feito para jogadores como vocês, que têm garra, determinação. Vontade de vencer. Que têm coração forte.
*
É campeão, PORRA!!!
Maior Campeão Nacional!!!
quinta-feira, 21 de junho de 2012
Verdão na final!!!
Passamos pelo Grêmio do Luxa em grande estilo. Estamos na final, porra!!!
É festa para um time que vinha sofrendo nos últimos anos. Só quem é torcedor do Palmeiras sabe disso. Hoje, temos jogadores capazes de desequilibrar no ataque e temos uma defesa sólida. As chances são ótimas.
Deixo aqui meu agradecimento ao Barcos, ao Mazinho e a todo o elenco pela dedicação, mas em especial a um grande jogador, Jorge Valdívia, que mesmo em um momento difícil na sua vida pessoal se aqueceu, saiu do banco e desequilibrou uma partida que parecia ter final dramático.
Força, Verdão! Vamos trazer esse caneco pra casa!
#VaiPalmeiras
quinta-feira, 14 de junho de 2012
COPA DO BRASIL: Palmeiras 2 x 0 Grêmio
Palmeiras 2 x 0 Grêmio
13/06/2012
Copa do Brasil 2012
Estádio Olímpico
Semifinal, jogo de ida
Taticamente superior
Como o jogo de "prévia" pelo Brasileiro já havia mostrado, a grande dificuldade em jogar contra o Grêmio de Luxa era ganhar o meio-campo, já que o volante Fernando atua praticamente como um terceiro zagueiro, na cola do nosso armador, fosse ele Valdívia ou Daniel Carvalho. Com isso, o time liberava os laterais Gabriel e Pará para avançar, deixando o Grêmio com superioridade numérica na faixa central, mesmo com nosso time atuando com três volantes e um meia armador mais à frente.
A ideia de colocar Henrique como terceiro zagueiro, líbero, à frente da zaga - função que se confunde com a de primeiro volante - só tem sentido diante desse panorama. Com os laterais mais avançados, marcando os alas adversários, a batalha no meio-campo ficou equilibrada, a superioridade numérica se foi e o Palmeiras, na base da qualidade técnica individual, desequilibrou no final e venceu a batalha. Destaque, portanto, para Felipão, pois tomou uma atitude diante do problema tático com o qual se deparava, e para os laterais - Cicinho e Juninho - com uma assistência cada.
Primeiro tempo
O Grêmio começou partindo para cima, naturalmente. Com o jogo truncado, começou atacando com perigo através de jogadas de bola parada e escanteios. O Verdão, mesmo tocando melhor a bola, não conseguia chegar com a mesma facilidade que o time da casa ao ataque. Com a pressão, o time ficava praticamente em um 3-5-1-1, com Luan auxiliando a cobertura pela esquerda.
Daniel, muito marcado por Fernando, não conseguia sair jogando. Como Artur não é um lateral de características ofensivas e João Vítor não é um meia, apesar de ser um volante com boa saída pela direita, o time jogava somente pelo lado esquerdo no ataque enquanto o lado direito permanecia um pouco mais recuado. Isso também dava a falsa impressão de que Pará estava jogando muito bem pela esquerda oposta, o que não é verdade. Ao contrário do último jogo contra eles, Artur ficou no encalço do ex-santista enquanto João Vítor tentava frear os avanços de Léo Gago.
O time, com esses problemas na criação das jogadas pelo centro e as poucas incursões pela direita, deixavam o rumo da estratégia ofensiva dependendo de apenas dois tipos de jogada: as solitárias disparadas de Luan pela esquerda - que durante quase todo o jogo não deram em nada - e as jogadas de bola parada. Assunção não estava em noite inspirada, cobrando mal diversos cruzamentos. Barcos, diante desse panorama, fez o que pode saindo da grande área para buscar jogo e arriscando chutes de longa distância, como no primeiro chute do Verdão que veio somente aos 21' de jogo, para fora.
A partida seguia, assim, equilibrada, com forte marcação dos dois lados e só levando perigo em jogadas de bola parada. Aos 41', Thiago Heleno fez falta em Miralles e recebeu o amarelo. Na cobrança, Fernando cobrou com perigo e a bola pegou na trave esquerda de Bruno. O goleiro estava na bola.
Segundo tempo
O Palmeiras veio a campo melhor, mais ligado. Logo nos primeiros minutos, o time tocava a bola melhor que no primeiro tempo. Além disso, não deixava o Grêmio criar chances, forçando o erro. A movimentação de Kléber foi anulada em campo, caçado sem dó. A opção de Luxemburgo por dois jogadores que não tem grande presença na pequena área também dificultava, porque dificilmente eles receberiam a bola de frente para o gol. Marco Antônio foi novamente anulado em campo, não tendo vida fácil diante de um implacável Henrique. Sem opções para a criatividade, o time era forçado a tentar o chuveirinho para a grande área ou - o que mais acontecia - os chutões de Léo Gago, que estava com o pé (muito) descalibrado. Em um dos chutes, quase presenteou a torcida gremista com um home run.
Aos 15', Luxa se fartou com a dificuldade de infiltração do Grêmio e trocou a dupla de ataque. Saiu Kléber para a entrada de André Lima e Miralles deixou o campo para a entrada de Marcelo Moreno. A mudança fez sentido, Marcelo Moreno tem presença muito forte na grande área, principalmente nas jogadas de bola aérea, o que combinava com o padrão de jogo naquele momento, recheado de chuveirinhos. A entrada de André Lima pouco acrescentou ao time - talvez fosse melhor manter um dos segundo-atacantes, Miralles ou Kléber.
18', Artur se machuca. Cicinho entra.
Com o Grêmio levando mais perigo, o Palmeiras tinha que reagir. Se o pessoal da frente não resolvia, então os jogadores de trás deviam apoiar, como elemento-surpresa. Logo surtiu efeito, e aos 23', no contra-ataque, Daniel Carvalho encontrou Juninho disparando pela esquerda. O lateral encontrou Barcos, que bateu travado, com muito perigo. Apenas dois minutos depois, após subida de Henrique ao ataque, Daniel encontrou Barcos pela esquerda da grande área. O argentino driblou o marcador e chutou forte de pé esquerdo, raspando o travessão do gol de Victor.
