segunda-feira, 13 de agosto de 2012

PANORAMA - 16ª RODADA - BRASILEIRÃO 2012




*Dados de APROVEITAMENTO: 
levam em consideração pontos disputados
**Dados de Vitórias, Empates ou Derrotas: % simples, sem ponderação pelos pontos
***Tabela corrigida (Fuck Yeah!)

domingo, 12 de agosto de 2012

Brasileirão 2012 (16ª rodada): Palmeiras 0 x 1 Fluminense

Palmeiras 0 x 1 Fluminense
12/08/2012
Engenhão

Onze iniciais
O Palmeiras veio na mesma formação do jogo anterior contra o Botafogo. Utilizando a estratégia do contra-ataque, jogando sem a bola, no 4-2-2-2. O Fluminense veio no 4-2-3-1, com Wagner, Thiago Neves e Rafael Sóbis na linha "criadora" atrás de Fred.



Marcação encaixa e Verdão agressivo
Utilizando a mesma estratégia utilizada contra o Bota, e mesmo diante de um meio-campo veloz e de muita movimentação, o Palmeiras conseguiu com eficiência anular o jogo do Fluminense. Com os laterais recuados, conseguimos dificultar por certo tempo também o jogo pelas laterais, principalmente o de Carlinhos pela esquerda. Até os 25', foram 5 finalizações do Palmeiras contra apenas 1 do Fluminense. Fernandinho, em bom chute cruzado aos 25', quase marcou, parando em um inspirado Diego Cavalieri.

O problema da cobertura pela direita surgiu novamente e com o tempo as jogadas com Carlinhos começou a se desenvolver facilmente. A estratégia de levantar bolas na área para Fred deu certo e só no primeiro tempo foram 14 bolas levantadas contra apenas 4 do Verdão. O time tricolor equilibrou o número de finalizações e terminamos o primeiro tempo praticamente empatados no quesito. Enquanto o Fluminense, porém, tentava resolver na base do chuveirinho, o Palmeiras chegava com maior eficiência ao ataque. Aos 40', Barcos quase marcou após escanteio de Assunção e poucos minutos depois, Artur arriscaria um chute de fora da área que Cavalieri tirou com a ponta dos dedos antes de tocar a trave esquerda do gol.

Segundo tempo e o "abafa"
Abelão sacou Wagner, aparentemente com dores, para a entrada de Diguinho. O jogo seguiu no mesmo padrão, com o time do Fluminense avançado, atuando pelas laterais, na base da bola aérea. Por uns 10 minutos, conseguiu pressionar o Palmeiras. O jogo abriu mais e o Palmeiras quase chegou ao gol com Barcos aos 13'. Na sequência, Felipão sacou Obina para a entrada de Mazinho e tentar melhorar a movimentação no ataque.

Após os 20', o jogo pegou fogo. O Palmeiras conseguiu tocar melhor a bola e o Fluminense abandonou a estratégia das bolas paradas. Partindo para cima, se abriu mais e forneceu mais espaços. Aos 24', o Palmeiras teve a chance do jogo depois de boa jogada de Mazinho pela esquerda, mas Fernandinho não conseguiu fazer o gol.

Thiago Neves, que não se entendia com Sóbis, deu lugar a Samuel e o jogo do time carioca melhorou muito. Felipão também mudou e botou João Vítor para fazer a função de Patrik, que saiu com dores aos 29'. Abelão apostou no tudo ou nada e sacou o volante Edinho (ex-Verdão) para a entrada de Mateus Carvalho. A idéia, já que o Palmeiras manteve sua estratégia de jogar sem a bola, era empurrar o time cada vez mais para o campo de defesa e jogar bola dentro da grande área. E deu certo.

Na base da pressão, aos 38', Mateus Carvalho recebeu passe nas costas de Artur. O jogador do fluminense encontrou Sóbis na entrada da grande área, que deu grande passe para Jean bater cruzado. Fluminense, 1x0.

Depois do gol, o time ainda tentou esboçar uma reação, mas era tarde. Não era noite de Barcos e o jogador, apesar de tentar, foi eficientemente anulado pela marcação do Fluminense. Felipão sacou Artur e botou Betinho no lugar. Não deu certo e o Palmeiras retorna sem pontuar na rodada. Um empate bastaria para nos tirar da zona de rebaixamento.

