terça-feira, 28 de junho de 2011

Felipão em 3 pranchetas

Após a virada do ano e do baile de bola na Copa do Brasil, Felipão resolveu demolir o esquema que tanto apreciava, com três "meias" e um centroavante mais à frente, no caso, Kléber, por esquemas com dois atacantes. A mudança tática surtiu efeito e trouxe bons resultados no início do Brasileirão. É possível observar, portanto, que Felipão utiliza basicamente 3 sistemas de jogo:

I) 4-2-2-2, o esquema mais utilizado. Conta com Luan aberto pela esquerda, passando nas costas da marcação adversária enquanto Kléber puxa a marcação. Maikon Leite será a novidade na ponta direita, já que Wellington Paulista não vem rendendo atuando nessa posição (renderia mais como centroavante fixo, mas todos sabemos que Kléber é o dono da posição caso Felipão ressucite o esquema com apenas um atacante, o que é improvável. Mais provável é que ele deixe o elenco em breve...) e Adriano MJ também. Com Maikon recém saído de uma Libertadores e fazendo gols importantes, é provável que ele gaste pouco tempo até assumir de vez a titularidade da posição.


II) 4-2-1-3, o esquema "ofensivo", é o esquema escolhido por Scolari quando é preciso buscar o resultado o mais rápido possível, para depois adotar uma postura mais defensiva, avançando os meias que atuam pelos lados do campo. Com apenas um meia de ligação fazendo a distribuição para os três atacantes, é um esquema propício a aparecer antes ou durante os jogos fora de casa - como aconteceu no jogo contra o Botafogo.



III) 4-3-1-2, a retranca. Esse esquema foi o utilizado contra o Ceará, mais por necessidade do que por opção. Luan estava fora do jogo, Gabriel Silva também. Rivaldo ocupou o lugar do jovem lateral, mas a saída de Luan diminui substancialmente a marcação pelo lado esquerdo, sendo esta a importância tática do jogador. Sem opções, Felipão tirou um meia e colocou mais um volante para congestionar o centro e aumentar a cobertura dos laterais, em especial a esquerda. Não deu certo, fato que Felipão certamente sabia, pois em 2010 foram 11 partidas utilizando o esquema: 2 vitórias, 5 empates, 4 derrotas. Ou seja a estratégia era ao menos empatar.


4-2-3-1, o relegado. Felipão insistiu nesse esquema no final do ano passado. Os resultados não vieram e partidas emblemáticas pela Copa do Brasil demoliram a idéia de utilizar dois meias ofensivos pelas laterais e um centralizado, fato contestável, pois na verdade haviam jogadores que eram meias apenas no papel, como por exemplo Tinga pelo lado direito. Para a mídia desportiva brasileira, 4-2-3-1. Na prática, um 4-3-2-1 disfarçado. Com a entrada de Maikon Leite, será possível que Felipão o utilize novamente? Pode ser que sim, e Wellington Paulista poderia ser utilizado na função de centroavante.



Outras características desse Palmeiras:

a. Bom passe: média de 83,6% de acerto até a sexta rodada.
b. Bolas paradas, todas cobradas por Marcos Assunção. Existem dois tipos básicos:
- Escanteio no primeiro pau: essa tem sido a jogada forte com os altos do elenco, como Thiago Heleno e Chico.
- Chute de longa distância
c. Marcação Cerrada: Até Luan aprendeu a marcar. Tem volante na lateral esquerda, às vezes três volantes no centro, volante na meia-direita. Imagine um 4-3-1-2 com Tinga na armação e Rivaldo na lateral esquerda. 8 defensores, 5 volantes em campo. Precisa falar mais alguma coisa?

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