Aos 29', nitidamente irritado com o desempenho de Marco Antônio, Luxa sacou o jogador para a entrada de Rondinelly, cujo nome já era gritado nas arquibancadas. O rápido jogador deu maior movimentação no ataque e mais trabalho para a defesa do Palmeiras, abrindo espaços. Na sua primeira jogada, aos 32', Rondinelly encontrou Pará pela esquerda, que cruzou na medida para André Lima, cabeceando para fora.
A reação alviverde
Aos 34', foi a vez de João Vitor tomar o cartão amarelo. Foi aí que o jogo virou de vez. Aos 40', Felipão sacou Daniel Carvalho para a entrada de Mazinho. Logo aos 41', Rondinelly perdeu a bola na frente. No contra-ataque, Cicinho recebeu a bola pela ponta direita, cortou para o meio e deu lindo toque para Mazinho, que não perdoou e chutou por baixo do goleiro Victor. Verdão, 1x0!
O time gremista, extremamente abalado em campo pelo gol alviverde, não poderia esperar baque pior do que tomar um gol àquela altura da partida, mas o pior - para nós, o melhor - aconteceu. Juninho subiu ao ataque, recebeu ótima bola de Luan pela esquerda, foi à linha de fundo, levantou a cabeça e fez um cruzamento perfeito na cabeça de Barcos. "El Pirata" cabeceou de cima pra baixo, tirando do goleiro e da zaga gremista. Verdão, 2x0!
Após os gols o Verdão só precisou administrar o resultado, calmamente, tocando bem a bola e segurando a posse pelo máximo que pudia. E conseguiu. O Palmeiras viu sua torcida cantar sozinha em um Olímpico lotado e levou para casa uma vantagem que coloca o time na condição de favorito à final.
Considerações
A primeira consideração importante a fazer é que Felipão tem muitos méritos no resultado. Se no jogo pelo Brasileirão, tivemos amplo domínio do Grêmio, dessa vez o treinador não vacilou. Diante do problema tático que enfrentou, modificou a equipe. Armou o time no 3-5-2, com Henrique à frente da zaga - é claro que tinha que ser ele, é de longe o zagueiro mais habilidoso e apto a fazer a saída de bola - e freou os alas gremistas. Se ofensivamente o time não foi um primor - com velhos problemas que estamos acostumados a ver, com Luan muito aberto pela esquerda, João Vítor não subindo tanto pela direita e Barcos consequentemente isolado na frente - no aspecto defensivo, foi perfeito.
O segundo destaque, não tão divulgado (apesar de evidente), a excelente subida dos laterais no segundo tempo. Cicinho e Juninho cresceram, criaram oportunidades - principalmente o lateral esquerdo, que é melhor no apoio - e deram, cada um, uma assistência a gol. Ou seja, em um jogo parelho, sobressaiu a qualidade individual dos jogadores. Isso é importantíssimo para o time, já que os jogos da fase final serão cada vez mais disputados e decididos assim, no detalhe, sem depender dessa ou daquela jogada, ou desse ou daquele jogador. Vale lembrar, Daniel Carvalho e Marcos Assunção não jogaram bem.
A última e mais importante observação: esse esquema foi utilizado de acordo com as circunstâncias da partida. Uma questão tática localizada, pontual. Nem todos os times jogam como o Grêmio e Felipão sabe disso. Se é o esquema ideal para a próxima partida, não sabemos. Luxa pode fazer alterações táticas para o próximo jogo, é um grande treinador e é exatamente isso o que se espera dele. A utilização de Henrique à frente da zaga, tal como De Rossi durante o último jogo da Itália frente à Seleção Espanhola, foi excelente do ponto de vista defensivo. Novamente, é importante ressaltar, ofensivamente, existem problemas. A bola pouco chegou ao ataque, Barcos ficou distante da área. O que não impede que Felipão também realize mudanças nesse setor, claro.
13/06/2012
Copa do Brasil 2012
Estádio Olímpico
Semifinal, jogo de ida
Taticamente superior
Como o jogo de "prévia" pelo Brasileiro já havia mostrado, a grande dificuldade em jogar contra o Grêmio de Luxa era ganhar o meio-campo, já que o volante Fernando atua praticamente como um terceiro zagueiro, na cola do nosso armador, fosse ele Valdívia ou Daniel Carvalho. Com isso, o time liberava os laterais Gabriel e Pará para avançar, deixando o Grêmio com superioridade numérica na faixa central, mesmo com nosso time atuando com três volantes e um meia armador mais à frente.
A ideia de colocar Henrique como terceiro zagueiro, líbero, à frente da zaga - função que se confunde com a de primeiro volante - só tem sentido diante desse panorama. Com os laterais mais avançados, marcando os alas adversários, a batalha no meio-campo ficou equilibrada, a superioridade numérica se foi e o Palmeiras, na base da qualidade técnica individual, desequilibrou no final e venceu a batalha. Destaque, portanto, para Felipão, pois tomou uma atitude diante do problema tático com o qual se deparava, e para os laterais - Cicinho e Juninho - com uma assistência cada.
Palmeiras equilibra a disputa do meio-campo
Primeiro tempo
O Grêmio começou partindo para cima, naturalmente. Com o jogo truncado, começou atacando com perigo através de jogadas de bola parada e escanteios. O Verdão, mesmo tocando melhor a bola, não conseguia chegar com a mesma facilidade que o time da casa ao ataque. Com a pressão, o time ficava praticamente em um 3-5-1-1, com Luan auxiliando a cobertura pela esquerda.
Daniel, muito marcado por Fernando, não conseguia sair jogando. Como Artur não é um lateral de características ofensivas e João Vítor não é um meia, apesar de ser um volante com boa saída pela direita, o time jogava somente pelo lado esquerdo no ataque enquanto o lado direito permanecia um pouco mais recuado. Isso também dava a falsa impressão de que Pará estava jogando muito bem pela esquerda oposta, o que não é verdade. Ao contrário do último jogo contra eles, Artur ficou no encalço do ex-santista enquanto João Vítor tentava frear os avanços de Léo Gago.
O time, com esses problemas na criação das jogadas pelo centro e as poucas incursões pela direita, deixavam o rumo da estratégia ofensiva dependendo de apenas dois tipos de jogada: as solitárias disparadas de Luan pela esquerda - que durante quase todo o jogo não deram em nada - e as jogadas de bola parada. Assunção não estava em noite inspirada, cobrando mal diversos cruzamentos. Barcos, diante desse panorama, fez o que pode saindo da grande área para buscar jogo e arriscando chutes de longa distância, como no primeiro chute do Verdão que veio somente aos 21' de jogo, para fora.