Considerações
A estratégia de atuar no contra-ataque, dessa vez, não deu certo. O Fluminense, ao contrário do Botafogo, não expõe tanto a defesa no momento do ataque. Tanto que mesmo com o time de Abel Braga pressionando o Verdão, quando a bola era recuperada e rapidamente enviada ao ataque, Barcos nunca teve vida fácil. Obina pouco apareceu. Não é por acaso que até a 15ª rodada, o Fluminense tomou apenas 9 gols contra 20 do Bota.

Por outro lado, do ponto de vista defensivo, o time não tomou sufoco pelo alto, apesar das inúmeras bolas alçadas na grande área. O grande descuido continua pela lateral direita, por onde o Fluminense encontrou grande facilidade a partir da metade do primeiro tempo em diante. Patrik não faz bem a cobertura por aquele lado.

Jogando fora de casa contra times que se fecham bem na defesa, é preciso mudar a estratégia. Se no primeiro tempo, parcialmente deu certo e quase chegamos ao gol, a partir do momento em que o Fluminense começou a virar o jogo, finalizando mais que o Palmeiras e com a marcação adiantada, era preciso mudar.

Como Felipão manteve a estratégia - indicado por suas duas primeiras modificações - Abel foi mudando a forma de jogar de seu time, deixando-o mais agressivo. É um risco que se assume, jogar sem a bola. As chances são raras e quando ocorre um revés, é preciso torcer para que alguma aconteça antes de terminar o jogo. No nosso caso, o revés aconteceu no finalzinho do jogo, e todos ali sabiam que seria muito difícil reverter o quadro, dada a estratégia de jogo.

Na base do "abafa", e mesmo diante de um Palmeiras mais eficiente (finalizamos melhor que eles, 14 a 9 no total) o time carioca conseguiu o resultado. E o Verdão perde uma boa oportunidade para sair da zona do rebaixamento.

Brasileirão 2012: 16ª rodada (relacionados)

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12/08/2012
Brasileirão 2012

Goleiros: Bruno e Raphael Alemão
Laterais: Artur, Juninho e Fernandinho
Zagueiros: Maurício Ramos, Wellington, Román, Henrique e Thiago Heleno
Volantes: Marcos Assunção, João Vitor e Márcio Araújo
Meias: Mazinho, Patrik e Patrik Vieira
Atacantes: Barcos, Obina e Betinho


quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Retrospecto (16ª rodada): Palmeiras x Fluminense

 
     Ultimas 5 rodadas
     Palmeiras: 2V, 3 D 
     Fluminense: 3V, 1E, 1D  

     Retrospecto - Últimas 15 rodadas
     Palmeiras: Aproveitamento FORA - 19%
     Fluminense: Aproveitamento DENTRO - 71%   

     Gols Pró / Rodada e Ataque Acumulado (clique para ampliar)



     Gols Contra / Rodada e Defesa (Gols sofridos) Acumulado






PANORAMA - 15ª RODADA - BRASILEIRÃO 2012



*Dados de APROVEITAMENTO: levam em consideração pontos disputados
**Dados de Vitórias, Empates ou Derrotas: % simples, sem ponderação pelos pontos
***Tabela corrigida (Fuck Yeah!)

Brasileirão 2012 (15ª rodada): Palmeiras 2 x 1 Botafogo

Palmeiras 2 (ou 3?) x 1 Botafogo
08/08/2012
Engenhão

Onze iniciais
Felipão escalou o time com 2 centroavantes e Patrik na meia pela direita no 4-2-2-2. Basicamente, a idéia era jogar sem a bola, no contra-ataque. O Botafogo veio no 4-2-3-1 com Elkeson inicialmente na referência e um trio formado por Seedorf, Andrezinho e Fellype Gabriel.

Time no 4-2-2-2, sem a bola. Eficiente.