A partida seguia, assim, equilibrada, com forte marcação dos dois lados e só levando perigo em jogadas de bola parada. Aos 41', Thiago Heleno fez falta em Miralles e recebeu o amarelo. Na cobrança, Fernando cobrou com perigo e a bola pegou na trave esquerda de Bruno. O goleiro estava na bola.
Segundo tempo
O Palmeiras veio a campo melhor, mais ligado. Logo nos primeiros minutos, o time tocava a bola melhor que no primeiro tempo. Além disso, não deixava o Grêmio criar chances, forçando o erro. A movimentação de Kléber foi anulada em campo, caçado sem dó. A opção de Luxemburgo por dois jogadores que não tem grande presença na pequena área também dificultava, porque dificilmente eles receberiam a bola de frente para o gol. Marco Antônio foi novamente anulado em campo, não tendo vida fácil diante de um implacável Henrique. Sem opções para a criatividade, o time era forçado a tentar o chuveirinho para a grande área ou - o que mais acontecia - os chutões de Léo Gago, que estava com o pé (muito) descalibrado. Em um dos chutes, quase presenteou a torcida gremista com um home run.
Aos 15', Luxa se fartou com a dificuldade de infiltração do Grêmio e trocou a dupla de ataque. Saiu Kléber para a entrada de André Lima e Miralles deixou o campo para a entrada de Marcelo Moreno. A mudança fez sentido, Marcelo Moreno tem presença muito forte na grande área, principalmente nas jogadas de bola aérea, o que combinava com o padrão de jogo naquele momento, recheado de chuveirinhos. A entrada de André Lima pouco acrescentou ao time - talvez fosse melhor manter um dos segundo-atacantes, Miralles ou Kléber.
18', Artur se machuca. Cicinho entra.
Com o Grêmio levando mais perigo, o Palmeiras tinha que reagir. Se o pessoal da frente não resolvia, então os jogadores de trás deviam apoiar, como elemento-surpresa. Logo surtiu efeito, e aos 23', no contra-ataque, Daniel Carvalho encontrou Juninho disparando pela esquerda. O lateral encontrou Barcos, que bateu travado, com muito perigo. Apenas dois minutos depois, após subida de Henrique ao ataque, Daniel encontrou Barcos pela esquerda da grande área. O argentino driblou o marcador e chutou forte de pé esquerdo, raspando o travessão do gol de Victor.
Aos 29', nitidamente irritado com o desempenho de Marco Antônio, Luxa sacou o jogador para a entrada de Rondinelly, cujo nome já era gritado nas arquibancadas. O rápido jogador deu maior movimentação no ataque e mais trabalho para a defesa do Palmeiras, abrindo espaços. Na sua primeira jogada, aos 32', Rondinelly encontrou Pará pela esquerda, que cruzou na medida para André Lima, cabeceando para fora.
A reação alviverde
Aos 34', foi a vez de João Vitor tomar o cartão amarelo. Foi aí que o jogo virou de vez. Aos 40', Felipão sacou Daniel Carvalho para a entrada de Mazinho. Logo aos 41', Rondinelly perdeu a bola na frente. No contra-ataque, Cicinho recebeu a bola pela ponta direita, cortou para o meio e deu lindo toque para Mazinho, que não perdoou e chutou por baixo do goleiro Victor. Verdão, 1x0!
O time gremista, extremamente abalado em campo pelo gol alviverde, não poderia esperar baque pior do que tomar um gol àquela altura da partida, mas o pior - para nós, o melhor - aconteceu. Juninho subiu ao ataque, recebeu ótima bola de Luan pela esquerda, foi à linha de fundo, levantou a cabeça e fez um cruzamento perfeito na cabeça de Barcos. "El Pirata" cabeceou de cima pra baixo, tirando do goleiro e da zaga gremista. Verdão, 2x0!
Após os gols o Verdão só precisou administrar o resultado, calmamente, tocando bem a bola e segurando a posse pelo máximo que pudia. E conseguiu. O Palmeiras viu sua torcida cantar sozinha em um Olímpico lotado e levou para casa uma vantagem que coloca o time na condição de favorito à final.
Considerações
A primeira consideração importante a fazer é que Felipão tem muitos méritos no resultado. Se no jogo pelo Brasileirão, tivemos amplo domínio do Grêmio, dessa vez o treinador não vacilou. Diante do problema tático que enfrentou, modificou a equipe. Armou o time no 3-5-2, com Henrique à frente da zaga - é claro que tinha que ser ele, é de longe o zagueiro mais habilidoso e apto a fazer a saída de bola - e freou os alas gremistas. Se ofensivamente o time não foi um primor - com velhos problemas que estamos acostumados a ver, com Luan muito aberto pela esquerda, João Vítor não subindo tanto pela direita e Barcos consequentemente isolado na frente - no aspecto defensivo, foi perfeito.
O segundo destaque, não tão divulgado (apesar de evidente), a excelente subida dos laterais no segundo tempo. Cicinho e Juninho cresceram, criaram oportunidades - principalmente o lateral esquerdo, que é melhor no apoio - e deram, cada um, uma assistência a gol. Ou seja, em um jogo parelho, sobressaiu a qualidade individual dos jogadores. Isso é importantíssimo para o time, já que os jogos da fase final serão cada vez mais disputados e decididos assim, no detalhe, sem depender dessa ou daquela jogada, ou desse ou daquele jogador. Vale lembrar, Daniel Carvalho e Marcos Assunção não jogaram bem.
A última e mais importante observação: esse esquema foi utilizado de acordo com as circunstâncias da partida. Uma questão tática localizada, pontual. Nem todos os times jogam como o Grêmio e Felipão sabe disso. Se é o esquema ideal para a próxima partida, não sabemos. Luxa pode fazer alterações táticas para o próximo jogo, é um grande treinador e é exatamente isso o que se espera dele. A utilização de Henrique à frente da zaga, tal como De Rossi durante o último jogo da Itália frente à Seleção Espanhola, foi excelente do ponto de vista defensivo. Novamente, é importante ressaltar, ofensivamente, existem problemas. A bola pouco chegou ao ataque, Barcos ficou distante da área. O que não impede que Felipão também realize mudanças nesse setor, claro.
terça-feira, 12 de junho de 2012
Euro 2012 - Panorama Geral
Post publicado no BlogdaBola.com em 6 de junho de 2012
Rússia: Talvez o candidato mais forte do grupo. No amistoso mais recente, passou por uma Itália - mesmo que abalada pelos escândalos recentes de manipulação de resultados - facilmente por 3 a 0. Dick Advocaat vem fazendo um belo trabalho desde que assumiu, em 2010, substituindo Guus Hiddink. Tem nas mãos um time que mescla a experiência de jogadores com bagagem como Bilyaletdinov, Pavlyuchenko e Arshavin com a juventude de Dzagoev, um dos meias mais promissores da seleção russa. A zaga é experiente e tem atuado junto por muito tempo, não só na seleção.
Irlanda: Se você juntar um time que já tem fama de retranqueiro com Giovanni Trapatonni - o técnico mais velho de todos que disputam a Euro - coisa boa não pode sair. Com um plantel limitadissimo, repleto de medalhões do passado, como o "eterno" Robbie Keane - o "Milan Baros" irlandês - e mais um "juntado" de jogadores de times da segunda divisão inglesa (Wolverhampton, que foi rebaixado, Hull City, Leicester, Milwall) ou que flertaram com ela (Aston Villa, Stoke City e Sunderland). Não deve passar da primeira fase.
França: É um timaço. Elenco experiente, de muita qualidade e que vem de uma série de resultados positivos, liderados pelo ex-zagueiro Laurent Blanc. Favorita à liderança do grupo e pode sim lutar pelo seu lugar nas finais, e até disputar o título. Olho nela!
O que esperar da competição de seleções mais difícil do mundo? Com grupos e fases enxutos, que permitem o confronto de Alemanha, Holanda, Portugal e Dinamarca por apenas duas vagas, a edição atual da Eurocopa deste ano promete demais. Tentaremos aqui traduzir um pouco dessa emoção e o que esperamos dela.
REGRAS GERAIS
A Euro 2012 está divida em 4 grupos - A, B, C e D - com 4 participantes cada. Uma das chaves é composta pelos grupos A e B. A outra chave é composta pelos grupos C e D. Na fase de quartas-de-final, o primeiro de cada grupo pega o segundo colocado do outro grupo dentro da mesma chave. Ex: 1º do A pega o 2º do B, 1º do B pega o 2º do A, etc. Os vencedores de cada chave se enfrentam nas semi-finais, de onde sairá um finalista. Resumindo, é o melhor dos grupos A e B contra o melhor dos grupos C e D.
Vamos analisar os grupos?
GRUPO A: Polônia, Rússia, Grécia e República Checa.
Polônia: Este é um time que pode ser uma das surpresas da Euro. Perdeu pouquíssimas partidas nos últimos amistosos que fez antes da competição, tem um time jovem e estrelas em ascenção. Szczesny é o goleiro titular do Arsenal, tem os bons jogadores do Borussia Dortmund (campeões da Copa e da Liga Alemã) Piszczek (lateral direito), Kuba (meia pela direita) e Lewandowski (centroavante). Tem um bom time, mas não tem um bom elenco. Como a Euro é uma competição de poucos jogos, esse fator não é uma agravante. Pode pintar como a "surpresa" da competição.
Rússia: Talvez o candidato mais forte do grupo. No amistoso mais recente, passou por uma Itália - mesmo que abalada pelos escândalos recentes de manipulação de resultados - facilmente por 3 a 0. Dick Advocaat vem fazendo um belo trabalho desde que assumiu, em 2010, substituindo Guus Hiddink. Tem nas mãos um time que mescla a experiência de jogadores com bagagem como Bilyaletdinov, Pavlyuchenko e Arshavin com a juventude de Dzagoev, um dos meias mais promissores da seleção russa. A zaga é experiente e tem atuado junto por muito tempo, não só na seleção.
Grécia: Futebol feio e retranqueiro. O panorama da Grécia não mudou de 2004 - ano em que foram campeões superando os anfitriões portugueses - para cá. O grupo aposta nos jovens Fetfatzidis e na presença de zaga de Papadopoulos. No ataque, a experiência de Salpigidis, Gekas e Samaras. No mais, não é candidato às principais vagas.
República Checa: O problema do time checo é conhecido: renovação. Talvez a presença do promissor meia Vaclav Kadlec, de apenas 20 anos, possa ajudar. Mas quando se olha o resto do time, o panorama não traz muitas esperanças. O time está em situação parecida com a da Polônia, possui jogadores de alto nível em diferentes faixas do campo, com a diferença que seus melhores atletas já se encontram na parte descendente da curva de rendimento. Rosicky, Plasil e Baros - sim, aquele Baros do Liverpool - não são mais tão jovens, apesar da qualidade. A experiência de Cech no gol garante mais solidez à defesa. No mais, não esperamos muito desse time.
FAVORITOS: Rússia forte candidata ao primeiro lugar do grupo. Polônia e República Tcheca brigando pela segunda posição.
GRUPO B: Holanda, Alemanha, Portugal e Dinamarca.
Holanda: A Holanda sempre foi referência em produzir atacantes de primeira linha. Enquanto a fabriqueta brasileira parou de produzir jóias na última década, a holandesa continua a pleno vapor. Bert van Marwijk soube armar bem a equipe e a transformou em uma máquina de fazer gols. Apesar da boa fase alemã, o time holandês chega em melhor fase e é favorito para a liderança do grupo. Um dos massacres recentes chegou a registrar placar de dois dígitos. Melhor ataque disparado da Euro.
Alemanha: Outra candidata ao título que perdeu para a Espanha em 2008, chega forte para a disputa. Suas melhores revelações passaram por um processo de refinamento nas ligas mais difíceis do mundo após uma excelente campanha na Copa do Mundo de 2010. Khedira e Özil são titulares absolutos no Real Madrid. Mario Götze é uma sensação no time do Borussia, Gomez está em excelente fase, assim como Kroos. O único fator negativo é o impacto das derrotas recentes do Bayern, time que fornece à seleção diversos jogadores, na Copa da Alemanha e na Liga dos Campeões.