Problemas pelo lado direito
A estratégia, inicialmente, apresentava problemas que qualquer palmeirense minimamente atento logo percebeu: o Botafogo, com seus principais criadores enfrentando marcação forte de Kid e Henrique, encontrou uma avenida pelo nosso lado direito, forçando jogadas com as subidas do lateral esquerdo Márcio Azevedo. Inúmeros cruzamentos saíram por lá, com imenso perigo. Isso acontecia basicamente porque João Vítor, normalmente o cara que fazia a cobertura do lateral direito, estava suspenso pelo terceiro amarelo e Patrik, o substituto, não realizava essa função. Caso Patrik voltasse para fazer a cobertura, ficaríamos praticamente nulos no contra-ataque pelo lado direito. E foi também por esse motivo que Obina pouco apareceu no jogo.

Mesmo com esse problema grave, a estratégia de jogar deu certo. Com o time do Bota empolgado e todo no ataque, o Palmeiras teve excelente aproveitamento no contra-ataque. Logo aos 13', Artur lançou a bola para Obina na entrada da grande área. A bola passou pelo jogador - que já puxado a marcação - e sobrou para Barcos, que inteligentemente a esperava atrás dos dois. O matador ainda deixou o marcador que vinha para travar o chute no chão e tocou no canto direito do gol de Jefferson. Verdão, 1x0!

Ainda que o Botafogo, mesmo após o gol, mantivesse sua estratégia pelo lado direito (eficientemente), a sorte deu uma ajudinha e Márcio Azevedo se machucou ainda no primeiro tempo, promovendo a entrada do péssimo Lima. O problema é que mesmo com a saída do jogador, o time botafoguense ainda conseguia muitas jogadas por lá. Em um escanteio aos 24', a defesa do jogo: Seedorf cobrou pelo nosso lado direito, e Elkeson, mesmo marcado por Leandro Amaro e Maurício Ramos, conseguiu cabecear à queima-roupa. Baixou o santo no goleirão, que conseguiu tirar para fora. Discípulo de São Marcos detected!

O jogo seguiu com o mesmo padrão, Palmeiras mantendo a estratégia de atuar sem a bola, no contra-ataque, com os dois centroavantes e com o problema de cobertura pela direita. O Bota surfou por aquele lado, mas conseguimos nos defender. Fecharam o primeiro tempo com 72% (!) de posse de bola.

Segundo tempo sem mudanças. Verdão mais eficiente.
Felipão não promoveu mudanças para o segundo tempo. A cobertura pela direita melhorou, com Patrik atuando mais recuado. Com isso a ligação com Obina por aquele lado, se já era pequena, ficou nula. O técnico Oswaldo de Oliveira, antevendo essa melhoria, inverteu Fellype Gabriel com Seedorf, forçando jogadas nas costas de Juninho. Ainda assim, o que funcionou mesmo, por incrível que pareça, foi Lima atuando nas costas de Artur. Aos 12', escapou pelo nosso lado direito e cruzou para a área. Leandro Amaro tentou bloquear o cruzamento, Maurício Ramos não conseguiu desviar e Andrezinho completou para  o gol. Botafogo 1x1 Verdão.

Como de costume, Felipão resolveu mexer no time depois do gol. Aos 17', promoveu a entrada de Daniel Carvalho para o lugar de Obina. Com Patrik fechando o lado direito, o time ficava - teoricamente - com melhor ligação no ataque. O problema é que Daniel Carvalho parecia não ter entrado em campo.

O Bota continuou a estratégia do "abafa", se lançando ainda mais ao ataque e fazendo lançamentos na grande área. Aos 20', Fellype Gabriel saiu para a entrada do inconstante Vítor Júnior. O Verdão, mais eficiente do que de costume, aguardava apenas o momento do contra-ataque. Fernandinho, recebendo boa bola pela esquerda aos 27', driblou Lennon com uma linda caneta e cruzou para Barcos completar para as redes. Verdão, 2x1!

O time cresceu na partida e aos 31', chegou novamente ao ataque. Fábio Ferreira dominou mal, Patrik tocou para Barcos em posição legal, que driblou Antônio Carlos e tocou por cima de Jefferson. Era pra ser o terceiro gol, mas o bandeirinha, mal posicionado, marcou impedimento absurdo. Palmeiras terrivelmente prejudicado.