Portugal: Dono de um ataque de outro mundo, o time português esbarra na falta de jogo coletivo. A dependência de Portugal com as boas atuações de Cristiano são evidentes. O jogador, além de armar jogadas, é a principal arma de Portugal no ataque. Outro problema desse selecionado é a defesa, que tem sido "uma mãe" para os adversários: foi a mais vazada das eliminatórias. Se Portugal adotar um estilo de jogo diferente do que foi apresentado até agora (quem sabe atuar como a Grécia de 2004?), pode sonhar com alguma coisa. No "grupo da morte", tem que fazer algo a mais. Senão, a queda é inevitável.
Dinamarca: Pelo que foi apresentado diante do Brasil, o time dinamarquês não vai longe. Possui poucos bons jogadores e caiu em um grupo com seleções extremamente fortes. Próxima fase, só em sonho.
FAVORITOS: Alemanha favorita ao primeiro lugar. Holanda em segundo. Ou vice-versa. Portugal não resolveu seus problemas defensivos, perdeu o último amistoso contra a Turquia (!) por 3 a 1 e dificilmente passará.
GRUPO C: Espanha, Itália, Croácia e Irlanda.
Espanha: Favorita à liderança do grupo. Ganhou a edição anterior da Euro, a última Copa do Mundo e seus principais jogadores fizeram boa temporada em seus clubes, apesar dos tropeços recentes com a seleção. A qualidade do elenco é indiscutível, ainda que existam aqueles que adoram cornetar a "Espanha que nunca ganha nada". Está inclusive na briga pelo título.
Itália: Sofreu com a queda precoce na última Copa, vem sofrendo com as denúncias de manipulação de resultados, mas tem um timaço. O ataque é perigoso, o meio-campo é sólido, Pirlo parece que melhora a cada dia, mas a defesa pode ser o ponto mais fraco. Disputa o segundo lugar.
Croácia: O time croata tem bons jogadores, é uma equipe que com bons resultados nas eliminatórias e diante de uma Itália em má fase, pode sim disputar a vaga de segundo lugar do grupo. Com Modric em grande fase, comandando o meio-campo e Olic na frente, além de Kranjcar e Corluka, vai dar trabalho aos demais.
Irlanda: Se você juntar um time que já tem fama de retranqueiro com Giovanni Trapatonni - o técnico mais velho de todos que disputam a Euro - coisa boa não pode sair. Com um plantel limitadissimo, repleto de medalhões do passado, como o "eterno" Robbie Keane - o "Milan Baros" irlandês - e mais um "juntado" de jogadores de times da segunda divisão inglesa (Wolverhampton, que foi rebaixado, Hull City, Leicester, Milwall) ou que flertaram com ela (Aston Villa, Stoke City e Sunderland). Não deve passar da primeira fase.
FAVORITOS: Espanha favorita ao primeiro lugar. Itália e Croácia brigando pelo segundo lugar, com a Croácia em um momento melhor.
GRUPO D: França, Inglaterra, Suécia e Ucrânia.
França: É um timaço. Elenco experiente, de muita qualidade e que vem de uma série de resultados positivos, liderados pelo ex-zagueiro Laurent Blanc. Favorita à liderança do grupo e pode sim lutar pelo seu lugar nas finais, e até disputar o título. Olho nela!
Inglaterra: Tem excelentes jogadores, mas sempre esbarra em algum empecilho e não consegue decolar. Dessa vez, o corte de alguns jogadores fundamentais - como Frank Lampard - e a escolha, na minha opinião, equivocada, de Roy Hodgson. A Inglaterra resolveu dar um basta nos técnicos estrangeiros, mas possuía Harry Redknapp (Tottenham) e Alan Pardew (Newcastle, eleito treinador do ano) como alternativas. Acabou por fechar com um treinador sem títulos expressivos em quase 40 anos de carreira (Roy ganhou seis vezes o campeonato sueco entre 1976 e 1989). Resultado? Jogou recuado diante da Bélgica, dentro do imponente Wembley. Imagine se passar de fase, aguardando times como Espanha ou Holanda no campo de defesa? Suicídio.
Suécia: A Suécia vem com um elenco que conta com jogadores que não disputam ligas de peso. Seus principais destaques são o meia Källström, do Lyon, e Ibrahimovic. No resto, o time sueco não reserva grandes esperanças aos seus torcedores. Provável queda na primeira fase.
Ucrânia: Um time que depende de Shevchenko no ataque não pode ser considerado uma grande ameaça, mesmo contando com a presença da torcida. O time ucraniano perdeu seu último amistoso antes da Euro para a Turquia, por 2 a 0. Não promete e também deve cair.
FAVORITOS: França vem para pegar a liderança. Inglaterra, apesar dos maus jogos, não tem concorrentes de peso para o segundo lugar.
Prováveis confrontos nas quartas: Rússia x Holanda, Alemanha x Polônia / Espanha x Inglaterra, França x Itália
Bom, é isso aí pessoal! Um grande abraço e até a próxima!
quarta-feira, 6 de junho de 2012
BRASILEIRÃO 2012: Palmeiras 1 x 2 Sport
Palmeiras 1 x 2 Sport
06/06/2012
Brasileirão 2012
Ilha do Retiro/ PE
3ª rodada
Onze iniciais
O Palmeiras veio à campo com uma formação ofensiva, como Felipão havia sinalizado durante a semana para deixar o centroavante Hernán Barcos com melhor presença de área. Poucos instantes antes de o jogo começar, o treinador disse à um repórter que havia colocado "Luan, que fazia praticamente a mesma função de João Vítor pela direita", para melhorar o ataque. O problema é que o Verdão estava, novamente, atuando com apenas um armador, Valdívia. O Sport, por sua vez, veio no 4-3-1-2, disposição tática que, frente ao esquema de Felipão, tornavam claras as dificuldades que o time enfrentaria.
06/06/2012
Brasileirão 2012
Ilha do Retiro/ PE
3ª rodada
Onze iniciais
O Palmeiras veio à campo com uma formação ofensiva, como Felipão havia sinalizado durante a semana para deixar o centroavante Hernán Barcos com melhor presença de área. Poucos instantes antes de o jogo começar, o treinador disse à um repórter que havia colocado "Luan, que fazia praticamente a mesma função de João Vítor pela direita", para melhorar o ataque. O problema é que o Verdão estava, novamente, atuando com apenas um armador, Valdívia. O Sport, por sua vez, veio no 4-3-1-2, disposição tática que, frente ao esquema de Felipão, tornavam claras as dificuldades que o time enfrentaria.
Time com a formação ofensiva: não funcionou
Primeiro tempo
O Palmeiras até começou tocando bem a bola e pressionando o Sport, que permaneceu por um tempo recuado em seu campo de defesa. O time, porém, esbarrava na forte marcação e aos poucos a partida foi tomando forma. Moacir conseguiu segurar bem Luan pela ponta esquerda. Valdívia, cercado pelos três volantes do time adversário, foi anulado e pouco a pouco precisava recuar cada vez mais para buscar jogo. Sem a criação pelo meio e com Luan apagado - apesar de participativo - nessa primeira parte do jogo, o time começava a depender novamente das bolas paradas e de cruzamentos para dentro da área, como o de Luan aos 12' pela esquerda, que custou a sair e terminou no cabeceio fraco de Barcos sem problemas para o goleiro Magrão.
Atuando com três volantes, o time do Sport sabia que as chances seriam poucas e que precisava aproveitá-las bem. Inteligentemente, quando o time estava todo no campo defensivo do Palmeiras - seja por ter se posicionado mais avançado depois de um tiro de meta ou para melhorar o aproveitamento durante um escanteio - marcava agressivamente a saída de bola do Palmeiras. Nenhum time consegue marcar a saída de bola com agressividade durante todo o tempo. Mas como o Sport fazia isso poucas vezes, podia fazê-lo bem.
Aos 14', a estratégia deu resultado. Valdívia, desatento, perdeu a saída de bola para Rithely, quase no círculo central. Felipe Azevedo ficou com a sobra, rolou para o próprio Rithely que fez lindo passe para Jheimy entre Márcio Araújo e Leandro Amaro. O atacante percebeu a aproximação de Marquinhos Paraná, tocou por baixo das pernas de Henrique e o volante só completou. Sport, 1x0.
O time esboçou alguma reação, tentando partir para cima, mas esbarrava nos mesmos problemas de criação. Valdívia, cada vez mais apagado no jogo, e Luan, que pouco fornecia ao time, eram peças nulas no ataque. Sem infiltração pelo meio, o time devia explorar as laterais, o que não acontecia. Artur pouco aparecia e principalmente Juninho, que é o lateral que melhor sobe, nem era notado em campo.
Com poucas chances, o time aparecia com sorte no ataque. Em uma bobeada da zaga do Sport aos 33', Maikon recebeu livre na ponta direita, avançou rumo à pequena área e tocou para Barcos, que pedia a bola na frente. Desperdiçou.
Aos 37', diante desse panorama onde o time já aguardava uma bola parada salvadora de Assunção, sem explorar meio ou laterais, Henrique resolveu subir ao ataque. Passou por alguns defensores, e tocou para Luan na entrada da grande área pela esquerda. O atacante devolveu a bola e Henrique conseguiu encontrar Barcos na grande área, que não vacilou: recebeu, deu belo drible em cima de Thiaguinho e fuzilou de perna esquerda no ângulo de Magrão. Verdão, 1x1!
O time melhorou após o gol e começou a explorar melhor as laterais. Aos 42', Luan recebeu um lindo toque de calcanhar de Barcos, disparou pela esquerda e fez - por incrível que pareça - um excelente cruzamento para Maikon Leite. O atacante dominou, driblou o "Rivaldo de Salgadinho" e chutou de esquerda, para fora. Perdíamos ali a chance de ter virado a partida.
O jogo seguiu sem grandes momentos e o único destaque ficou por conta da contusão de Moacir, que acabou substituído por Hamilton. O volante Tobi foi para a lateral direita.
Segundo tempo
O Sport veio logo com outra alteração para o segundo tempo: saiu Jheimy, que pouco hava feito na primeira metade do jogo para a entrada de Reinaldo, que atuou como atacante pela esquerda. O Palmeiras, apesar da má atuação de Valdívia e dos laterais, veio sem mudanças.
O jogo começou equilibrado, com poucas chances para os dois lados. Aos 8', Barcos, inspirado, deu belo passe para Maikon Leite pela esquerda. O atacante, em uma espécie de "replay" da jogada de perigo do primeiro tempo, novamente correu até a linha de fundo e deu passe rasteiro para o centro da pequena área. Valdívia, que ali se encontrava, perdeu o tempo da bola e pegou de mal jeito, isolando.
O Palmeiras, dominando as ações, empurrou o Sport para o campo de defesa. Sentindo que podia fazer o segundo e explorando melhor as laterais, principalmente com Luan, chegava constantemente ao ataque. Aos 13', Valdívia conseguiu dar bom passe para Barcos pela direita, que demorou para finalizar e acabou perdendo a bola para a forte marcação do Sport, que teve seus méritos. O zagueiro Edcarlos não perdeu quase nenhuma disputa e fez partida impecável.
Aos 23', Thiaguinho, que pouco havia produzido, saiu para a entrada de Milton Junior. A mudança não surtiu nenhum efeito na estrutura do jogo do time pernambucano. Barcos recebeu boa bola apenas 1 minuto depois, dessa vez pela esquerda, dançou um tango com o marcador e chutou forte. A bola passou com muito perigo em frente ao gol de Magrão mas ninguém conseguiu completar.
Apesar das muitas chances criadas pelo time alviverde, poucas eram aproveitadas. E nesse quesito, nosso adversário foi muito superior. Na saída de bola pela esquerda, aos 26', Luan bobeou durante a pressão da marcação. Tobi roubou e passou para Felipe Azevedo, que dominou, conduziu até a entrada da grande área e fuzilou no canto direito de Bruno. Sport 2x1.
Aos 32', claramente insatisfeito com o desempenho do time, Felipão fez logo 3 alterações ao mesmo tempo: Luan saiu para a entrada de Mazinho,.Artur saiu para a entrada de Cicinho e Valdívia deixou o campo para a entrada de Daniel Carvalho. O jogo, que já havia melhorado pelas laterais, ficou ainda melhor pelo meio-campo. Daniel é mais objetivo que Valdívia e tem mais facilidade para passar pela marcação, gosta de jogar de frente para o gol, o que não tem acontecido com o chileno. Mazinho joga menos aberto pela esquerda, mais centralizado. Isso sobrecarregou a marcação pelo centro e deu mais liberdade para Daniel atuar.