Oswaldinho sacou Lennon para a entrada de Rafael Marques, queimando sua terceira substituição e botando o time no tudo ou nada. Com tanto jogador do Bota no ataque, Felipão voltou para a estratégia do contra-ataque, manteve o time recuado, sacou Patrik para a entrada de Betinho. O time se defendeu bem e, tirando uma bola na trave de Andrezinho aos 47' do segundo tempo, conseguiu seguir à risca a estratégia. Verdão conquista seus primeiros 3 pontos fora de casa.

Considerações
A estratégia de ficar sem a bola é sempre uma estratégia de risco (Botafogo finalizou 14 vezes a gol, contra 6 do Palmeiras). Ainda mais quando o adversário circula a entrada da grande área, próximo à meta. Se pelos lados tomamos sufoco, em especial pela nossa lateral direita, pelo centro Felipão conseguiu congestionar a criação. Kid e Henrique pouco apareceram no jogo, pois acompanhavam de perto os passos de Andrezinho e Seedorf. Sobrou a Oswaldinho as laterais, que foram exploradas com competência mesmo com as substituições forçadas - Márcio Azevedo por Lima, por exemplo.

Felipão, mesmo com o buraco pela direita - a cobertura de João Vítor não era executada com a mesma excelência por Patrik, um atacante improvisado na meia - manteve a estratégia. Poderia, por exemplo, promover a entrada de João Denoni para a vaga do jogador e colocar Daniel Carvalho na de Obina na virada para o segundo tempo, por exemplo. Não alterou e esperou o time levar gol para realizar as mudanças. Ainda assim, manteve Patrik em campo um pouco mais recuado, que até melhorou na cobertura pela direita, mesmo que essa melhora não tenha sido lá aquelas coisas. Oswaldo inteligentemente inverteu Seedorf com Fellype Gabriel, mudança que se por um lado não conseguiu criar chances com força total pelo lado direito, abriu a marcação pelo lado esquerdo e deu mais espaço para as subidas de Lima, o lateral que deu assistência para o primeiro gol deles.

Posse de bola, apesar de aumentar as chances de finalização, depende da eficiência para atingir seus objetivos. E nesse quesito o Palmeiras foi muito superior. A jogada individual de Fernandinho pela esquerda, desequilibrou a partida. Com o gol, o Bota foi ainda mais pra cima. Barcos marcou o terceiro, invalidado equivocadamente. Oswaldo botou mais um atacante em jogo, pressão total. Mas seguramos o resultado.

Há sim um mérito defensivo - seguramos o resultado - mas o Botafogo criou mais chances. Um buraco pela direita não foi fechado, tomamos gol por lá. Felipão poderia ter arrumado isso, mas assumiu o risco da estratégia, bancou Patrik, não promoveu Denoni. Com isso, além de não nos defendermos bem pelas laterais, criamos pouco. Fernandinho, por exemplo, poderia não ter feito aquela jogada. Com pouquíssima posse, porém, veio em hora certa.

Concluindo, estratégia de jogar sem a bola com dois centroavantes funcionou, ponto positivo para Felipão. Buracos defensivos pela direita, ponto negativo para Felipão. Podemos culpar o Artur pelo buraco na direita, mas Patrik não fez a cobertura. Se fizesse, perderíamos a ligação para o ataque. A escalação é escolha de Felipão. Ou seja, se Felipão não foi assim tão brilhante, no conjunto, brilharam algumas individualidades: Bruno, Barcos e Fernandinho.

Espero mais volume de jogo na próxima rodada.

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Brasileirão 2012: 15ª rodada (relacionados)


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08/08/2012
Brasileirão 2012

Goleiros: Bruno e Fábio
Laterais: Artur, Luiz Gustavo, Juninho e Fernandinho
Zagueiros: Maurício Ramos, Leandro Amaro e Thiago Heleno
Volantes: Henrique, Marcos Assunção e João Denoni
Meias: Daniel Carvalho, Patrik e Patrik Vieira
Atacantes: Barcos, Obina, Mazinho e Betinho

Escalação (provável): Bruno; Artur, Maurício Ramos, Leandro Amaro e Juninho; Henrique, Marcos Assunção, Patrik e Daniel Carvalho; Mazinho e Barcos