Infelizmente, era tarde. Com o Sport todo no campo de defesa, a última chance do Verdão foi por uma chance aos 38', em bola parada de Assunção em escanteio pela esquerda. Juninho desviou de cabeça e Mazinho, de direita, isolou. Aos 42', Assunção levantou na grande área em cobrança de falta pela esquerda, Barcos resvalou e a bola entrou. Verdão, 2x2? Não. O bandeirinha viu impedimento.
O jogo terminou sem lances importantes.
Considerações
Felipão escalou mal o time, foi a campo com três atacantes e apenas um armador, Valdívia. Os volantes do Sport "engoliram" o meia e sobrava ao time explorar as laterais para que a bola transitasse da defesa para o ataque, mas nem isso o time soube fazer. Juninho e Artur fizeram partida pífia, no primeiro tempo pouco apareceram e o time criou poucas chances de perigo. Márcio Araújo e Marcos Assunção, os volantes que deviam apoiar a subida dos laterais, também não foram bem.
O Sport, no entanto, jogava no contra-ataque e no erro alviverde, quase levando a melhor para o segundo tempo não fosse uma noite inspirada de Barcos e Henrique. Diante desse panorama, Felipão deixou o time seguir sem alterações até os 30' da etapa final (!), quando fez nada menos que três alterações ao mesmo tempo - talvez inspirado nos inúmeros amistosos que aconteceram nas últimas semanas que antecedem a Euro 2012. O treinador "acordou" tarde e o rendimento do time não mudou de uma hora para outra como ele queria.
Não deu certo, o time tinha o controle da partida mas não conseguia criar chances reais de marcar. O Sport seguiu sua receita de bolo à risca e conseguiu o segundo gol marcando a saída de bola, como no primeiro. E assim, o Palmeiras, que teve sua derrota chamada de "injusta" por muitos jogadores na saída para o vestiário, segue no campeonato. Não acredito que tenha sido injusta. Se o treinador escala e mexe mal no time, se o Sport tem seus méritos defensivos - Edcarlos foi excelente, Moacir na primeira etapa praticamente não deu espaços a Luan assim como Tobi sobre Valdívia - e se os laterais e o meia titular não jogam o que sabem, não é por injustiça que o Palmeiras perdeu. Derrota merecida e agora é focar no Atlético/MG de um certo jogador aí que dizem ser muito talentoso.
Se a primeira vitória ainda não chegou, essa é a hora!
domingo, 27 de maio de 2012
BRASILEIRÃO 2012: Palmeiras 0 x 1 Grêmio
Palmeiras 0 x 1 Grêmio
27/05/2012
Brasileirão 2012
Estádio Olímpico
2ª rodada
Onze iniciais
O Palmeiras veio a campo no 4-3-1-2 de Felipão, com o retorno de Felipe para a armação (Valdívia poupado no 1º tempo) e Fernandinho na lateral esquerda. Luan compôs a dupla de ataque com Barcos.
O Grêmio de Luxa veio em uma formação parecida, mas atuando praticamente no 3-5-2. Fernando atuou praticamente como terceiro zagueiro, recuando para que um dos zagueiros fizesse a saída de bola, além de marcar individualmente Felipe. Gilberto Silva e Naldo completando a zaga, Pará e Gabriel como alas - o tempo todo avançados.
27/05/2012
Brasileirão 2012
Estádio Olímpico
2ª rodada
Onze iniciais
O Palmeiras veio a campo no 4-3-1-2 de Felipão, com o retorno de Felipe para a armação (Valdívia poupado no 1º tempo) e Fernandinho na lateral esquerda. Luan compôs a dupla de ataque com Barcos.
O Grêmio de Luxa veio em uma formação parecida, mas atuando praticamente no 3-5-2. Fernando atuou praticamente como terceiro zagueiro, recuando para que um dos zagueiros fizesse a saída de bola, além de marcar individualmente Felipe. Gilberto Silva e Naldo completando a zaga, Pará e Gabriel como alas - o tempo todo avançados.
Onze iniciais no 4-3-1-2. Luxa no 3-5-2
Primeiro tempo
O jogo até começou disputado, mas aos poucos o time da casa dominou a partida. Com o adversário no 3-5-2, marcando forte nossos três homens de frente e com os alas avançados, o Grêmio ganhou o meio-campo na superioridade numérica. Enquanto Marcos Assunção anulava Marco Antônio, Leo Gago e Pará sobrecarregavam João Vítor. Gabriel e Souza ganhavam sobre Márcio Araújo. Souza e Leo Gago são dois volantes bastante técnicos, difíceis de serem marcados. Com isso o Grêmio teve muito espaço para atuar, principalmente explorando as laterais do campo. Cicinho, mal na partida e marcando mal, muitas vezes fora de posição, deu várias oportunidades para o adversário.
O domínio, entretanto, não foi suficiente para o time deslanchar. A primeira boa oportunidade surgiu aos 16', em uma cobrança de lateral pela direita. Gabriel, avançado, arremessou a bola para Marco Antônio, que levantou na cabeça de Marcelo Moreno, cabeceando nas mãos de Bruno. Aos 22', porém, a pressão surtiu efeito. Souza enfia boa bola para Pará entre João Vítor e Cicinho, e sofre o pênalti. Na cobrança, Leo Gago acertou o travessão.
O Palmeiras, com a perda do domínio no meio-campo, recuou. Felipe, que já não fazia boa partida, com pouca movimentação, sumiu de vez. Com isso, Barcos atuou isolado, e quando isso acontece, já conhecemos a história. Busca jogo na intermediária e: ou faz o pivô, ou tenta resolver tudo sozinho dando chutão (muitas vezes sem direção).
Fernandinho até que tentava, mas pouco subia e errava passes. Com o espaço dado ao time adversário, o Grêmio se posicionava avançado, marcando a saída de bola do Verdão. A dificuldade do time em ficar com a bola era nítida e a primeira "grande" oportunidade veio só aos 32'. Felipe lançou Luan em profundidade pela esquerda, que bateu forte e cruzado. A bola passou rasteira na frente do gol, mas João Vítor não conseguiu concluir. João Vítor, diga-se de passagem, não fez boa partida.
Na sequência, Luxa tirou Miralles, que sentiu dores, colocando André Lima, outro centroavante. Em tese, não ajudou em nada, já que Marco Antônio estava anulado em campo. Por mais esforçados que fossem os atacantes do Grêmio, a bola não chegava. Aos 42', falta na intermediária para Kid cobrar nas mãos de Victor. O último lance perigoso da partida no primeiro tempo foi bizonho: Cicinho entregou a posse, o time do Grêmio aproveitou, Marco Antônio encontrou Pará livre (já que Cicinho tentou resolver o erro que fez), o lateral gremista chutou em cima do próprio Cicinho e quase - de novo - tomamos um gol.
Segundo tempo
O Grêmio veio com a mesma formação, enquanto Felipão promoveu a entrada de um "descansado" Valdívia. Não deu certo, e mesmo que com a habilidade do chileno o jogo do Palmeiras tenha melhorado, com melhores passes e melhor articulação, o time adversário ainda povoava o meio-campo. Sobrou espaço para a ligação direta, e em uma delas o Verdão quase abriu o placar aos 5'. Henrique lançou para Barcos, que escapou de Naldo, driblou o jogador novamente e finalizou em cima de Victor.
O jogo seguiu sem muitas chances dos dois lados, truncado. Mesmo melhor em campo, o Grêmio de Luxa errava passes primários. Aos 18', o treinador substituiu Marco Antônio para a entrada de Rondinelly (homenagem ao Rondinelli, "deus da raça"?). Garoto habilidoso, se movimentou bem, mas não fez chover. O jogo continuou com a mesma cara até que Felipão, aos 25', finalmente colocou Maikon Leite, o "falso-reserva", para tentar abrir o jogo pela direita. Para isso, o treinador tirou Barcos e deixou na mesma formação que jogou contra o Atlético Paranaense, em um 4-3-3 com Valdívia entre os ponteiros. Não deu certo, a bola não chegava e o panorama de hoje era completamente diferente: se naquele jogo eles estavam acuados, dessa vez, o Palmeiras é que estava no campo de defesa.
Luxa, ainda tentou articular alguma coisa diferente. Inverteu Léo Gago para atuar junto com Gabriel, pela direita. Os dois trocavam posições, confundindo a marcação, mas pouco resolvia, acabando sempre no tradicional chuveirinho para dentro da área.
Léo Gago jogando pela direita e Rondinelly armando
Com o jogo parelho e com poucas chances para cada lado, a partida seria decidida nos detalhes. Aos 26', o Verdão levou a pior. Falta quase no círculo central para o Grêmio. Fernando levanta uma bola despretensiosa na pequena área. Marcos Assunção não deu conta de marcar André Lima, que deu uma casquinha de cabeça na bola e marcou. Grêmio, 1x0.
Reclamando ter sofrido falta, Kid ainda levou pra casa um cartão amarelo na bagagem. Se foi falta ou não, não importa. Quem deveria estar marcando um dos centroavantes do time adversário deveria ser um dos zagueiros centrais. Não foi o que aconteceu.
Percebendo as poucas chances do jogo, e mesmo jogando em casa, Luxa tratou logo de segurar a vantagem. Tirou Marcelo Moreno e colocou Vilson para fechar ainda mais o meio, com Léo Gago retornando para a ala esquerda e Souza para a ala direita. Rondinelly ficou isolado na criação e André Lima a única referência no ataque. Armou duas linhas de 4 recuadas no 4-4-1-1 e "trancou" o jogo. Ainda assim, o Palmeiras ainda dava sopa para o azar: aos 32', João Vítor cabeceou para trás, deixando Souza cara a cara com Bruno. O volante deu um voleio, mas pegou mal na bola e mandou pra fora.
Felipão tirou Assunção por medo de expulsão e colocou Betinho no lugar, que novamente não entrou bem. O jogo seguiu sem oportunidades para os dois lados até o final.
E o Verdão conheceu sua primeira derrota no Brasileiro.
Considerações
Na "batalha tática", pode-se dizer que Luxa levou a melhor. O Palmeiras, mesmo com um trio de volantes no meio, não conseguiu a posse. Poderíamos até apontar que os "desfalques" - como a ausência de Valdívia no primeiro tempo - atrapalharam, mas o chileno entrou no segundo tempo e também não ajudou muita coisa. O time de Luxa, nessa disposição tática no 3-5-2, anulou os jogadores de ataque do Verdão e ainda teve superioridade numérica no meio-campo. E é aí que entra a outra batalha.
Na "batalha da bola", não vi superioridade. Mesmo com tantos elementos a favor, além da torcida, o time gaúcho não tem nenhum destaque na armação. Com os laterais do Palmeiras atrás - Fernandinho, muito cru, quase não subiu no primeiro tempo e Cicinho, recuado pelos avanços de Pará - o Grêmio não conseguiu infiltração. Se conseguisse, aí sim o time de Felipão teria um problema: Miralles e (principalmente) Marcelo Moreno são bons atacantes.
O jogo serve como prévia para a Copa do Brasil, onde teremos um jogo mais disputado. Se o Palmeiras armar o time com a mesma disposição que o Grêmio veio hoje pode deixar o meio-campo do próximo jogo com cara de Avenida 23 de maio em manhã chuvosa de segunda. Aí, é apostar na eficiência das bolas paradas (set pieces, lá fora). Sim, o time leva vantagem nesse quesito quanto ao aspecto ofensivo - temos Kid. Já o aspecto defensivo, vimos o que aconteceu hoje (e que continuará a acontecer). Na média, são "elas por elas".
Uma saída pode ser explorar melhor as laterais e as pontas. Tirar um volante, colocar os pontas velozes - Maikon e Luan - desde o início, empurrar os laterais para o campo de defesa. Isso anularia a eficiência que teve o 3-5-2 teve hoje. Gabriel e Pará não saíram do campo defensivo do Verdão essa noite. Com eles atrás, o meio campo gremista sobrecarregaria menos os volantes alviverdes e o time teria um pouco mais de saída de bola. Juninho como elemento surpresa na frente traria mais ofensividade ao time. Com mais espaços, Valdívia poderia criar mais e, quando a bola chega lá na frente, Barcos poderia atuar mais próximo ao gol.
*Minha opinião é que a competição é importante demais para dependermos da sorte. Até porque, ela pode não estar do nosso lado até o final.
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